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Papa: “Rezemos todos os dias pela paz”
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O Papa Francisco convidou a pensar “em todos os lugares onde há guerras” e a rezar “pela paz”. Na semana em que irá almoçar com pobres, o Papa renovou elogios à organização da JMJ Lisboa 2023, apelou ao fim das armas e dirigiu-se ao Fórum de Paris pela Paz.

 

1. O Papa pediu que cada um reze diariamente pela paz. No final da habitual audiência-geral das quartas-feiras, 15 de novembro, como sempre faz desde que estalou a guerra na Ucrânia, Francisco terminou o seu discurso com um novo apelo a favor da paz, não só na Europa, mas em todos os lugares onde há guerra. “Rezemos pela paz, de modo especial pela martirizada Ucrânia que sofre tanto e também pela Terra Santa – Palestina e Israel – e não esqueçamos o Sudão”, disse, com tristeza. “Pensemos em todos os lugares onde há guerras e rezemos pela paz. Que todos os dias, cada um encontre tempo para rezar pela paz. Queremos a paz!”, afirmou.

Na Praça de São Pedro, Francisco dedicou a sua catequese ao tema da alegria, relacionado com os dez anos da exortação apostólica ‘A alegria do Evangelho’. O Papa recordou que o Evangelho não é só uma boa notícia, uma surpresa, um bom acontecimento, “é muito mais, é uma Pessoa: Jesus! Ele é o Deus feito homem que sempre nos ama, que deu a vida por nós e que deseja nos dar a vida eterna!” Por isso, Ele é “fonte de uma alegria que nunca passa! A questão, queridos irmãos e irmãs, não é, portanto, se anunciá-lo, mas como anunciá-lo, e esse como é a alegria”.

 

2. Neste Domingo, 19 de novembro, em que a Igreja assinala o 7.º Dia Mundial dos Pobres, o Papa celebra Missa na Basílica de São Pedro e, em seguida, convida um vasto grupo de pobres para almoçar. A refeição decorrerá na Sala Paulo VI, no mesmo espaço onde se realizou, no mês passado, o Sínodo dos Bispos. Segundo o Dicastério para o Serviço da Caridade, o almoço deste ano será oferecido por uma cadeia de hotéis de luxo, em Itália. Outro dos apoios anunciados pela Santa Sé é a disponibilidade de um grupo italiano (ligado à banca e seguros) para encontrar, junto das famílias mais desprovidas, formas de ajuda para poderem pagar as suas contas.

Ao longo desta semana, destacou-se também o que se passa na Colunata de Bernini, na Praça de São Pedro, onde se encontrou um centro de saúde, criado há sete anos, por vontade do Papa Francisco. A pensar nos mais pobres, este ‘Ambulatorio Madre di Misericórdia’ ofereceu consultas de medicina geral e especializada, exames de cardiologia, medicina dentária, otorrinolaringologia, reumatologia e muitas outras especialidades. Neste centro de saúde também se fizeram análises ao sangue, vacinas contra a gripe e testes Covid-19.

 

3. O Papa convida os jovens a não terem medo de testemunhar Cristo, e pede que usem as redes sociais para serem “semeadores” de esperança. O desafio consta da mensagem, divulgada dia 14 de novembro, para a celebração da XXXVIII Jornada Mundial da Juventude nas Igrejas Particulares, que este ano será a 26 de novembro. Na mensagem com o tema ‘Alegres na esperança’, Francisco renova os elogios à JMJ Lisboa 2023, reafirmando que “superou todas as expectativas". Diz também que os jovens são “a alegre esperança de uma Igreja e de uma humanidade sempre em caminho”, mas essa esperança deve ser alimentada por opções quotidianas concretas. “Dou um exemplo: nas redes sociais, parece mais fácil compartilhar notícias más do que notícias de esperança. Assim deixo-vos uma proposta concreta: tentai compartilhar cada dia uma palavra de esperança. Tornai-vos semeadores de esperança na vida dos vossos amigos e de quantos vos rodeiam”, para que essa esperança seja “uma pequena lanterna para os outros”, sublinha.

Para o Papa, “a esperança cristã” não deve ficar guardada, é para partilhar. “Aproximai-vos em particular dos vossos amigos que talvez aparentemente sorriam, mas por dentro choram, carentes de esperança. Não vos deixeis contagiar pela indiferença e pelo individualismo: permanecei abertos como canais por onde a esperança de Jesus possa fluir e difundir-se nos ambientes onde viveis”, escreve ainda.

 

4. O Papa Francisco apelou à paz no Médio Oriente, porque “todo o ser humano tem direito a viver em paz”, e pediu para não se esquecer outros países em guerra, como a Ucrânia e o Sudão. “O meu pensamento dirige-se, diariamente, para a situação muito grave em Israel e na Palestina. Estou próximo de todos os que sofrem, palestinianos e israelitas, abraço-os neste momento sombrio”, disse, após a oração do Angelus dominical, no dia 12 de novembro, a partir da janela do Palácio Apostólico.

Francisco apelou ao fim das armas “porque nunca conduzirão à paz, e para que o conflito não se alargue”. “Basta, irmãos, basta. Que os feridos em Gaza sejam socorridos imediatamente, que os civis sejam protegidos, que muito mais ajuda humanitária seja enviada a esta população exausta, que os reféns, entre os quais há muitas crianças e idosos, sejam libertados”, pediu. O Papa acrescentou ainda que cada ser humano “seja ele cristão, judeu, muçulmano, de qualquer povo ou religião, é sagrado, precioso aos olhos de Deus e tem o direito de viver em paz”.

 

5. O Papa Francisco enviou uma mensagem de encorajamento aos participantes do 6.º Fórum de Paris sobre a Paz. “Num contexto mundial extremamente doloroso e face à impotência e multiplicação dos conflitos armados, o Papa espera que se favoreça o diálogo sincero baseado na escuta dos gritos dos que sofrem por causa do terrorismo, da violência generalizada e das guerras”, lê-se num texto enviado, em nome do Santo Padre, pelo cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin. Francisco espera que este encontro de dois dias, em Paris, “possa contribuir para a construção de um mundo mais justo, solidário e pacífico” e recorda que a construção da paz “é um trabalho lento e paciente, que exige coragem e empenhamento concreto de todos”.

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