Na Tua Palavra |
D. Nuno Brás
Fé individual?

Ser cristão nunca foi questão de "fé individual". Logo desde o início, quando Jesus começou o anúncio do Reino de Deus e o mostrou presente na sua pessoa, não o fez sozinho mas sempre rodeado pelo grupo que tinha chamado para partilhar com Ele o quotidiano e para os enviar a pregar, com Pedro à cabeça (Mc 3,13-19). Foram estes que, depois, enviados ao mundo inteiro pelo Ressuscitado, constituíram à sua volta comunidades que partilharam a fé apostólica. E, quando os Apóstolos partiam para anunciar o Evangelho em novas paragens, deixavam os seus sucessores nas primeiras comunidades, com a função de reunir e de confirmar na fé os cristãos, de modo que estes tivessem a garantia de que não corriam sozinhos nem inventavam a fé, antes permaneciam na fé Apostólica. E sempre foi assim, não por moda cultural, por ignorância da maioria ou para que o peso da fé fosse maior: ser cristão foi e é, antes de mais, viver o encontro com Jesus no seio da Igreja que é o Seu Corpo.

De vez em quando, aparecem cristãos que querem correr sozinhos. Até posso aceitar que, a princípio, pensem que, desse modo, ajudam os outros na sua caminhada. E se muitos, quando percebem que já andam fora da fé da Igreja, logo arrepiam caminho, infelizmente muitos outros - alguns hoje seduzidos pela exposição mediática, que sempre acarinhou as "originalidades" - permanecem nos seus erros e não hesitam em procurar seguidores. À partida, até parecem ser "progressistas" e cultivadores da "modernidade". Mas, no fundo, são corredores que gostam de se ver ao espelho.

Teresa Forcades, que anunciou a sua vinda a Portugal, a serem verdadeiras as entrevistas que deu e as notícias que a mostraram a andar por várias partes do mundo à procura de seguidores, quase sempre denunciada pelos Bispos desses lugares, é uma dessas.

Como qualquer escritor e como qualquer cidadão, tem todo o direito às suas opiniões - basta ver a quantidade de livros com mais ou menos pretensões de conhecimento científico, de conteúdo teológico ou de simples romance inventado que enchem uma parte considerável das nossas livrarias. Mas não tem o direito de afirmar que as suas opiniões individuais fazem parte da fé que recebemos dos Apóstolos e que hoje vivemos como cristãos, unidos ao Papa e à Igreja do mundo inteiro.

E eu, como sucessor dos Apóstolos, tenho o dever de o dizer claramente. Mesmo com o risco de lhe fazer publicidade.

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