Sínodo 2016 |
Lançamento do Sínodo Diocesano 2016
Ocasião para experimentar a alegria do Evangelho
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“Em pleno caminho sinodal diocesano”, o Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, classifica o “acolhimento e a família” como pontos prioritários no caminho sinodal e revela qual o “melhor resultado” que se pode conseguir com o Sínodo Diocesano 2016.

 

“Proporcionar a cada um, a cada família, a cada comunidade, a ocasião mais aproveitada para experimentar a alegria do Evangelho”. Este é, para D. Manuel Clemente o “melhor resultado” da caminhada sinodal da Diocese de Lisboa, para os próximos dois anos.

Na celebração aniversária da Dedicação da Sé de Lisboa, no passado sábado, dia 25 de outubro, que marcou também o lançamento do Sínodo Diocesano 2016, o Patriarca de Lisboa alertou para a “indisponibilidade” na evangelização quando “devia haver correspondência”, e apontou um caminho para tornar presente, nas comunidades, a experiência “ressuscitada e ressuscitadora” de Cristo. “Urge ultrapassar, em nós e nas comunidades, quer o alheamento do que nos há-de motivar a todos, quer o consumismo religioso do que eventualmente nos interesse. Mas nem connosco nem com outros acontecerá assim, se a presença de Cristo não for mais notada e oferecida, na Palavra anunciada, nos sacramentos celebrados e na caridade atuada, isto é, em tudo o que assinala realmente a sua presença ressuscitada e ressuscitadora no corpo eclesial em que se prologa e manifesta”, refere D. Manuel Clemente, lembrando depois as palavras do Beato Paulo VI, na Exortação ApostólicaEvangelii Nuntiandi’: “O homem contemporâneo escuta com melhor boa vontade as testemunhas do que os mestres, ou então, se escuta os mestres, é porque eles são testemunhas”.

 

Testemunhos vivos

Na Missa concelebrada pelos Bispos Auxiliares de Lisboa, D. Joaquim Mendes, D. Nuno Brás e D. José Traquina, e também pelo recém-nomeado Bispo Coadjutor de Beja, D. João Marcos, o Patriarca de Lisboa lembrou a finalidade do caminho sinodal que a Diocese de Lisboa fará até 2016. “Todo o percurso sinodal de Lisboa, meditando, rezando e ensaiando, um após outro, os luminosos capítulos da Exortação Apostólica ‘Evangelii Gaudium’, não visa senão tal fim: que em cada fiel e em cada comunidade da diocese se ofereçam testemunhos vivos da presença de Cristo, para continuarem agora os gestos salvadores que Ele começou, por si, há dois mil anos e quer continuar, por nós, neste tempo que vivemos, tão redobrado em carências de corpo ou de espírito. Para isso existimos, como Igreja de Cristo, a tal nos destinamos em caminho sinodal", aponta.

“Do templo às periferias e das periferias ao templo”. Este é, para D. Manuel Clemente, o “círculo da evangelização perfeita”. Perante os representantes das paróquias da diocese, o Patriarca de Lisboa destacou que “pode haver distâncias geográficas que não são periféricas e proximidades que o são muito e muitíssimo” e dá como exemplo o que se passa nos dias de hoje: “Veja-se o que sucede na parte antiga desta e outras cidades e povoações; veja-se o que se passa em relação a idosos, que, podendo ser próximos pelo parentesco ou vizinhança, acabam por ser periféricos na atenção que lhes é dada; veja-se o acolhimento que se presta, ou não, a tantos que procuram lugares de paz e apoio espiritual ou outro”, aponta.

Para D. Manuel Clemente, o exemplo de Jesus que “estava, acolhia, chamava e escutava” deve estar presente em cada igreja de Lisboa. “Que bom será e há-de ser, quando as nossas igrejas forem continuamente assim, espaços onde as periferias existenciais se centralizem, pelo acolhimento, pela ocasião oferecida de serenar a alma e encontrar respostas! Há inegáveis problemas práticos de arranjo e segurança dos espaços. Mas, se conseguirmos progredir neste ponto, retomando criativamente o serviço dos antigos ostiários – que abriam e guardavam os templos –, proporcionaremos a muitos um lugar propício à alegria evangélica. Na verdade, se temos de procurar os outros, também temos de lhes proporcionar lugares onde finalmente se encontrem – com Deus, consigo próprios e com os outros em Deus, que o mesmo é dizer ‘em Cristo’, de quem o templo é sinal. Evangelizar é convidar a todos para um encontro que tarda – e em cada templo se há-de oferecer”, salienta.

 

Famílias de famílias

Na homilia da celebração aniversária da Dedicação da Sé, D. Manuel Clemente, que é também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), apresentou um balanço sobre o Sínodo dos Bispos sobre a Família, que decorreu entre os dias 5 e 19 de outubro, em Roma. “O Sínodo não deixou de estar atento à problemática geral que hoje atinge agudamente a conceção e vivência cristã da família. São efetivamente condicionalismos novos, socioculturais e quase estruturais, que obrigam a reflexões mais acuradas, para traduzir na atualidade a inegável afirmação de Cristo sobre o matrimónio, duradouro e fecundo”, refere. Para D. Manuel Clemente, o Sínodo quis “realçar acima de tudo a importância da família e repropor a qualidade cristã da vida conjugal e familiar, face a tudo o que atualmente a desafia. Qualidade que, garantida pela graça divina, requer nos tempos que correm especial aplicação das comunidades na preparação, celebração e acompanhamento do matrimónio”, aponta o presidente da CEP, que participou neste encontro no Vaticano.

