Na Tua Palavra |
D. Nuno Brás
A dignidade do viver

Os meios de comunicação deram muito relevo ao caso da americana Brittany Maynard que, gravemente doente, escolheu o suicídio assistido para ter, segundo ela, uma “morte digna”. Escusado é dizer que este caso, como outros que têm aparecido nas notícias, é mais um daqueles sabiamente aproveitado pelos movimentos a favor da legalização da eutanásia para a divulgação das suas ideias.

A morte de Brittany Maynard foi simplesmente instrumentalizada.

E escusado será dizer que, conscientemente ou não, os media fizeram o seu papel habitual de fieis servidores da cultura da morte. Foi assim com o aborto, foi assim com o chamado “casamento gay”, é assim com a procura da legalização da eutanásia. É óbvio que o constante passar destas notícias e o tratamento de herói internacional que se dá aos seus protagonistas não é inocente.

Certamente, a doença de Brittany Maynard como a de tantos outros nossos amigos ou familiares não pode deixar de fazer nascer no nosso coração um sentimento de solidariedade e de partilha do seu sofrimento. Certamente que não nos pertence julgar o seu gesto. O juízo apenas pertence a Deus.

E, no entanto, basta pensar um pouco: que dignidade existe em colocar um termo à própria vida? Acaso foi algum de nós que se deu a existência? Por acaso a vida é apenas um bem individual de que possamos dispor como nos apraz? A este propósito, o Presidente da Academia Pontifícia para a Vida afirmou: “suicidar-se não é uma coisa boa, é uma coisa má porque é dizer não à própria vida e àquilo que ela significa em relação à nossa missão no mundo e para com as pessoas que temos próximas”.

Como é diferente aquilo que o gesto de Brittany Maynard nos diz, da recente afirmação de uma mãe com 8 filhos, Maria Jesus Mateos: “Nunca pensei em casar-me nem em ter filhos, e agora não concebo a vida sem eles. É um dom teres alguém que te arranque de ti e te faça viver para os outros”.

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