Celebrámos a 13 de março cinco anos de Pontificado do Papa Francisco como Bispo de Roma e Pastor da Igreja Universal: anos intensamente marcados pelo constante anúncio do Evangelho da Alegria e da Misericórdia de Deus; sempre embebidos pela promoção da pessoa em toda a sua dignidade, numa atenção muito especial aos mais pobres, aos refugiados, aos descartados; absorvidos na  defesa intransigente da vida, na solicitude pelas crianças, pelos jovens, pelos idosos, pela família; fecundamente ocupados pela oração e cuidado das vocações ao matrimónio e à vida consagrada; profeticamente vividos no apelo à essencial causa da ecologia integral e da nossa casa comum, que é preciso respeitar e cuidar; corajosamente transportados em várias reformas das instituições eclesiais, a começar pelos serviços centrais da Igreja; profeticamente experimentados em conversão missionária de uma Igreja em saída com discípulos missionários de Jesus Cristo.

São dinamismos, entre muitos outros, que nos convidam a caminhar com sentido de vida, por brotarem da alegre adesão à Pessoa de Jesus Cristo na Igreja nele gerada. Só nos podemos congratular e estar profundamente agradecidos ao Papa Francisco por estes cinco anos de graça, que respeitam e intensificam tantas orientações doutrinas e pastorais que nos legaram os seus antecessores.

No dia em que escrevo estas notas, acabo de receber da Sala de Imprensa da Santa Sé os dados estatísticos do Pontificado do Papa Francisco, de cujo elenco faço breve resumo: 2 encíclicas, uma sobre a fé e outra sobre a ecologia integral (Laudato si'); 2 relevantes exortações apostólicas, sobre a Alegria do Evangelho e a Alegria do Amor na Família; 1 bula sobre a Misericórdia; 23 orientações (Motu Proprio) sobre as reformas na Cúria Roma, a gestão e transparência económica, os processos de nulidade do matrimónio e a tradução dos textos litúrgicos; 219 audiências gerais, ocupadas em oito séries de catequeses sobre a profissão de fé, os sacramentos, os dons do Espírito Santo, a Igreja, a Família, a Misericórdia, a Esperança cristã e a Santa Missa (estas ainda a decorrer); 286 Orações de Angelus e Regina Coeli; 22 viagens pela África, América, Ásia e Europa; 18 viagens na Itália; 16 visitas às paróquias da sua Diocese de Roma; 4 Sínodos, dois já realizados sobre a família e dois anunciados sobre os jovens (em andamento) e a Amazónia; 2 anos especiais sobre a Vida Consagrada e a Misericórdia, e o anúncio de um Mês Extraordinário Missionário para outubro de 2019; novas iniciativas como o Dia de Jejum e Oração pela Paz na Síria, no Sudão do Sul e no Congo; a instituição de novas propostas anuais como o Dia Mundial de Oração pela Criação, o Dia Mundial dos Pobres, o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, o Domingo da Palavra e as 24 Horas para o Senhor; 3 Dias Mundiais da Juventude, dois realizados (Rio de Janeiro e Cracóvia) e um anunciado para o Panamá em 2019; 4 Consistórios para a criação de 61 Cardeais; canonização de 880 santos, dos quais 800 são mártires de Otranto.

Desta abundante estatística saliento ainda: a presença do Papa Francisco em Fátima como peregrino a 12 e 13 de maio de 2017, e a canonização de Francisco e Jacinta Marto; a visita ad limina dos Bispos portugueses em 2015; a profunda atenção à santidade como dinamismo quotidiano da vida cristã e na proposta de tantos exemplos, mesmo sem recurso à atribuição de um milagre; a anunciada canonização do Papa Paulo VI, que assinala a centralidade do Concílio Vaticano II e sua receção na vida da Igreja, e do Cardeal mártir Óscar Romero.

Em cada acontecimento desta lista encontramos dinamismos de esperança e orientações para a vida cristã no mundo em que estamos. Em sintonia agradecida com o Papa Francisco, sejamos discípulos missionários que acolhem o Evangelho da Alegria e o anunciam com alegria e esperança, com proximidade e misericórdia!