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Boletim médico #36
Crianças à mesa de Natal
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O mês de dezembro envolve-nos num espírito de celebração e num sentimento de generosidade, solidariedade, paz e amor.

O Natal é a festa da família, para celebrar o nascimento do menino Jesus. Este é um princípio que deve ser preservado e que é importante incutir na formação das nossas crianças. É um ritual celebrado pela maioria das famílias e todos participam, de uma forma ou de outra, na sua organização.

Estes rituais trazem partilha de histórias e tradições, que vão passando de geração em geração e que permitem reforçar o sentimento de pertença, coesão e identidade familiar, tão importantes para a nossa saúde mental e para a estabilidade emocional da criança em crescimento e desenvolvimento.

Devemos envolver as crianças nos preparativos desta quadra e, de uma maneira simples, explicar o simbolismo do Natal, reforçando a ideia de que o Natal é família, união, amor e esperança. É importante que percebam que o Natal é muito mais do que uma noite em que se espera ansiosamente pela abertura dos presentes.

O momento em que a família se reúne em volta da mesa é um momento mágico, de convívio, estimulado pelo alimento e “temperado” pelas conversas e sorrisos. A interação entre as crianças e os mais velhos é importante para o seu crescimento pessoal e emocional, pelo que devemos tentar arranjar temas de conversa nos quais possam envolver-se, refletir e dar a sua opinião.

Além de todas as decorações natalícias, a preparação da mesa de Natal é de especial importância. Não nos podemos esquecer que alguns elementos da família podem ter, ou estar em risco de ter, colesterol elevado, diabetes, tensão alta, entre outras doenças. Por isso, a escolha da ementa de Natal terá de ser feita com cuidado, de forma a adequar-se a toda a família. Há que ter em atenção tanto a seleção dos alimentos, como a escolha das combinações certas e a forma de confeção dos mesmos.

Além do bacalhau e do peru, não devem faltar produtos hortícolas e frutas variados, leguminosas, pão de qualidade, azeite como gordura principal e água como bebida principal. Os fritos devem ser evitados, dando preferência aos cozidos, grelhados ou assados no forno. Também são escolhas saudáveis os frutos de casca rija, como as amêndoas e as nozes, mas em moderada quantidade.

É também de destacar a relevância da decoração da mesa de Natal com alimentos saudáveis e atrativos, para além dos doces habituais. Por exemplo, as crianças acham muito graça a fazer pequenas árvores de Natal, com frutas variadas. Com ovos de codorniz, podem construir bonecos de neve, ornamentados com um chapéu feito com cenoura ou tomate cherry. A internet tem imensas ideias disponíveis. Envolver as crianças nos preparativos da refeição e compor o prato de uma forma atrativa, criando figuras coloridas e dando asas à imaginação, poderá facilitar a aceitação de alimentos menos desejáveis, como os vegetais.

Quando temos crianças à mesa, sobretudo as mais pequenas, devemos ter atenção ao tamanho do alimento ingerido. Os frutos de casca rija (como os frutos secos) são desaconselhados, pelo risco de engasgamento e asfixia. Nunca será demais lembrar que as crianças com menos de um ano de idade não devem comer alimentos com adição de sal ou açúcares.

A mesa de Natal é um momento de aprendizagem para as crianças. Naturalmente, nestes dias, cometemos alguns excessos, mas podemos tentar fazer opções alimentares mais saudáveis e gerir as nossas tentações, comendo um pouco de tudo (ou quase tudo). Afinal, o Natal são apenas 2 dias. Já o espírito natalício deverá permanecer nos nossos corações e atitudes durante todos os dias do ano.

 


Cláudia Cristóvão
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