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O namoro como caminho vocacional
“E viveram felizes para sempre...”
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São inúmeras as histórias que terminam deste modo. Não será um grande esforço recordar um filme ou um conto que, com mais ou menos peripécias, umas engraçadas, outras um pouco mais dramáticas, culmine com a união de um príncipe e de uma princesa, com a garantia de que “viveram felizes para sempre...”.

Quererá isto dizer que basta trocar alianças para assegurar a felicidade eterna?
Certamente que não... Através do sacramento do matrimónio, Deus chama o homem e a mulher para, em união consagrada, construírem um projecto de Amor edificado n’Ele e uma Igreja doméstica e para darem testemunho do amor conjugal e paternal à comunidade. Este desafio é exigente e trabalhoso e deve ser acompanhado por um compromisso diário de encontro com Deus e com o amado.

Pois bem, mas e antes? Deverá preparar-se o SIM matrimonial para se ir de encontro às expectativas de felicidade eterna?

Certamente que sim... Essa preparação é vulgarmente conhecida como “namoro”, um tempo de discernimento vocacional a dois ou, melhor dizendo, a três!

Começamos por partilhar que o nosso namoro é uma bênção de Deus sentida logo desde o início! É maravilhoso olhar para trás e identificar a quantidade de sinais que Deus nos foi dando para sermos mais do que madrinha e afilhado de Crisma e mais do que melhores amigos. O Senhor falou-nos, ao longo de vários anos, através da nossa amizade, da vivência em comunidade na nossa paróquia e nos Missionários Combonianos, de pessoas muito concretas que recordamos com muito carinho e que viam mais à frente do que nós, bem como da Sua Palavra e da Eucaristia que nos revelaram o verdadeiro Amor a que éramos e somos chamados.

O nosso namoro é para nós uma descoberta constante do outro, de nós próprios e da vocação a que Deus nos chama pessoalmente. Cada um de nós procura aprofundar a sua relação com Deus, investindo na sua formação, no acompanhamento espiritual e no tempo de oração e reflexão pessoais. No entanto, sabemos que a nossa caminhada pessoal se entrecruza com a do outro porque tem o mesmo sentido e a mesma meta e, nessa medida, procuramos os dois crescer na fé com a ajuda um do outro, rezando, escutando a Palavra e celebrando a Eucaristia juntos, saboreando os dons de Deus em cada um de nós, partilhando angústias e dúvidas. Desta forma, vemos que temos já um longo caminho percorrido os dois, com as pegadas de Deus a nosso lado.

Obviamente que o namoro não é um conto de fadas. Já passámos por dificuldades na nossa relação, por fases de adaptação à maneira de ser um do outro, por desencontros de ideias e falta de sintonia, por atitudes que magoaram a um e a outro, por momentos de cansaço… Mas também já vivemos o perdão, a paciência, a compreensão, o agradecimento por um conselho à primeira vista desagradável mas certeiro, o carinho em momentos de perda e de dor, a disponibilidade para estar e ajudar o outro…

Fomos chamados por Deus a não desistir à primeira, a ajudar o outro a crescer pessoal e espiritualmente, a ter esperança no futuro a dois, a ser perseverantes na fé, a ter consciência de que nenhum de nós pode perder a identidade e desvalorizar-se num ilusório nós. Pelo contrário, o Senhor foi-nos revelando que juntos somos mais fortes, somos melhores pessoas e melhores cristãos, e que somos chamados a ajudar o outro a ser santo!

Esta caminhada que começou com uma grande amizade e está agora a passar pelo namoro tem a mesma meta: a união com Deus através do sacramento do matrimónio, procurando, a cada dia que passa, a novidade do outro e a santidade de ambos.

“Vivam felizes para sempre” é o mote para quem deseja dizer sim ao projecto amado de Deus através de uma caminhada a dois rumo à santidade! Saibamos responder a Deus com confiança e com coração disponível para que, assumindo este compromisso, sejamos testemunhas fiéis do Amor de Jesus pela Sua Igreja.

 

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