Domingo |
À procura da Palavra
Comer e dar de comer
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DOMINGO XXVIII DO TEMPO COMUM Ano A
“Vinde às bodas.”
Mt 22, 4

 

É espantosa a importância que damos ao acto essencial de comer. Basta passar os olhos pela cornucópia de produtos expostos nas prateleiras dos hipermercados para ficar estonteado de tanta abundância. O mesmo alimento aparece em mil e uma marcas diferentes, e disputam-se a pulso as cotas de mercado. Fenómeno de abundância que nos leva a “esquecer” a absoluta fome e sede de tantos homens, mulheres e crianças. E enquanto houver fome no mundo ao lado do excesso e desperdício de alimentos, será que merecemos o nome de “humanidade”?

Mais do que a necessidade de alimento, a refeição reveste-se de uma singular importância na vida de cada um de nós. Comer em conjunto é como que uma celebração do nosso existir em comunidade. E já começou antes com o trabalho para obter o alimento e o esforço em preparar a refeição. Partilhar o pão é também partilhar a vida. Por isso, tem mais sabor a refeição feita com carinho do que a "comida rápida", própria da rapidez de vida que nos inebria. Em família, com amigos, a refeição é um momento único de partilha que é importante não perder.

Jesus gostava de comer com os seus amigos. São numerosas as refeições que os evangelhos nos atestam e algumas foram momentos marcantes na vida dos discípulos. Da multiplicação dos pães à última ceia, Jesus assume a nossa humanidade naquilo que é a nossa fome de pão e fome de Deus. São de uma enorme riqueza os momentos de refeição do povo de Israel, os anúncios proféticos do banquete que o Senhor há-de realizar, e também esta parábola do banquete.

As bodas do filho são a vinda do reino. Os convidados são, primeiro o povo de Israel, e, diante da sua recusa, a humanidade inteira. A veste nupcial é a vida revestida de justiça e verdade. Para a festa todos são convidados. Não é apenas uma refeição, mas um banquete, onde a abundância de dons vem ao encontro da fome e sede dos homens. No fundo, aquilo que a Eucaristia realiza e promete sempre que a celebramos. E aí nos comprometemos cada vez mais em ir saciando as fomes de verdade, justiça, de paz e pão que o mundo sente! Como podemos alimentarmo-nos do pão que é o Corpo de Cristo, se nada fazemos pelos membros do seu corpo que passam fome?

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