Família |
Familiarmente
Formação para Agentes de Pastoral Familiar | Turcifal | 2016
<<
1/
>>
Imagem

A Equipa Diocesana de Pastoral Familiar promove ao longo do ano um conjunto diversificado de iniciativas que procuram complementar e enriquecer o trabalho desenvolvido pelas paróquias. Nesta edição partilhamos testemunhos de quem participou na formação para agentes de pastoral familiar.

 

Ao longo da nossa vida já tínhamos ouvido falar muito sobre a família, mas cada vez mais é urgente darmos tudo por esta causa, pois Jesus até se sujeitou à morte na cruz para a salvação da família e da Humanidade. Valeu a pena termos participado nesta formação, veio mesmo a propósito, porque no dia 23 de Maio fizemos 45 anos de casados. Dirão muitos “Tanto tempo, como é possível?” e outros, “Qual o segredo?” ou “Como conseguem?”. Sim, conseguimos, e vamos explicar como.

Durante o nosso namoro fomos fazendo, ao longo de 5 anos, a preparação de uma coisa tão importante para as nossas vidas e assim preparámos o dia do nosso casamento com muita consciência do que íamos fazer. Tendo sempre presente em nós a pessoa de Jesus Cristo. Casámos tendo a convicção que gostávamos muito um do outro e que o nosso amor era para sempre, pois era isso que Deus queria de nós. E diante do altar que ainda recordo como se fosse hoje, nós diante de Deus, prometemos um ao outro, colocando as alianças, “vou amar-te na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, até que a morte nos separe”. E ainda que venham as doenças e os problemas, que na verdade até vieram muitos, acreditámos sempre que Deus estava connosco e com o amor que temos um pelo outro, nada impediria que continuássemos a ser felizes.

Desejamos que todas as famílias do mundo inteiro acreditem que verdadeiramente Deus está no meio de todos nós e que Ele nos ama muito, muito, muito…

Fidélia e João Maia| Peniche

 

Compreender, partilhar e criar dinâmicas de ação na pastoral que envolve as famílias, são os aspetos marcantes da atuação dos agentes de pastoral familiar.

Estes foram os temas da formação de que participamos durante um ano, em que a partilha de diferentes realidades aliada ao aprofundamento da mensagem do evangelho e às propostas do Papa Francisco, nos lançam desafios de ação na pastoral familiar das nossas comunidades.

Foram momentos de enriquecimento espiritual e de consciencialização da importância de trabalhar esta realidade dentro de cada comunidade e entre as diferentes comunidades, numa caminhada de ação, partilhada, visando o objetivo comum do acolhimento e da vivência do amor por todas as famílias.

Filomena Pina Pires| S. Maximiliano Kolbe, Lisboa

 

Espero com a Graça de Deus estar à altura desta Missão a que fui chamada, pois foi uma experiencia muito enriquecedora; não só pelo que ouvimos mas também pela partilha de algumas dificuldades que todos sentimos embora em meios diferentes e na procura de superar as mesmas como uma Família unida.

E chegamos à conclusão que é por aí que devemos começar, pela Família.

Não devemos procurar Evangelizar indivíduos, mas Famílias, fazendo com que vejam a Igreja como farol, que é referência e não como facho de luz que encandeia; envolvendo-as, acompanhando-as, fortificando-as e festejando com elas.

Os Agentes Pastorais da Família devem convergir com a catequese, com os jovens e com os diversos grupos Paroquiais porque todos têm família, não somos um grupo fechado. Devemos estar atentos ao despertar da Fé, levando os Pais e os avós a participar - a primeira catequese começa em casa e deve vocacionar a criança para o amor.

Deus é Amor e é por isso que devemos ser uma Igreja acolhedora para todos os que nos procuram, sendo exigentes e misericordiosos explicando aos poucos o porquê das coisas e não atropelando logo as pessoas com um comboio chamado Código do Direito Canónico.

Fiquei com uma frase no coração, Igreja imagem de Deus com as duas mãos abertas, uma que acolhe e a outra que aponta o caminho.

Que Deus nos ajude.

Elizabete Querido| Caldas da Rainha

 

Tocou-nos especialmente pelo empenho que todos tiveram na abordagem feita sobre a mulher, a sexualidade, o matrimónio católico, as situações irregulares dos divorciados, recasados e uniões de facto. O caminho a percorrer é longo e difícil mas com a inspiração Divina conseguiremos ser portadores e missionários do Evangelho.