D. Manuel Clemente refere que a reflexão, conduzida pelo Papa Francisco, também deve ter no percurso sinodal da Diocese de Lisboa “o maior relevo, não só na pastoral familiar específica, mas na dimensão familiar de toda a pastoral, olhando realmente as nossas comunidades como ‘famílias de famílias’ e não agregados de fiéis mais ou menos conhecidos”. A família, segundo o Patriarca de Lisboa, “é base e escola da sociedade autêntica, que nunca o será senão pelo concurso das solidariedades e afetos que basicamente se ganham na vida familiar”. “Um dos grandes problemas da sociedade contemporânea é a pouca consideração desta base familiar, que deve ter. Uma sociedade não é a soma ocasional de indivíduos, que podem ser reduzidos a números estatísticos, ou levados para aqui, além, ou parte nenhuma, como meros ‘recursos humanos’, tão amovíveis como dispensáveis, a bel-prazer de quem possa e mande. Cada qual é pai ou mãe, marido ou mulher, avô ou avó, filho ou filha, irmão ou irmã, parente ou vizinho; e assim mesmo coexiste e deve ser atendido, conjugável, mas não em abstrato”, frisa.

Para D. Manuel Clemente, a “crise” que se vive “tem revelado a importância da base familiar, como quase único suporte da sobrevivência económica e emocional de muitos. Importa e urge tirar as devidas consequências desta verdade tão demonstrada”.

 

Caminhada sinodal

A celebração do passado dia 25 de outubro, na Sé de Lisboa, serviu também para lançar a caminhada sinodal da diocese. A partir da Exortação Apostólica ‘Evangelii Gaudium’, do Papa Francisco, todas as “forças vivas” da Diocese de Lisboa estão convocadas, pelo Patriarca, a preparar o Sínodo Diocesano 2016 que tem como lema ‘O sonho missionário de chegar a todos’ (E.G. 31). Para tal, em cada uma das cinco etapas propostas, numa periodicidade trimestral, será disponibilizado um guião de leitura que orienta a reflexão individual e em grupo, através de leituras, perguntas, orações e celebrações. O guião #1, que corresponde ao período entre setembro e dezembro de 2014, está disponível e tem como tema ‘A transformação missionária da Igreja’. No final de cada etapa, cada grupo envia o contributo da sua reflexão e ensaio para o email do Secretariado do Sínodo (sinodo2016@patriarcado-lisboa.pt). Esta comissão reúne toda a informação e prepara o documento de trabalho que vai ser apresentado na Assembleia do Sínodo, que será realizada em novembro de 2016. O guião de leitura e outros materiais de apoio, em suporte papel, estão à venda na Livraria Nova Terra, no Patriarcado de Lisboa, e podem ser descarregados gratuitamente, em suporte digital, no site oficial do Sínodo Diocesano 2016 (http://sinodo2016.patriarcado-lisboa.pt).

 

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Novos materiais

Os pins e as fitas de pulso do Sínodo Diocesano 2016 podem ser adquiridos na Livraria Nova Terra, no Patriarcado de Lisboa (telefone: 218810524/68; email: livraria.nt@patriarcado-lisboa.pt).

Pin: 1 euro

Fita de pulso: 0,50 euro

 

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Vídeo de promoção do Sínodo 2016

Foi apresentado, na celebração aniversária de Dedicação da Sé, no passado dia 25 de outubro, o vídeo de promoção do Sínodo Diocesano 2016. Produzido pelo Departamento da Comunicação do Patriarcado de Lisboa, com a colaboração do iVangelho (www.ivangelho.com), o vídeo contém uma mensagem de D. Manuel Clemente, Patriarca de Lisboa, onde apela à mobilização de toda a diocese para a caminhada sinodal.

O vídeo está disponível em www.youtube.com/patriarcadolx e em http://videos.sapo.pt/patriarcadodelisboa.

 

“Etapas em vídeo”

Em cada uma das cinco etapas da caminhada sinodal serão disponibilizados alguns vídeos sobre os pontos abordados em cada um dos temas dos guiões de leitura. Produzidos pela Paulus Editora, os vídeos vão estar disponíveis ao longo de cada trimestre no site oficial do Sínodo Diocesano 2016 (http://sinodo2016.patriarcado-lisboa.pt) e nas redes sociais.

 

Hino do Sínodo Diocesano 2016

Foi também apresentado o hino do Sínodo Diocesano 2016. Com música do padre Teodoro Sousa, o hino pode ser escutado no site oficial do Sínodo Diocesano 2016 (http://sinodo2016.patriarcado-lisboa.pt).

 

É o sonho missionário

de chegar a toda a gente.

Longe ou perto, o necessário

É mostrar Cristo presente.

É o sonho missionário

De chegar a toda a gente

Sonhou o Papa Francisco

um mundo de Paz e Bem,

Sem nada que ponha em risco

a esperança que nos mantém.

 

Está Cristo na sua Igreja,

pão vivo compartilhado.

Connosco vai a quem esteja

excluído, abandonado.

 

Aberto está o caminho:

sigamos, mas não a sós!

Ninguém percorre sozinho

a senda de todos nós.

 

Alegres no Evangelho

façamos, já, sem demora,

do mundo que ficou velho,

outro mundo novo agora!

 

E seja a Igreja, em Lisboa,

lugar de amor fraternal,

espaço onde ressoe

o convite universal.

 

Connosco Santa Maria,

nossa Mãe e nosso encanto,

Rumo a Deus que nos sacia,

na plenitude dos santos.

texto por Filipe Teixeira; fotos por Arlindo Homem
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