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Sínodo Diocesano 2016
Redescobrir caminhos de missão
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As nossas comunidades respiram a urgência de levar a todos, sem exceção, o anúncio do Evangelho? Como é que na nossa comunidade se vive o acolhimento? Somos uma comunidade de portas abertas? Estas são algumas das perguntas que constam no Guião #1 das etapas do caminho sinodal, que durante dois anos vai conduzir todas as paróquias do Patriarcado de Lisboa até ao Sínodo Diocesano 2016.

 

Em junho passado, no Dia da Igreja Diocesana, o Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, dava início à caminhada sinodal para os próximos dois anos pastorais da diocese. Um caminho com o lema ‘O sonho missionário de chegar a todos’, da Exortação Apostólica ‘Evangelii Gaudium’, que vai levar as paróquias de Lisboa rumo ao Sínodo Diocesano 2016. Nesta primeira edição após as férias, o Jornal VOZ DA VERDADE explica como se vai processar esta caminhada sinodal em ritmo trimestral, até novembro de 2016, que deve envolver cada uma das 288 paróquias do Patriarcado de Lisboa, mas também os institutos religiosos e seculares, associações e movimentos.

 

Etapas do caminho sinodal

São cinco as etapas da caminhada sinodal: Guião #1 / setembro a dezembro de 2014: ‘A transformação missionária da Igreja’; Guião #2 / janeiro a março de 2015: ‘Na crise do compromisso comunitário’; Guião #3 / abril a junho de 2015: ‘O anúncio do Evangelho’; Guião #4 / setembro a dezembro de 2015: ‘A dimensão social da evangelização’; e Guião #5 / janeiro a março de 2016: ‘Evangelizadores com Espírito’. Antes do início de cada trimestre, a Comissão Preparatória do Sínodo publica os guiões de leitura que vão acompanhar a caminhada (ver caixa).

No Guião #1, que já se encontra disponível, é explicado o ritmo que vai ser empreendido por cada comunidade cristã e que deve ser iniciado individualmente: “Leitura e reflexão pessoal – Leio integralmente o Capítulo I [nº 19-49] da Exortação Apostólica «A Alegria do Evangelho». Nessa leitura pessoal sublinho o que mais me interpela ou chama a atenção e anoto as interpelações, as observações e as ‘luzes’ que o texto do Papa Francisco me suscita – para mim, para o grupo cristão de que faço parte, para a Igreja diocesana de Lisboa e para a Igreja universal”. Feita esta leitura, é convocado o ‘Diálogo em comunidade’: “Reúno-me em grupo de diálogo (família, movimento eclesial, grupo paroquial a que pertenço, comunidade religiosa, escola, associação, instituição cívica / social / profissional a que pertenço, grupo a constituir especificamente para este fim…) e partilho os sublinhados e as anotações que fiz na minha leitura pessoal. Escuto os outros com atenção. Reflito e levanto novas questões. Apresento propostas para o Sínodo debater, aprofundar e aclarar. Para este diálogo em comunidade, terei em conta todo o 1.º capítulo da Exortação Apostólica e concorrerei para um debate amplo e aberto. Contudo, para melhor balizar o diálogo, posso servir-me da síntese e questões apresentadas de seguida. Não se torna obrigatório responder à totalidade das questões; mas a diversidade das mesmas facilitará uma discussão mais ampla”, esclarece este primeiro guião de leitura.

 

Metodologia e concretização

O Guião #1, com 20 páginas em tamanho inferior a A5, apresenta então as diversas questões que cada comunidade deve responder e enviar para a Comissão Preparatória do Sínodo. “Como dinamizar a participação ativa de um maior número de pessoas na vida da comunidade? O que fazemos já para acolher aqueles que nos procuram (por ocasião do Batismo, do Matrimónio, da Eucaristia, da Reconciliação, dos funerais, das bênçãos várias…)? O que fazer para melhorar verdadeiramente? Como é que na nossa comunidade se exprime a preocupação com os pobres? O que fazer para lhe dar mais relevo na nossa vida?”, são algumas das questões levantadas nesta primeira etapa do caminho sinodal. “O grupo de diálogo faz a síntese das respostas dadas a cada uma das questões anteriores, enriquecendo-a com outros contributos relevantes que tenham surgido no debate e na partilha, e envia essa síntese até ao dia 31 de dezembro de 2014 para o endereço de correio eletrónico do Secretariado Geral do Sínodo Diocesano: sinodo2016@patriarcado-lisboa.pt”, explica este subsídio.

Por ser o primeiro dos cinco fascículos que o Patriarcado de Lisboa vai disponibilizar, o Guião #1 revela ainda a forma como se concretiza a caminhada sinodal. “Depois de ter dado este primeiro ‘primeiro passo’ – na oração, na leitura e no diálogo – rumo ao Sínodo diocesano, comprometo-me com um gesto concreto: Anunciar e divulgar à minha volta e na minha rede de contactos esta caminhada sinodal que estou a viver, convidando outros – ‘de dentro’ e ‘de fora’ da Igreja – a também participarem”.

