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Isilda Pegado
A Caminhada Pela Vida. Um balanço

1 Já vai sendo um hábito que o ano de trabalho pró-Vida seja lançado pela “Caminhada pela Vida”. Fazemos, publicamente, a avaliação do que está para trás e programamos o que parece estar para vir.

2Por toda a Europa se fazem Caminhadas pela Vida e pela Família, como gesto de afirmação pública dos Valores da nossa Civilização – a dignidade da Vida Humana desde a concepção até à morte natural, e a defesa da Família como instituição natural da Sociedade. São acontecimentos que marcam o movimento pró-Vida Europeu.

3 No ano passado, a Caminhada centrou-se na questão da legalização da Eutanásia que estava pendente e cuja votação parecia próxima, e de duvidoso resultado, face à composição do actual Parlamento. Foi um combate que, por ora, teve um Bom resultado, na medida em que a Eutanásia foi chumbada. E, pelo que nos foi dado ver, os muitos debates e sessões feitas pelo País, levaram às pessoas uma maior consciência do que se fala quando se trata do homicídio a pedido (Eutanásia). E ainda a necessidade que temos de valorizar a vida na doença, nos momentos de carências ou simplesmente no terminus.

4 Este ano, no dia 27 de Outubro, saíram à rua mais de 9.000 cidadãos em Lisboa, Aveiro, Porto, Coimbra e Viseu para dizer: “A Vida em primeiro lugar”. Foi um momento de encontro entre aqueles que, conscientes desta decisão civilizacional, e dos males causados pela ideologia de género ou pela política abortista, se encontram com quem luta pela mesma causa. Na rua, sentimos este conforto e alegria pessoais. Na verdade, a Vida e a Família são a primeira fonte de Amor e naquela tarde, os rostos eram de alegria e esperança num Futuro em que haja lugar para todos. Um futuro onde ninguém seja discriminado em função da sua idade, da doença, da incapacidade, ou da sua maior ou menor força para produzir.  Esperança numa Sociedade onde a Vida não seja descartável.

5 Mas a forma como os Políticos e nomeadamente os Parlamentos (Português e Europeu) se comportam quando chamados a decidir sobre questões estruturantes da Sociedade, como é o caso da defesa da Vida, leva-nos a questionar a nossa postura de cidadãos pró-Vida na política. Temos o voto para nos fazer ouvir. Por isso, nesta Caminhada demos um novo passo – Como usar o nosso voto na defesa da Vida? Em quem votar? Podemos entregar o nosso voto a quem não se compromete com a defesa da Vida Humana e da Família?

Até quando, temos a Sociedade a pensar de uma forma, e os políticos, nas nossas costas, a decidirem contra nós?

Este alerta para a responsabilidade cívica e política é um trabalho que vai ser feito durante o ano de 2019, já que temos dois actos eleitorais – Parlamento (e Governo) de Portugal e eleição para o Parlamento Europeu. Para tanto, faremos um inquérito aos candidatos sobre estas matérias, cujo resultado será divulgado na Comunicação Social. Estamos com total lealdade para com aqueles que estão na vida política activa.

No próximo ano, sairemos de novo à rua no dia 26 de Outubro, se Deus quiser.

Com a mesma alegria e certeza de que a Verdade é fonte de Felicidade para todos.

Bom Ano pela Vida.

 

foto por Caminhada Pela Vida