Igreja em movimento |
5º Congresso Nacional da ACEGE
Empresários e gestores cristãos desafiados a serem protagonistas
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O Cardeal-Patriarca de Lisboa considera que se a sociedade colocasse em prática a temática escolhida pela Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE) – ‘Amor ao próximo como critério de gestão’ – “deixaria de haver lugar para a violência e para o menosprezo”. Na abertura do 5º Congresso Nacional da ACEGE, onde também participou o Primeiro-Ministro, D. José Policarpo convidou ainda os empresários e gestores católicos a assumirem-se como “protagonistas desta revolução cultural”.

 

Na Universidade Católica Portuguesa, o Patriarca de Lisboa defendeu a necessidade de mais equidade, sublinhando que não se justificam soluções económicas ou políticas que sacrifiquem os mais desfavorecidos. “Não há soluções económicas nem políticas resolutivas das crises que se justifiquem sacrificando os mais desfavorecidos da sociedade, porque a justiça é sempre equidade e os nossos gestores dizem que ela é sempre construída sobre o amor”. Perante uma plateia repleta de empresários e gestores cristãos, D. José Policarpo observou ser necessário continuar a acreditar num futuro melhor. “Vamos fazer da utopia uma realidade, vamos semear. Eu aqui lembro-me de uma palavra do Evangelho em que o Reino dos Céus é semelhante a um semeador que deitava a semente não sabia muito bem para onde: nos espinhos, nas silvas, só uma pequena parte na terra boa, mas que não desistiu de semear. Não desistamos de semear”, apelou D. José Policarpo, sublinhando que o amor “não é só sentimento”, é também “luta pela verdade”, sendo por isso um desafio para os participantes no congresso da ACEGE assumirem-se como “protagonistas desta revolução cultural”.

 

Primeiro-Ministro agradece sacrifício aos portugueses

Presente na sessão de abertura deste 5º Congresso Nacional da ACEGE, no passado dia 1 de Junho, o Primeiro-Ministro agradeceu o "sacrifício extraordinário que todos os portugueses têm demonstrado". Pedro Passos Coelho revelou ter assumido, numa reunião com a 'troika', a prioridade de acelerar "o ritmo de execução das reformas estruturais" e da mobilização dos portugueses "para o desígnio dessas transformações". "Antes mesmo de me dirigir para este congresso, tive a ocasião de confrontar, pela quarta vez, o conjunto de reformas que vêm sendo executadas, em interacção com a 'troika'. Da mesma forma que a insistência do lado da 'troika' aponta para não abrandar o ritmo de execução das nossas reformas estruturais, o Governo assume que não só é prioritário acelerá-las, como sobretudo mobilizar cada vez mais os portugueses para o desígnio dessas transformações", afirmou Passos Coelho.  

Na parte final do seu discurso no arranque do congresso da ACEGE, o Primeiro-Ministro aproveitou para agradecer aos portugueses os sacrifícios que estão a ser feitos. “Não termino sem fazer uma referência muito particular ao sacrifício extraordinário que todos os portugueses, de um modo geral, têm demonstrado não apenas para afirmar o seu amor ao próximo, mas também o seu amor à pátria. Tem sido realmente extraordinário e uma honra muito grande chefiar um Governo que tem tido a possibilidade de contar com um povo tão extraordinário como aquele que nós temos em Portugal”, assinalou Passos Coelho.

 

“Imaginem quanto Deus espera de cada um de nós”

Num tempo “adverso” e “particularmente difícil”, o presidente da Associação Cristã de Empresários e Gestores referiu que “a Igreja Católica é a maior história de amor em Portugal”. Ao falar sobre a ACEGE, António Pinto Leite sublinhou que nesta associação “não se fazem negócios e não se trocam cartões”. “Somos livres na nossa espiritualidade”, garantiu. Neste congresso, Pinto Leite pediu aos participantes “para não terem medo do cepticismo e do deserto”, porque os empresários e gestores cristãos estão “unido por valores”.

O presidente da ACEGE desafiou ainda os empresários cristãos a colocarem o dom ao serviço dos outros. “Recusemos o pessimismo espiritual moderno, que nos diz que Deus está desencantado ou mesmo zangado com o nosso mundo. Os talentos concedidos aos responsáveis empresariais são, eles próprios, a melhor evidência de que o plano de Deus passa pelas nossas empresas e do amor de Deus pela nossa vocação empresarial. Deus deu aos líderes empresariais o dom do risco, o dom da liderança, o dom do negócio, o dom da visão, o dom da organização, o dom de não quebrar. O dom da energia, o dom de empreender, o dom da insatisfação, o dom de exigir. O dom da estratégia, o dom da autoridade, o dom de decidir, o dom de criar a partir do nada. Cruzem todos estes dons com o amor e imaginem quanto Deus espera de cada um de nós”.

 

Associação Cristã de Empresários e Gestores: www.acege.pt

foto por www.portugal.gov.pt
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