 

Ligar oração e ação

Como se referiu, será esta a caminhada sinodal que todas as paróquias e realidades cristãs devem agora iniciar, neste novo ano pastoral 2014/2015. A um ritmo trimestral, tendo em vista o Sínodo Diocesano, uma assembleia, a ter lugar em novembro de 2016, que vai reunir leigos, consagrados e sacerdotes do Patriarcado de Lisboa.

No Dia da Igreja Diocesana, que decorreu no passado dia 15 de junho, na igreja da Boa Nova, na Galiza, Estoril, o Patriarca de Lisboa alertava que este caminho só pode ser feito ligando oração e ação: “Não caminharemos em sínodo se não ligarmos oração e ação, mais e mais, como em Jesus acontecia totalmente, sempre com o Pai e sempre para os outros”. O caminho sinodal “a todos empenhará até ao final de 2016”, afirmou, na altura, D. Manuel Clemente. “Será muito interessante quando chegarmos a 2016 e já dispusermos de dois anos em que as comunidades cristãs, as paróquias, os movimentos, os institutos religiosos e seculares tiverem pensado e ensaiado algo para levar à prática as indicações do Papa Francisco”, observou então o Patriarca.

 

Saída e periferias

Na introdução ao Calendário e Programa Diocesano 2014/2015, com o título ‘Iniciando o caminho sinodal do Patriarcado de Lisboa’, D. Manuel Clemente sublinha as palavras que vão guiar a caminhada sinodal da Igreja diocesana de Lisboa: saída e periferias. “Julgo que estas duas palavras podem e devem caracterizar todo o nosso caminho sinodal. A saída em relação a Deus, na oração, e a saída em relação aos outros, na ação, estimulam-se mutuamente, pois quem se aproxima de Deus descobre e aprofunda o amor divino por todas as suas criaturas, isso mesmo que é a caridade. As periferias como alvo, também se tornam critério principal. – Na minha família, no meu prédio, na minha rua, quem está mais só, mais afastado ou esquecido? – Na minha escola, na minha empresa, seja onde for, quem está mais isolado, menos acompanhado ou pouco atendido? – Na sociedade, na economia, na cultura, quem está mais ‘longe’ da verdade evangélica das coisas, por omissão sua ou nossa? Não há neste ponto hipótese alguma para recuos ou alheamentos”, garante o Patriarca de Lisboa.

  

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As etapas da caminhada sinodal

 

Guião #1 / setembro a dezembro de 2014

“A transformação missionária da Igreja”

 

Guião #2 / janeiro a março de 2015

“Na crise do compromisso comunitário”

 

Guião #3 / abril a junho de 2015

“O anúncio do Evangelho”

 

Guião #4 / setembro a dezembro de 2015

“A dimensão social da evangelização”

 

Guião #5 / janeiro a março de 2016

“Evangelizadores com Espírito”

 

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Patriarcado de Lisboa disponibiliza materiais

Todo o material relativo ao Sínodo Diocesano encontra-se à venda, em suporte papel, na Livraria Nova Terra, no Patriarcado de Lisboa (telefone: 218810524/68; email: livraria.nt@patriarcadolisboa.pt). O Guião #1 ‘A transformação missionária da Igreja’ tem um custo de 0,40¤ por exemplar e o primeiro cartaz do Sínodo de 0,30¤. Como referimos anteriormente, o Calendário Pastoral (1¤), o folheto de apresentação (0,25¤) e pagela com oração (0,04¤) já se encontravam disponíveis para aquisição desde o final do ano pastoral passado.

Estes materiais, acrescidos do logótipo e do respetivo manual de normas gráficas, estão também disponíveis gratuitamente, em formato digital, no sítio da internet do Sínodo Diocesano, em http://sinodo2016.patriarcado-lisboa.pt.

 

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Oração oficial do Sínodo

 

Maria, Mãe da Igreja

ajudai-nos a dizer o nosso «sim».

Dai-nos a audácia de buscar novos caminhos

para que chegue a todos

o dom da beleza que não se apaga.

 

Virgem da escuta e da contemplação,

intercedei pela nossa Igreja de Lisboa,

em caminho sinodal,

para que nunca se feche nem se detenha

na sua paixão por instaurar o Reino.

 

Estrela da nova evangelização,

ajudai-nos a resplandecer

com o testemunho da comunhão,

do serviço, da fé ardente e generosa,

da justiça e do amor aos pobres,

para que a alegria do Evangelho

chegue até aos confins da terra

e nenhuma periferia fique privada da sua luz.

 

Mãe do Evangelho vivo,

manancial de alegria para os pequeninos,

rogai por nós.

Ámen.

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