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ASCENSÃO DO SENHOR Ano B

“Eles partiram a pregar por toda a parte

e o Senhor cooperava com eles.”

Jo 16, 20

 

Ensinar e comunicar são missões de grandeza e humildade. Reclamam um trabalho constante e um movimento de ir ao encontro das pessoas. Somos muito pobres quando desvalorizamos o trabalho de professores e comunicadores, transformando-os em burocratas de experiências educativas ou em “papagaios” de acontecimentos ou ideias. Como também ficamos mesmo pobres quando não se cultiva, desde o berço familiar, o gosto de aprender, a disciplina de estudar, o trabalho em grupo, a criatividade de produzir, a possibilidade de errar. Mas que tem isto a ver com a festa da Ascensão de Jesus?

 

Os 40 dias que vão da Ressurreição de Jesus à Ascensão são equiparados ao tempo de preparação de um discípulo segundo os mestres rabínicos do Judaísmo. Já conhecemos a simbologia deste número em outras passagens bíblicas e na sua influência na liturgia cristã. Ao contrário dos discípulos dos mestres judeus, que escolhiam o seu Rabi, Jesus sublinha que foi Ele quem escolheu os seus discípulos. Chamar, viver, ensinar e enviar é o movimento que dá corpo ao discípulo-apóstolo. Quanto podemos aprender com Jesus e os discípulos ao longo dos 3 anos e 40 dias que esteve com eles?! Essa é a tarefa do Espírito Santo agora connosco.

 

Entrelacei o ensino com a comunicação nesta “procura”, porque li a mensagem do Papa Francisco para este Dia Mundial das Comunicações Sociais. Tem este tema: «“Vem e verás” (Jo 1, 46). Comunicar encontrando as pessoas onde estão e como estão».  Não é só para os jornalistas ou todos os que trabalham na Comunicação Social, ainda que se lhes dirija especialmente. Seria um espantoso exercício para a vida e trabalho de todos, e muito especialmente para as escolas que fazemos (sim, porque mal ou bem, todos as fazemos ou desfazemos!) deixarmo-nos desacomodar pelo “ir e ver”, que “é o método de toda a comunicação humana autêntica”. Claro que é mais fácil “deixar andar”, criar mais uns “tik-tok’s”, mergulhar nos écrans, deixar de olhar nos olhos uns dos outros, consumir sem critério de escolha, sem sair, pois há tanto para ver nas “cavernas electrónicas”!


Façamos nossa a oração com que termina a mensagem: “Senhor, ensinai-nos a sair de nós mesmos, / e partir à procura da verdade. // Ensinai-nos a ir e ver, / ensinai-nos a ouvir, / a não cultivar preconceitos, / a não tirar conclusões precipitadas. // Ensinai-nos a ir aonde não vai ninguém, / a reservar tempo para compreender, / a prestar atenção ao essencial, / a não nos distrairmos com o supérfluo, / a distinguir entre a aparência enganadora e a verdade. // Concedei-nos a graça de reconhecer as vossas moradas no mundo / e a honestidade de contar o que vimos.” Vai valer a pena!

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