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Boletim médico #32
Dor crónica. O que é a dor crónica?
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Segundo a Associação Internacional para o estudo da Dor, a dor é “uma experiência sensorial e emocional desagradável associada, ou semelhante à associada, a danos reais ou potenciais nos tecidos”.

Uma dor passa a ser crónica quando é persistente ou recorrente durante, pelo menos, 3 a 6 meses, mantendo-se, muitas vezes, depois da cura da lesão que lhe deu origem, ou que existe sem lesão aparente.

Um estudo recente indica que, em Portugal, a dor crónica afeta cerca de 34% das pessoas, e, em média, o seu diagnóstico só é feito quatro anos após os primeiros sintomas. A queixa mais prevalente é a lombalgia. Seguem-se diferentes patologias nos membros inferiores e membros superiores, maioritariamente do foro músculo-esquelético/osteoarticular de contexto degenerativo.

 

Tenho uma dor crónica. A quem devo recorrer?

O primeiro profissional de saúde a quem deve recorrer é o Médico de Família (especialista em Medicina Geral e Familiar). Este é o especialista indicado para fazer uma primeira avaliação e, muitas vezes, controlar a dor. Em situações mais complexas, são necessárias intervenções mais especializadas. Nestes casos, o doente deverá ser referenciado a uma consulta de especialidade, entre as quais uma consulta de dor.

 

Que opções de tratamento existem para a dor crónica?

Atualmente existem várias opções na abordagem do doente com dor. O grande salto prende-se com a formação de equipas multidisciplinares, constituídas por médicos de várias especialidades, psicólogos, enfermeiros e fisioterapeutas, que trabalham de forma coordenada e complementar. As opções terapêuticas vão desde a alteração de hábitos e estilo de vida, medicação analgésica, fisioterapia e psicoterapia, à realização de procedimentos minimamente invasivos ou, até, cirúrgicos. As opções são muitas e dependem da capacidade técnica e logística de cada centro e respectivos profissionais. Acima de tudo é importante construir um plano dirigido ao nosso doente, tendo em conta o seu contexto clínico e as opções terapêuticas de que dispomos. 

A grande maioria dos quadros dolorosos é auto-limitada. O que significa que mesmo sem recorrer a qualquer tratamento, passados alguns dias ou semanas acabam por desaparecer. Contudo, também sabemos que nem sempre é assim. E nesse sentido, caso a dor não esteja controlada ou se prolongue mais que o expectável, é fundamental procurar a ajuda de um médico. A dor aguda mal controlada, além do impacto na qualidade de vida da pessoa, tem maior probabilidade de se tornar crónica. A dor crónica, se diagnosticada e tratada mais cedo, tem maior probabilidade de controlo.

Mesmo as dores relacionadas com patologias “incuráveis”, podem ser parcial ou totalmente controladas.

 

Afonso de Oliveira Pegado
Especialista em Medicina Física e Reabilitação - Unidade da Dor do Hospital CUF Torres Vedras

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