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Cardeal-Patriarca de Lisboa
Carta aos diocesanos
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Caríssimos diocesanos de Lisboa, já tão próximos da Páscoa do Senhor

 

Dirijo-vos algumas palavras de grande proximidade e companhia, a todos vós que viveis no Patriarcado, na vida laical ou consagrada, diaconal ou sacerdotal. Todos somos Povo de Deus a caminho da Páscoa eterna, com tantas outras pessoas de boa vontade, neste mundo que vive entre alegrias e esperanças, entre lutos e dores que compartilhamos.

A Páscoa de Jesus foi há quase dois milénios já. Desde então temos a sua presença ressuscitada entre nós, assegurando a vitória da vida em todas as situações que a requerem e como n’Ele aconteceu. A sua presença junto dos enfermos do corpo ou do espírito, de quem estava fora da convivência geral ou da solidariedade necessária, de quem já nada esperava dos outros ou da própria vida, era sempre luz, alento e recomeço. Assim aconteceu com Jesus e continua a acontecer pelo seu Espírito através de muitas pessoas que lhe repetem os gestos junto dos necessitados de agora.

O tempo difícil que vivemos trouxe muita dor e muito luto. Foi também ocasião para se redobrarem cuidados públicos e particulares no campo da saúde e da segurança em geral, com grande abnegação e entrega. Reconhecemos em tudo isso os sinais da ressurreição. Assim continuará a ser, porque Jesus continuará connosco enquanto o mundo for mundo, reforçando a solidariedade humana com o seu amor novo, que vai sempre mais além do que alcançaríamos sozinhos.

Nos dias que se seguem, havemos de redobrar a atenção aos trechos bíblicos que a Igreja oferece na liturgia diária. São palavras de espírito e vida, que nos identificarão com a paixão, morte e ressurreição de Cristo, para salvação nossa e de outros através de nós.

Quanto às celebrações que faremos, com alguma presença entretanto permitida, peço-vos muita atenção às normas sanitárias publicamente exigidas e às indicadas pela Conferência Episcopal Portuguesa (Orientações de 8 de maio de 2020). Façamos tudo para que a pandemia não alastre e novo confinamento não se imponha. Celebrações mais intervaladas e breves, com presença limitada e fisicamente espaçada; ambientes arejados; uso de máscaras e desinfetante das mãos; comunhão na mão e omissão de aglomerações antes e depois de cada celebração… Tudo são modos comprovados de prevenir o alastramento da pandemia. Assim os observaremos, para que os contactos não degenerem em contágios.

Caríssimos, vivamos este tempo litúrgico com devoção e compromisso. As transmissões audiovisuais continuarão a complementar ou a superar a redução da presença física nas celebrações. A graça divina não tem fronteiras e recompensará o que a caridade obrigue.

Em oração e companhia, com os irmãos Bispos que comigo servem a diocese,

 

+ Manuel, Cardeal-Patriarca

Lisboa, 21 de março de 2021, Quinto Domingo da Quaresma

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