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Editorial: Recomeçar

Todos sabemos que os diferentes anos começam no dia 1 de Janeiro. Mas todos experimentamos que isso não é mais que uma mera ficção. De facto, pelo menos em Portugal e na grande maioria dos países europeus, o ano tem o seu início em Setembro, depois das férias mais ou menos gozadas. Tem início quando as aulas recomeçam; tem início quando, com novo vigor, voltamos ao trabalho.

As comunidades paroquiais também seguem este ritmo. É o momento do regresso – é o reinício dos grupos de catequese, de crianças, de jovens ou de adultos; é o retomar de muitas das actividades dos grupos de partilha de vida e dos que se dispõem ao voluntariado, no serviço dos irmãos.

É certo que a vida cristã, essa não tem férias, porque o amor de Deus por todos e cada um também não tem férias, e porque, do mesmo modo, a nossa relação com Deus não se compadece com interrupções ou adiamentos… Mas é igualmente certo que, ao iniciar-se Setembro já estamos com alguma nostalgia de partilhar a nossa vida de fé com aqueles que fazem parte das nossas comunidades e com quem, de uma forma ou de outra, aprendemos a crescer no conhecimento do Senhor.

Retomar a vida, depois de um tempo de férias, é sempre bom e entusiasmante. Dá-nos um novo vigor, pede-nos mais generosidade e disponibilidade para Deus e para os irmãos. Na verdade, sabemos por experiência própria que aqueles que dão, esses podem sempre dar e receber mais, ao passo que aqueles outros que permanecem fechados em si mesmos, esses nunca terão a felicidade de perceber o quanto é bom viver numa comunidade onde, com todas as diferenças e apesar delas, nos encontramos unidos pelo mesmo Senhor Jesus, que se nos dá a conhecer e nos convida a uma cada vez maior intimidade consigo – Aquele mesmo Jesus que, hoje como no início da vida da Igreja, envia os seus discípulos pelo mundo inteiro a anunciar o Evangelho.

Viver em comunidade a renovada esperança de um retomar as actividades já conhecidas ou de iniciar novas tarefas: esta é uma realidade que nos faz também perceber, por um pouco que seja, a esperança, sempre nova, que o próprio Deus não cessa de depositar em cada um e em cada comunidade.

Num tempo em que a esperança parece estar longe dos nossos corações, o retomar da vida a que o mês de Setembro convida, pode talvez ajudar-nos a perceber que não é aqui, neste nosso velho mundo, que reside, em última análise, a razão da nossa esperança.

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