Editorial |
P. Nuno Rosário Fernandes
Como vai ser o Natal deles?
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Estamos em pleno mês de novembro e já se percebe que o Natal está próximo. Bom… ainda falta mais de um mês, mas a publicidade já começa a querer moldar as nossas cabeças e comportamentos para a necessidade do consumo, porque haverá prendas para comprar. O típico hipopótamo fêmea dança e canta nos ecrãs da televisão, a sensibilidade para o cheiro começa a ser despertada para a compra de qualquer essência perfumada, os novos modelos de viaturas que se vão impondo… poderia continuar aqui numa longa descrição do que nos apresentam como sugestões para o que nos dizem ser um bom Natal.

No entanto, enquanto nos querem fazer preocupar com o consumismo desenfreado, em muitos lugares não há oportunidade sequer para consumir, seja o quer for. A preocupação centra-se na sobrevivência, no desejo de garantir uma vida segura, de garantir a continuidade de uma presença cristã em lugares onde a perseguição já dura há mais de dois mil anos. A pergunta que me surge, então, é esta: Onde estão as nossas prioridades? Como acolhemos a dor dos outros, o sofrimento dos que estão lá longe? Como vai ser o Natal deles?

Na mesma semana em que a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre apresentou o relatório anual sobre a Liberdade Religiosa no Mundo, tive um encontro com alguém que vive e sofre na pele a perseguição e resiste à emigração porque não quer abandonar um lugar que ainda é cristão. Saltam as lágrimas de sofrimento e no coração sobressai o sentimento de impotência perante tal dor e o desejo de poder viver a Paz.

E nós? Andamos já preocupadíssimos com o que comprar, para dar ao outro um Natal mais feliz!

 

P. Nuno Rosário Fernandes, diretor

p.nunorfernandes@patriarcado-lisboa.pt

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