Papa |
Roma
“Que não falte a nossa solidariedade para com estes irmãos”
<<
1/
>>
Imagem

O Papa Francisco mostrou-se solidário com as vítimas das tragédias na Líbia e em Marrocos. Na semana em que enviou um cardeal a Pequim, o Papa convidou a “opor a força das armas com a da caridade”, agradeceu ao presidente da Conferência Episcopal Portuguesa e enviou uma mensagem aos jovens que participaram na JMJ Lisboa 2023.

 

1. O Papa Francisco manifestou a sua proximidade ao povo da Líbia, “duramente atingido por violentas chuvas que provocaram inundações e causaram numerosos mortos e feridos, bem como grandes danos”. No final da audiência-geral de quarta-feira, 13 de setembro, o Papa convidou os fiéis a rezar pelos que perderam a vida, pelas suas famílias e pelos deslocados. “Que não falte a nossa solidariedade para com estes irmãos e irmãs tão provados por esta calamidade”, afirmou.

O Santo Padre referiu-se também à recente tragédia em Marrocos. “O meu pensamento dirige-se também ao nobre povo marroquino que sofreu estes terramotos. Rezemos por Marrocos e pelos habitantes, para que o Senhor lhes dê forças para retomar, depois desta terrível ‘emboscada’ que sofreu”, pediu. No final, o Papa acrescentou ainda um pedido de orações “pela paz no mundo, especialmente pela martirizada Ucrânia, cujos sofrimentos estão sempre presentes na nossa mente e no nosso coração”.

Francisco dedicou a catequese desta quarta-feira ao beato venezuelano José Gregório Hernández Cisneros. Conhecido como o “médico dos pobres”, homem humilde e generoso, dedicou-se inteiramente aos pobres, doentes, migrantes e aos que sofrem. “Este empenho evangélico tinha suas raízes numa certeza e numa força. A certeza era a necessidade da Graça Divina na sua vida, e a força era a sua intimidade com Deus, pois era um homem de oração que diariamente participava na Santa Missa e rezava o terço”, contou.

 

2. O Vaticano anunciou esta terça-feira, 12 de setembro, que o Papa vai enviar o cardeal Matteo Zuppi a Pequim, capital da China, em mais uma tentativa de Francisco a favor da paz na Europa, na sequência dos esforços diplomáticos para pôr fim à guerra na Ucrânia. Segundo a imprensa italiana, a deslocação do cardeal italiano poderia incluir, já a partir de quarta-feira, “encontros significativos com alguns responsáveis chineses”. O diário ‘La Repubblica’ adianta mesmo a hipótese de Zuppi se encontrar com o próprio primeiro-ministro chinês, Li Qiang.

O cardeal Matteo Zuppi, atual arcebispo de Bolonha e presidente da Conferência Episcopal italiana, foi responsável da Comunidade Santo Egídeo e é um reconhecido negociador de paz em zonas de conflito. Em junho, o Santo Padre enviou-o a Kiev e depois a Moscovo e, no mês seguinte, a Washington, nos Estados Unidos. A sua visita agora a Pequim é mais uma etapa na complexa tentativa papal a favor das tréguas e da tão desejada paz entre a Ucrânia e a Rússia.

Interrogada pelos jornalistas sobre a visita do cardeal italiano, a porta-voz do Governo chinês, Mao Ning, disse não ter até ao momento quaisquer informações sobre a deslocação.

 

3. No final do Angelus, na Praça de São Pedro, o Papa pediu um aplauso para José e Vitória Ulma que, com os seus sete filhos menores, foram beatificados em Markowa, na Polónia, naquele Domingo, 10 de setembro. “Uma família inteira exterminada pelos nazis a 24 de março de 1944 por terem dado refúgio a alguns judeus perseguidos”, recordou Francisco. “Opuseram-se ao ódio e à violência que caracterizaram aquela época com o amor evangélico. Que esta família polaca, que representou um raio de luz nas trevas da Segunda Guerra Mundial, possa ser um modelo a imitar por todos no desejo do bem e no serviço aos necessitados”, lembrou, pedindo a todos que sigam o exemplo dos novos mártires: “Sintamo-nos chamados a opor a força das armas com a da caridade, a retórica da violência com a tenacidade da oração”.

 

4. O Papa Francisco escreveu ao presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. José Ornelas, a agradecer a “primorosa organização” da Jornada Mundial da Juventude. “Venho por este meio renovar o meu agradecimento por todo o trabalho que tiveram para preparar e conduzir a bom porto a 37.ª Jornada Mundial da Juventude, congratulando-me pela primorosa organização demonstrada em todos e cada um dos atos de que a mesma se compôs. Gostei de tudo o que vi e ouvi, feliz nomeadamente com tantos belos exemplos que encontrei de dedicação pastoral às pessoas. D. José, por favor, quando tiver oportunidade dê parte – aos membros da Conferência Episcopal Portuguesa e aos colaboradores e sacerdotes, consagrados, consagradas e fiéis-leigos mais diretamente envolvidos – da minha gratidão que se faz oração a Nossa Senhora para que a todos ouça nas suas súplicas e com o seu manto os proteja. Reconhecido pelo carinhoso acolhimento que me reservaram, asseguro a minha oração pela Igreja de Portugal para que continue, com perseverança e coragem, a anunciar a todos a Boa Nova de Jesus Cristo vivo entre nós”, refere a carta, revelada pela CEP, no dia 12 de setembro.

 

5. Passado um mês da JMJ Lisboa 2023, o Papa Francisco enviou uma mensagem a todos os jovens que participaram no encontro, pedindo-lhes para se tornarem “missionários, propagadores” e “testemunhas do que viveram”. A gravação foi feita durante a audiência do Papa ao presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, D. Américo Aguiar, no Vaticano, a 8 de setembro. No vídeo, Francisco exorta aos mais de um milhão e meio de jovens que participaram do encontro de agosto em Portugal: “Mantenham viva essa recordação que viveram na Jornada, não a ‘anestesiem’”, e sejam “testemunhas do que viveram”.

O Santo Padre convidou ainda os jovens a não guardarem as memórias da Jornada “numa caixa ou num álbum de fotografias”, porque estas são “recordações vivas e vocês têm de mantê-las vivas”. “Contem na universidade, na escola, no trabalho…. Contem o que viveram com essa multidão de mais um milhão e meio que estava ali e, sobretudo, o que sentiram”, convida o Papa.

Aura Miguel, jornalista da Renascença, à conversa com Diogo Paiva Brandão
A OPINIÃO DE
Pedro Vaz Patto
Foi muito bem acolhida, pela generalidade da chamada “opinião pública”, a notícia de que...
ver [+]

Guilherme d'Oliveira Martins
Quando Jean Lacroix fala da força e das fraquezas da família alerta-nos para a necessidade de não considerar...
ver [+]

Tony Neves
É um título para encher os olhos e provocar apetite de leitura! Mas é verdade. Depois de ver do ar parte do Congo verde, aterrei em Brazzaville.
ver [+]

Tony Neves
O Gabão acolheu-me de braços e coração abertos, numa visita que foi estreia absoluta neste país da África central.
ver [+]

Visite a página online
do Patriarcado de Lisboa
EDIÇÕES ANTERIORES