Na Tua Palavra |
D. Nuno Brás
Família – Trabalho – Festa

É difícil ser cristão, nesta Europa onde, cada vez mais, os velhos mitos pagãos são vistos como ideal de vida. Mas viver como família cristã é ainda mais difícil. Por todo o lado, surgem famílias desfeitas por uma qualquer razão menor (por vezes mesmo por um simples “já não me apetece”).

E não é apenas o ambiente social como também as próprias leis emanadas pelos diferentes governos europeus, favorecem o desaparecimento daquela que, desde sempre, foi o bastião de toda e qualquer sociedade humana. É certo que, por outro lado, muitas são também as famílias que não desistem na sua luta quotidiana para permanecerem naquele que lhes deu origem: Deus e o seu amor.

Durante todo este fim-de-semana, milhares de famílias do mundo inteiro reúnem-se com o Papa, em Milão, no Encontro Mundial de Famílias. “Família – trabalho – festa”, constitui o tema base da reunião. Muitas foram as famílias daquela grande metrópole italiana que abriram as suas portas para acolher muitas outras, vindas de todo o mundo.

Para além do tema e da reflexão que ele proporciona, creio que são significativos dois elementos. Em primeiro lugar, o acontecimento em si. Mostrar ao mundo que as famílias cristãs não desapareceram; que é possível, mesmo com todas as dificuldades, viver essa realidade essencial para a Igreja e para o mundo; perceber como muitos outros partilham das mesmas dificuldades e das mesmas alegrias; fazer festa por causa da vida familiar vivida no seio da fé, é já por si importante.

Depois, a cidade de Milão. Sendo embora a maior diocese do mundo em termos populacionais e de clero, a cidade de Milão é igualmente, em Itália, a capital da “moda”, dos negócios, do modo contemporâneo de viver. É como que o lugar europeu por excelência de toda esta mistura de valores e atitudes que marca o Velho Continente e o mundo ocidental. Foi esta cidade que o Santo Padre escolheu para acolher este grande testemunho de vida cristã que é o Encontro Mundial de Famílias. Sem esperar uma “revolução” que mude de um dia para o outro a vida da Família, creio que podemos e devemos esperar deste Encontro pequenas sementes de fé vivida que, a seu tempo, hão-de dar abundante fruto.

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