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À procura da Palavra
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DOMINGO DE PENTECOSTES Ano A
“Assim como o Pai Me enviou,
também Eu vos envio a vós.”
Jo 20, 21

 

Mesmo que não caminhemos muito, a vida é peregrinação. E o espaço, mais do que a distância física percorrida, é o movimento interior da alma que busca o sentido, o “mais e melhor” que nos atrai. Como dizia S. Agostinho: “Fizeste-nos, Senhor, para Vós, e o nosso coração anda inquieto enquanto não repousar em Vós.” Assim os passos que damos juntos são descoberta pessoal e comunitária, não só de realidades novas, mas também daquele que caminha sempre connosco, desde a sua ressurreição.

“Se não conhecemos os erros do passado, corremos o risco de voltar a cometê-los” é uma frase escrita à entrada de um dos pavilhões do campo de concentração de Auschwitz. Nas peregrinações do mundo embatemos, demasiadas vezes, e tão dolorosamente, no horror da desumanidade. Percorrendo santuários na Polónia e pela sua história de sofrimento somos convidados a aprender com a grandeza e miséria de que os homens e mulheres somos capazes. Aprender a resiliência diante dos sofrimentos inevitáveis, e a humildade e coragem de não propagar sofrimentos evitáveis. Não é a fragilidade da vida comum a todos nós?

Ser discípulo de Cristo é também ser enviado. Ter a mesma missão de libertar e curar, de anunciar e viver a misericórdia de Deus. É receber o Espírito Santo, que não vem apenas do céu, mas de todo o lado, vem de baixo, dos pequenos e fragilizados, e do mais fundo de cada pessoa. Que já chegou primeiro do que nós a todas as realidades. Que nos lembra a atitude de serviço de Jesus, para não nos julgamos seus “donos” ou seus “únicos intérpretes”. Ele é vento que penetra as frinchas de todos os muros, água que abala certezas e orgulhos, fogo que derrete todos os gelos. Recorda tudo o que Jesus disse e ensina caminhos novos e criativos para uma humanidade mais fraterna e solidária. Nada do que cada um faz ou deixa de fazer é insignificante para Ele.

Não viveremos, na prática, uma falta de fé no Espírito Santo? Se acreditar n’Ele implica movimento, para onde e com quem caminhamos? E se reclama escuta e discernimento, quem e como escutamos? Se provoca disponibilidade e serviço, o que nos prende e envaidece? Se nos oferece perdão e paz, como os partilhamos?

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