A atitude que Jesus Cristo nos pede é sermos fiéis aos Seus critérios de vivência para com o próximo tornando-nos acolhedores e misericordiosos como Igreja.

Convido-vos a ler o que o Papa Francisco diz na Exortação Apostólica Amoris Laetitia, nos capítulos 86, 87 e 88. O amor vivido nas famílias, é uma força permanente para a vida da Igreja, estando envolto na beleza da paternidade e da maternidade; partilha de projetos e fadigas, anseios e preocupações; aprender a cuidar um do outro e a perdoar-se mutuamente. A beleza de ser família, a beleza da reciprocidade no amor que se cimenta entre todos os seus membros são a resposta vocacional tanto para a Igreja como para a sociedade.

A presença de Jesus Cristo, a terceira pessoa no seio do casal, é fundamental como inspiração divina na resolução das dificuldades que surgem no dia-a-dia das famílias. Sem Ele não conseguimos trilhar o caminho do amor e paz, no seio da família doméstica, para chegar aos nossos outros irmãos que vivem na nossa comunidade.

Ser Missionário é levar o evangelho a todos os irmãos, crentes e não crentes. A todos os que necessitam de acolhimento e de misericórdia. Nesta passagem de peregrinos pela terra, somos convidados por Deus a seguir o chamamento Missionário de evangelização não em situações pontuais, mas sim constantemente, sendo instrumentos, nas mãos de Deus, em permanente aperfeiçoamento.

Em comunhão com o Pároco, Ministros da Comunhão, CPB, CPM, Direção da Catequese e outros serviços paroquiais, propomos fazer um levantamento conjunto, às famílias com dificuldades da comunidade, levando a todos os irmãos mais vulneráveis, crianças e idosos desprotegidos, a ajuda necessária, tanto espiritual como material e afetiva, para que sejamos efetivamente Igreja e portadores da mensagem do Papa Francisco “Acolher e ser Misericordiosos”.

Maria Lucília e José Manuel Almeida| Ericeira

 

Decorria o ano de 2014 quando o padre Carlos Silva, pároco da Póvoa de Santa Iria, nos fez o convite para estarmos presentes num encontro que ia decorrer na paróquia do Forte da Casa. Sem sabermos ao que íamos aceitamos sem reservas, confiantes que o Espírito Santo sempre nos conduz pelos caminhos que melhor servem a comunidade e a igreja de Cristo. O encontro foi uma sessão de divulgação/esclarecimento sobre a pastoral familiar, as suas áreas de intervenção, responsáveis nos vários níveis, diocese, vigararia e paróquia. No final foi-nos lançado o desafio de formarmos uma equipa paroquial da pastoral familiar. Foi o que fizemos, fomos ter com o nosso pároco e depois de refletirmos os objetivos da pastoral, concluímos que deveríamos convidar mais três casais, um da equipa do CPM, outro das ENS e outro da catequese. Meses mais tarde os quatro casais receberam um convite para participar numa ação de formação de agentes da pastoral da família.

Na formação foi-nos transmitido que o ser humano deseja amar e ser amado. Deus fez o homem e a mulher à sua imagem e os une para serem um só. O sacramento do matrimónio é a aliança do casal com Cristo fundada no amor e na fidelidade. Dos objetivos fundamentais da missão da família destacamos o desígnio de ser Igreja Doméstica, lugar onde pais e filhos se evangelizam mutuamente, tornando-se pelo seu testemunho evangelizadora de outras famílias.

O último módulo teve uma componente prática que se baseou no que idealizamos para a Pastoral Familiar na nossa comunidade, quais os desafios, as áreas de ação, por exemplo, uma preparação para o matrimónio mais remota ainda no namoro, transmissão da fé aos filhos, envolver os pais na catequese, acompanhar à luz do evangelho toda a problemática que envolve a separação do casal, o acompanhamento na viuvez e na solidão dos idosos.

A formação terminou com grupos de trabalho onde nos era pedido para olhar a realidade da nossa comunidade e criar um programa de ação pastoral. Partindo do Ver (levantamento dos problemas/dificuldades/carências materiais ou espirituais), Julgar (à luz do evangelho e dos valores humanos identificar as soluções que possamos dar) e Agir (criar propostas concretas a cada situação e socorrendo-nos das estruturas/grupos já existentes na paróquia, promover dinâmicas sempre num clima de ajuda fraterna que levem à resolução da situação identificada).

