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Testemunho
JMJ Casais Caring
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Só há alguns momentos na história que marcam o futuro de um país. Em Portugal, termos acolhido a JMJ foi um destes momentos. Tivemos o nosso Kairós, que significa o tempo de Deus, o tempo decisivo, o tempo de Graça.

Foi um tempo que nos marcou, a todos os que presenciaram e seguramente àqueles que não presenciaram, mas que ouviram os testemunhos de quem viveu a JMJ.

E este sentimento, esta Graça vivida, está ainda muito presente em nós, em harmonia e coexistindo com todo o tempo que se passou, e tudo o que vivemos e ultrapassámos nestes últimos meses enquanto família, enquanto Igreja.

 

1 – Um pouco sobre vocês. Quem são?

Somos a Mariana e o Rodrigo Mergulhão, casados há 15 anos, temos 4 filhas e vivemos em Sintra. Somos de Schoenstatt, da União de Famílias. Temos um curso, uma comunidade de casais, que nos ajuda no caminho de Santidade. Trabalhamos os dois, a Mariana na Sonae, na Wells, e o Rodrigo é sócio de uma agência de marketing digital.


2 – O que vos motivou a dizer que sim a um voluntariado de 3 anos na JMJ?

Ao longo da nossa vida, fomos definindo e vivendo a nossa missão, os nossos ideais e estilo de vida. Temos como ideal de Casal, “Porto de Abrigo com alegria, a servir como Maria”. É o título da nossa vida, uma ideia original que Deus teve para nós, com as nossas predisposições naturais e sobrenaturais, com os nossos dons. Em nossa casa, temos um Santuário Lar, que se chama “Porto de Maria”, tal como um porto de abrigo, que acolhe, transforma e envia: a nós, à nossa família e todos os que nos são confiados. O nosso Curso da União tem como Ideal sermos Apóstolos da Família.

Portanto, quando nos desafiaram para fazermos parte da JMJ, para colaborarmos no acolhimento de voluntários, com uma ideia original, que era serem acolhidos por famílias católicas portuguesas, foi muito fácil dizer que sim.

 

3 – O que planearam?

A missão do Caring foi acolher e acompanhar os cerca de 5.000 voluntários que solicitaram alojamento durante a sua colaboração com a JMJ. Este acolhimento pretendia passar o testemunho da hospitalidade e da forma de vida de uma família católica portuguesa, do seu amor a Maria e orientação a Jesus, em Terra de Santa Maria.

Este acolhimento foi feito de várias formas, em casas de família, em residências, apartamentos, seminários, antigos conventos, e em Escolas e Espaços Paroquiais, mas sempre com a presença das famílias, dos famosos Casais Caring. Foram cerca de 500 casais envolvidos e o eco deste apostolado cresceu à sua volta, nas suas famílias e amigos. Permitiu às famílias fazerem parte integrante da JMJ, acolhendo quem servia na JMJ e fazerem parte deste Kairós que vivemos.

 

4 – O que aconteceu no Caring?

O que aconteceu no Caring foi uma graça. Que incrível e bonito ver as famílias Caring a acolher os jovens voluntários. As famílias deram estrutura, ordem e fé, no acolhimento, mas com o amor e alegria própria da vida familiar. E foi com esta união das famílias (pais e filhos crescidos e menos crescidos) com os jovens voluntários que vimos maravilhas a acontecer.

O que sempre quisemos organizar nas casas Caring, adicionalmente à componente logística (espaços, duches, casas de banho, pequenos almoços), era uma parte espiritual. Missas, orações, vigílias, terços e que não nos deixaram (para não sobrecarregar a agenda do voluntário) apareceu de forma orgânica e original em cada casa Caring. Não há palavras para descrever o que aconteceu nestas casas, com o fogo do Espírito Santo.

Que bonito que foi ver Jesus e Maria nestas Casas, com estas famílias de Nazaré. Que bom que foi sentir a ação do Espírito Santo, onde as casas deixaram de ser dormitórios para serem verdadeiros lares de família, onde todos se ajudaram, participaram, comungaram do amor a Jesus Cristo, para se restabelecerem e seguirem no dia seguinte em missão. Que bom foi sentir estes vínculos que se criaram entre famílias e voluntários, com Jesus e Maria, sempre orientados a Deus Pai.

No Caring, foi este Cristo dos Vínculos que apareceu e que nos uniu a Maria, às famílias, aos voluntários e a Deus. Foi esta experiência de Deus que sentimos através dos vínculos criados que nos surpreendeu e transformou.

 

5 – O que levam daqui para a frente? O que seria bom acontecer na Igreja?

Este é um ensinamento que levamos de forma consciente daqui para a frente, juventude e famílias, esta união e colaboração é um potenciador do crescimento da fé de ambos. É um ensinamento que estamos a aprofundar e implementar na nossa vida do dia-a-dia, no apostolado e missão.

Não sabemos o que seria bom acontecer na Igreja, mas temos esta ideia, esta intuição que juntar as famílias à juventude, aproximando-os, não os separando, une a comunidade, aumenta a fé, e dá esta alegria e proximidade do Divino. Sentimos isto em todas as Casas Caring, e seria bom potenciar em todas as paróquias e nas suas valências. Fazer aparecer este Cristo dos vínculos, através dos vínculos humanos (famílias, jovens com dirigentes, padres, irmãs) como uma experiência vital do encontro com Deus.


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Foto 1

Casa Caring 12: “Jantar cozinhado pelos voluntários às famílias que os acolheram, no Espaço Paroquial da Pena.”

 


Foto 2

Casa Caring 14: “Jantar que fizemos no último dia. Depois de virmos da despedida do Papa. A nossa casa caring era no Restelo, perto de Algés. E esse jardim, ao pé da casa, era onde fazíamos a oração à noite. Fizemos um jantar muito divertido: frangos assados e bolos do Careca.”

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