Na Tua Palavra |
D. Nuno Brás
Não nos separemos d’Ele!
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Ao longo de todos os anos em que escrevi esta pequena coluna no Voz da Verdade, muitos foram aqueles que se me dirigiram por causa dos meus artigos. Uns apoiando, outros criticando, outros corrigindo. A todos quero deixar um agradecimento do coração. Afinal, sem leitores, para quê escrever?

Procurei sempre que cada texto fosse uma tentativa de olhar, com olhos cristãos, a realidade que nos cerca. Uma tentativa de convidar os que me liam a deixarem-se interpelar pelo mundo que está à sua volta. De o olhar, não como querem que o vejamos, mas com aquele olhar que é próprio da fé – sim, porque a fé nos dá novos olhos para ver a realidade: os olhos de Deus, aquele olhar de amor, sempre pronto a dar vida e que, ao mesmo tempo, julga e condena o que não é amor; mas que, igualmente, dá a quem vê desse modo a possibilidade de olhar de um outro ponto de vista, de recomeçar e de se converter e se deixar transformar!

Hoje chegou a vez de terminar estes escritos. Parto, com entusiasmo, para outra diocese. Deixou de fazer sentido continuar a escrevê-los. Talvez pela Madeira, num qualquer jornal regional ou num outro meio de comunicação… quem sabe? É um hábito que se ganha e que dificilmente se perde.

É por tudo isto que este último artigo o tinha pensado como um agradecimento à diocese de Lisboa. Mas como dizer a minha gratidão a esta grande Igreja em que nasci, que me viu ser baptizado, que me transmitiu a fé, e que eu servi ao longo destes 31 anos de sacerdócio, dos quais 7 também de episcopado? Como agradecer a todos aqueles que percorreram comigo os caminhos destes anos: mestres, discípulos, irmãos, desde os seus Patriarcas e Bispos auxiliares, aos seus padres e diáconos, e a tantos, tantos cristãos, nos seminários, em paróquias, movimentos, grupos de reflexão?

Confesso que não encontrei palavras. Mas recordei-me de um texto de Santo Agostinho (o final do comentário ao Evangelho de S. João). O grande Bispo de Hipona dizia assim: “Chegou a hora de eu fechar este livro e de voltardes cada um para sua casa. Passámos bons momentos gozando desta luz comum; e, agora, ao separar-nos uns dos outros, tenhamos cuidado em não nos separarmos d’Ele”.

Não nos separemos d’Ele, porque em Jesus nos encontramos todos. Sempre. Em qualquer parte onde estejamos.

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