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Boletim médico #40
Sonambulismo
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Sabe o que provoca o sonambulismo? E como deve lidar com um sonâmbulo? Conheça alguns factos sobre este distúrbio do sono.

O sonambulismo é um distúrbio do sono conhecido cientificamente como parassónia. Carateriza-se pela existência de movimentos ou deambulações durante o sono, ocorrendo normalmente poucas horas após a pessoa adormecer. A maior parte dos casos de sonambulismo ocorre na infância – estima-se que 20% das crianças têm pelo menos um episódio de sonambulismo, sobretudo entre os 4 e os 8 anos.

Sabe-se que o sonambulismo surge frequentemente em elementos da mesma família. Pode também estar associado a uma história familiar ou antecedentes pessoais de terrores noturnos, e há certos medicamentos ou comportamentos que podem agravar o problema. A toma de sedativos, hipnóticos ou anti-histamínicos pode desencadear o sonambulismo em pessoas predispostas a este distúrbio. Ansiedade, maus hábitos de sono, consumo de álcool e drogas são também fatores de risco.

Um ataque de sonambulismo pode envolver comportamentos estranhos e, em casos raros, violentos. A maior parte das pessoas anda de um modo calmo e tranquilo, com os olhos abertos. Ocasionalmente, pode correr, saltar, falar ou ter outros comportamentos automáticos, sem propósito aparente. Outros comportamentos raros incluem preparar alimentos, comer, limpar, mover mobília, tentar conduzir ou urinar fora da casa de banho.

Ter um sonâmbulo em casa implica, por isso, cuidados especiais. Existem várias formas de salvaguardar a integridade física de um sonâmbulo, como fechar portas e janelas, colocar alarmes de movimento à saída do quarto, ter uma cama mais baixa, afastar a mobília, proteger arestas e cantos, tapar o acesso a escadas (ou dormir num quarto no andar térreo) e colocar fora de alcance os objetos cortantes.

Ao contrário da crença comum, não há qualquer evidência de que acordar um sonâmbulo pode provocar um problema cardíaco ou outro problema grave de saúde. Sendo o objetivo evitar que a pessoa se magoe, o melhor é esperar que esta pare de andar ou de fazer o que está a fazer e direcioná-la para a cama, de forma tranquila e com voz calma. Não é necessário acordá-la, porque quando um sonâmbulo acorda pode ficar confuso.

Nos casos em que o sonambulismo está associado a outro distúrbio, como apneia do sono ou movimentos periódicos das pernas, deve ser tratada essa doença de base.

De resto, o problema pode ser atenuado através de simples medidas como deitar todas as noites sensivelmente à mesma hora, dormir o número adequado de horas, reduzir ou evitar a cafeína, estimulantes e álcool e praticar técnicas de relaxamento. Deve pedir ao seu médico que reveja os medicamentos que toma, para eventualmente mudar os que agravam ou provocam sonambulismo. Nas crianças, o problema desaparece, habitualmente, por si só.

 

Miguel Soares Rodrigues
Coordenador de Neurologia na Clínica CUF Almada

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