Uma vez mais o tema da comunicação na Igreja foi mote para as Jornadas Nacionais de Comunicação Social que decorreram em Fátima juntando jornalistas católicos e outros fazedores de comunicação, bem como responsáveis de secretariados de comunicação e jornais diocesanos.
Verifica-se que em grande parte das nossas dioceses há dificuldade em ter uma comunicação organizada, com um plano de comunicação elaborado e linhas de orientação definidas. Quem vai acompanhando o tema, ao longo dos anos, vai percebendo que a preocupação permanece, mas o caminho que vai sendo trilhado, com vista a melhorar, tem sido demasiado lento. As dificuldades e os obstáculos impõem-se e a comunicação, depois, não acontece.
Nos mesmos dias em que nos reuníamos em Fátima, era também anunciada, no Vaticano, a reestruturação de toda a comunicação da Santa Sé. Isto demonstra o quão importante e necessário é comunicar na Igreja. É preciso, por isso, assumir a comunicação como uma das dimensões da pastoral. Falamos de pastoral da evangelização com a catequese, pastoral missionária, falamos de uma pastoral social, de uma pastoral litúrgica, mas de uma pastoral da comunicação que seja mais do que o próprio conceito, ainda estamos muito longe. É necessário que esta terminologia comece a entrar no léxico das dioceses e das próprias paróquias e nos seus programas pastorais. Agora que estamos a iniciar um novo ano pastoral talvez fosse o momento oportuno para o fazer.
Em algumas comunidades, onde há gente mais jovem que o sabe fazer, há uma participação na internet, que agora tem maior incidência nas redes sociais; publicam-se boletins paroquiais com os parcos meios e recursos existentes, e em um lugar ou outro tenta-se a comunicação pelo vídeo, em direto ou gravado.
A mensagem que todos queremos transmitir é a mesma: Jesus Cristo Ressuscitado. O modo de o fazer vai variando. No entanto, tenhamos presente que o próprio Deus se comunicou, em Jesus Cristo, que é, e cito, “o Comunicador perfeito”. Por isso, temos tudo o que é preciso para fazer comunicação, para pôr em comum a mensagem que já tem mais de dois mil anos mas que se vai atualizando em cada dia, em cada momento.
O que vai acontecendo nas paróquias e nas comunidades em termos de comunicação é realizado com a grande generosidade e a boa vontade de muitos curiosos – a maior parte das vezes sem uma formação específica –, ou em determinadas situações por leigos profissionais em tempo livre. Não pedimos que haja profissionais nas paróquias a fazer comunicação, mas desejamos e tentamos proporcionar uma colaboração da entidade diocesana com os agentes dessa pastoral para o efeito. Por isso, assim como se formam catequistas com planos de formação na diocese, é preciso apostar mais na formação dos leigos para a comunicação nas paróquias.
No entanto, estou consciente da dificuldade, sobretudo, em encontrar nas comunidades gente predisposta para estes desafios, e inclusive das dificuldades económicas que qualquer projeto de comunicação pode acarretar para uma paróquia, movimento ou comunidade religiosa. Contudo, é preciso abrir horizontes. Porque a comunicação é essencial para a partilha da fé e o saber comunicar utilizando os meios que a técnica coloca ao dispor é indispensável.
P. Nuno Rosário Fernandes, diretor
p.nunorfernandes@patriarcado-lisboa.pt
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