Na formação recebemos muitos ensinamentos dos quais queremos destacar dois:

1. Não é necessário criar algo de novo nas paróquias, mas sim coordenar e incentivar atividades em prol da família envolvendo para isso os grupos já existentes.

2. O objetivo da pastoral familiar é alcançado nas paróquias quando a sua ação contribuir para transformar a comunidade numa grande família de famílias evangelizadoras.

Ana e Sérgio Silva| Póvoa Santa Iria

 

_____________


Retiro de Namorados: “Dou-te o meu Coração” | 2 e 3 de Abril de 2016 | Linhó

Faltam cerca de dois meses para o nosso casamento! Pensava que não, mas a trata-se de um acontecimento que está a fazer mexer muita gente à minha volta. A azáfama é de tal ordem, que a minha noiva sentiu a necessidade de se retirar comigo durante dois dias. Ao procurar por retiros quis Deus que ela apenas encontrasse uma opção viável. Um retiro para namorados! Em Sintra! Estava a ser organizado pela Pastoral da Família e assim que vi o nome do Padre Nuno Amador fiquei logo com a certeza de que deveríamos ir. Ao longo do encontro, fomos encontrando outros casais que aos poucos partilhavam as suas experiências, duvidas, anseios, certezas, aventuras. Havia quem apenas tivesse começado a namorar há dois meses, outros há 9 anos, e no nosso caso o caminho de namoro já tinha passado os 12 anos!

Cada par tinha as suas razões, cada realidade espelhava a experiência de vida de cada um. Mas a melhor experiência vinha de um casal maravilha que ao longo de 29 anos de casamento ainda namoram e sentem cada vez mais que foram feitos um para o outro! É com grande alegria que eu e a Ana damos graças a Deus por ter tido a oportunidade de conhecer um exemplo do amor de Deus na Terra. Esperamos que continuem a espalhar grãos de amor a todos os que se cruzam convosco pois certamente darão muito fruto. Um bem-haja!

Para colocar o olhar de Deus como forma de doação entre o casal, para que percebam que à semelhança de Jesus para amar verdadeiramente é preciso estar disposto a dar a vida. É preciso ter espírito de entrega, e que essa entrega aconteça todos os dias, não só nos pequenos detalhes e sacrifícios, como nos momentos essenciais da nossa vida.

Bruno Dias e Ana Barreira

  

_____________


Próxima atividade: Retiro para Famílias – 18 e 19 de Junho

Nos dias 18 e 19 de Junho realiza-se na Casa do Oeste um retiro para famílias sobre o tema ‘A alegria de ser família’, inspirado na nova exortação apostólica do papa Francisco: A alegria no amor. Neste retiro, realizado em ambiente familiar, pretende-se reunir pais, filhos e avós. Todas as gerações são bem-vindas!

O retiro inicia pelas 10h30 de sábado e terminará após o almoço de Domingo.

O valor da inscrição é de 30¤ por adulto e jovem a partir dos 12 anos e de 15¤ para crianças dos 3 aos 12 anos. É gratuito para bebés até aos 3 anos. Esta inscrição inclui estadia e dormida, lençóis, toalhas, refeições e material para o retiro. Inscreva a sua família em http://familia.patriarcado-lisboa.pt.

textos pela Pastoral Familiar de Lisboa
A OPINIÃO DE
Pedro Vaz Patto
Foi muito bem acolhida, pela generalidade da chamada “opinião pública”, a notícia de que...
ver [+]

Guilherme d'Oliveira Martins
Quando Jean Lacroix fala da força e das fraquezas da família alerta-nos para a necessidade de não considerar...
ver [+]

Tony Neves
É um título para encher os olhos e provocar apetite de leitura! Mas é verdade. Depois de ver do ar parte do Congo verde, aterrei em Brazzaville.
ver [+]

Tony Neves
O Gabão acolheu-me de braços e coração abertos, numa visita que foi estreia absoluta neste país da África central.
ver [+]

Visite a página online
do Patriarcado de Lisboa
EDIÇÕES ANTERIORES