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Isilda Pegado
Caminhamos pela Vida
1 – No passado dia 4 de Novembro milhares de pessoas Caminharam pela Vida em Lisboa do Chiado a S. Bento. E em Aveiro e no Porto também. Caminhamos para afirmar publicamente o valor inviolável de todas as vidas humanas. Fazendo apelo à Civilização dos Direitos Humanos que se baseia na igual dignidade de todas as vidas humanas.

2 – Caminhamos, por uma sociedade de solidariedade e de Amor, onde a Família tem o lugar primeiro. Sem família não há o viveiro natural da sociedade. É aqui que nascem as novas gerações, que são educadas, que são socializadas e são fonte de progresso.

3 – Caminhamos, pela Alegria de viver com todos, numa sociedade inclusiva dos que mais dificuldades têm, tornando a palavra Dignidade um facto concreto e não um discurso ideológico. A eugenia instalada que manda eliminar eventuais portadores de doenças traduz uma sociedade hostil aos mais carenciados, com a qual não pactuamos. O nosso papel está em apoiar e dignificar essas vidas.

4 – Caminhamos, para que o Futuro das novas gerações seja construído com valores sólidos e capazes de gerar felicidade. Não podemos educar os nossos filhos e netos na cultura do descartável – usa e deita fora. O individualismo a que se apela e se faz valer só cria solidão e sofrimento.

5 – Caminhamos, contra todas as formas de Violência. Num mundo em que a violência se mostra cada vez mais frequente, desumana, gratuita e anónima, importa olhar às causas desta. Uma sociedade que legaliza formas de violência como o aborto e a eutanásia, no tempo, gera novas formas de violência gratuita como as que estamos diariamente a assistir.

A primeira violência doméstica é o aborto voluntário.

Todas as formas de violência são condenáveis, e a família deve ser o primeiro foco de protecção e acolhimento, contra a violência.

6 – Caminhamos, para fortalecer as relações entre gerações – avós, pais, filhos, netos, primos ou tios – precisamos de todos.

A solidão é a negação da condição humana.

7 – Caminhamos, para fomentar a responsabilidade política e o Bem-Comum que só se fazem com leis justas e que respeitem a natureza e condição humana. Num tempo em que no Parlamento se discute a eutanásia ou as leis da ideologia de género, não calamos a iniquidade de tais leis. São leis contra o Homem e contra a Sociedade. São leis contra a Liberdade porque os mais vulneráveis estão reféns da sua condição. São leis que ditam a quem o Poder “oferece a injecção”.

8 – Caminhamos, para que o serviço de saúde desenvolva condições para melhorar os cuidados aos doentes, no alívio de dores e sofrimentos e que seja também resposta para solidões emergentes.

Hoje a medicina tem capacidades múltiplas que muito contribuem para a qualidade de vida dos que estão doentes. A Medicina para além de uma ciência de tratamentos químicos e outros, tem também a dimensão paliativa que não pode ser descuidada.

9 – Caminhamos, para defender o embrião e o feto sujeitos às incúrias e falsas ilusões que levam ao aborto. Mas também o idoso e o doente cujo futuro pode estar em causa com as leis que se preparam no Parlamento contra aqueles que são mais frágeis e incapacitados, e a quem é “oferecida” a morte legalizada.

Caminhamos, sem medo, pela estrada da Verdade, e da Vida.

 

foto por Caminhada pela Vida