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D. Américo Aguiar tornou-se no 47.º cardeal português
“Não se esqueça dos pobres”
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D. Américo Aguiar, antigo Bispo Auxiliar de Lisboa que foi recentemente nomeado Bispo de Setúbal, recebeu o anel e barrete cardinalícios, assim como a bula de criação, tendo-lhe sido atribuído o título da Igreja de Santo António de Pádua na Via Merulana, em Roma.

D. Américo Aguiar foi criado cardeal pelo Papa Francisco, no Consistório Ordinário Público para a criação de novos Cardeais, no passado dia 30 de setembro, no Vaticano, tornando-se o sexto cardeal português no ativo, o sétimo do século XXI e quarto a ser criado no atual pontificado. Na cerimónia, na Praça de São Pedro, o Papa pediu a D. Américo que “não se esqueça dos pobres” e atribuiu-lhe como igreja titular em Roma a Igreja de Santo António de Pádua na Via Merulana, perto da Basílica de Latrão. Esta foi a igreja do cardeal D. António Ribeiro e do recém-falecido cardeal Hummes, do Brasil, que inspirou o Papa a chamar-se Francisco.

Antes do Consistório, aos jornalistas, o Bispo eleito de Setúbal disse que ser chamado pelo Papa “significa que quer que eu dê colaboração nestas circunstâncias, que são as minhas circunstâncias, e disso não me dispensarei de fazer, com limitações, mas também com aquilo que pode ser a diversidade da presença de mais velhos e mais novos, com mais experiência”. “O Papa pode ter pensado ou pode ter refletido naquilo que foi a preparação da Jornada e a Jornada Mundial da Juventude propriamente dita”, considerou. D. Américo Aguiar diz que a possibilidade participar, no futuro, na eleição do próximo Papa será “uma experiência única”.

Além de D. Américo Aguiar, foram criados 20 novos cardeais. Aos 49 anos de idade, o mais recente cardeal português tornou-se no segundo membro mais jovem do Colégio Cardinalício. Portugal passa a ter assim seis cardeais no ativo. Para lá de D. Américo Aguiar, o país tem também D. José Saraiva Martins, D. Manuel Monteiro de Castro, D. Manuel Clemente, D. António Marto e D. José Tolentino Mendonça no Colégio Cardinalício.

A nomeação do presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023 foi anunciada a 9 de julho. Já a 21 de setembro, o Papa nomeou o então Bispo Auxiliar de Lisboa como novo Bispo de Setúbal.

O Governo português esteve representado pela ministra adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes.


Cardinalato de D. Américo Aguiar

 

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Missa na Igreja de Santo António dos Portugueses

O cardeal D. Américo Aguiar celebrou Missa na Igreja de Santo António dos Portugueses, em Roma, na tarde de dia 30 de setembro, após receber, das mãos do Papa Francisco, o anel e barrete cardinalícios, assim como a bula de criação. “Às vezes armamo-nos em santos, mas nem batizados merecemos ser. Muitas vezes há irmãos com uma consciência tão profunda de serem pecadores que devíamos proclamá-los santos. E é este caminho que eu quero ajudar, dentro do possível, o nosso querido Papa Francisco. Este caminho da ternura, de todos, todos, todos. Inaugurarmos, não um tempo novo, porque sempre foi assim, o Evangelho sempre foi para todos”, afirmou o mais recente cardeal português, na homilia, dando ainda conta do orgulho ao ser saudado pelos “irmãos cardeais” que elogiaram a JMJ Lisboa 2023. “Foi indispensável a colaboração e o empenho e a dedicação de todos. Os mais de 30 mil voluntários que trabalharam na Jornada, os pequeninos meia dúzia que fomos no início, daquelas centenas que depois se juntaram, os milhares em todo o mundo que trabalharam, foi uma experiência de Deus. Eu acho que atingimos a frequência de Deus. A JMJ disse-nos que quando permitimos que Deus aconteça nas nossas vidas, ele apresenta-se, abraça-nos, acolhe-nos e ama-nos”, sublinhou D. Américo Aguiar.

 

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“Honrados”

O Patriarca de Lisboa disse sentir “alegria e gratidão” com a investidura do novo cardeal português, D. Américo Aguiar, no Vaticano. À Renascença, D. Rui Valério considerou mesmo que, para o Papa Francisco e para a Santa Sé, Portugal continua a ser uma “fonte de confiança”. “Como portugueses, estamos honrados, seja enquanto presbítero ou bispo auxiliar, ou como jovem que é”, disse, mostrando-se tocado pelas palavras do Santo Padre: “Tocaram-me profundamente as palavras do Papa Francisco, no decorrer da celebração, nomeadamente a interpretação original que deu relativamente à universalidade da Igreja, onde foi capaz de integrar esse novo desafio para todos nós que é a sinodalidade”.


Missa na Igreja de Santo António dos Portugueses, em Roma

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