Família |
Testemunho
Caminhada para Namorados
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Pelo terceiro ano consecutivo, participámos na caminhada de namorados promovida pela Pastoral da Família do Patriarcado de Lisboa. Próxima do dia de S. Valentim, esta actividade tem sido para nós uma boa oportunidade para, caminhando em Igreja, celebrar mais um ano de namoro e crescer na relação.

Sentimos a caminhada como uma metáfora do próprio namoro, no qual não estamos sozinhos, mas nos cruzamos frequentemente com outros pares de namorados que caminham como nós, com casais mais experientes que nos dão testemunho e nos recordam que o namoro não é um fim em si mesmo, e com sacerdotes que nos ajudam de modo especial a viver a relação à luz da Palavra de Deus. 

Com Lisboa como pano de fundo, fomos convidados a caminhar a dois, desde a igreja de S. Domingos até à capela de Santo Amaro, passando por postos intermédios, onde casais já unidos pelo matrimónio nos facultaram propostas para reflexão e diálogo a dois. 

Partindo do tema “Todos os vossos caminhos são amor e verdade” (Salmo 24), essas propostas foram pautadas por reflexões do Papa Francisco retiradas da encíclica LumenFidei, convidando-nos a aprofundar temas essenciais como o Amor e a Verdade e o modo como os vivemos em concreto na nossa relação de namoro.  

Tal como no próprio namoro, o caminho que trilhámos entre cada posto foi escolhido por nós, sendo por isso único. Embora tivéssemos partido todos do mesmo lugar e o destino fosse para todos o mesmo (alusão à vocação matrimonial), o ritmo a que caminhámos foi também pessoal, variando de etapa para etapa.

No final, como no início, o grupo reuniu-se para, orientados pelo padre Jorge Anselmo, rezar em conjunto, partilhando em Igreja a nossa experiência pessoal. 


testemunho por Carlota Pimenta e Nuno Campelo

 

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O Vínculo

Ao Papa João Paulo II, as montanhas sempre lhe provocaram um fascínio especial, nesse cenário majestoso e possante, onde no silêncio imponente dos montes, nos apercebemos do sentido do infinito!

Como seria bom que os jovens a caminho de uma decisão deveras importante para as suas vidas, como é o matrimónio, fizessem a experiência de subir a uma montanha e ali, contemplando a criação, penetrando na ordem admirável de todo o universo, fizessem oração de adoração e abandono confiante.

Meditando em inúmeras passagens bíblicas, nomeadamente na Transfiguração de Jesus no monte Tabor, com Pedro, Tiago e João, a subida ao monte é um pequeno passo para se perceber a magnificência e omnipotência de Deus, criador do universo e redentor do género humano. E como isto é importante para a vida do casal!

A Igreja tem, de uma forma geral, seguido as indicações dos últimos Papas sobre a necessidade de uma forte e ampla preparação dos casais para o matrimónio. A Igreja de Lisboa, pelas palavras do Senhor Cardeal Patriarca, tem vindo a acentuar uma profunda consciência numa Pastoral Pré-matrimonial, que vise a plena consciência do vínculo dos noivos, na sua união sem prazo para a vida em comum.

Nas equipas de preparação para o matrimónio (CPM), com o entusiasmo testemunhal de muitos casais animadores, dá-se corpo às indicações do Papa Francisco: «A principal contribuição para a pastoral familiar é oferecida pela paróquia, que é uma família de famílias» (Amoris Laetitia, nº 202). Não se pense que os noivos vão fazer algum curso para se poderem casar pela Igreja. Eles vão abordar temas e partilhar situações de vida que os fortalecerão perante as adversidades que surjam pelo caminho. Aliás o Senhor D. Manuel Clemente referiu recentemente que, sendo a Palavra de Deus que nos suscita a fé, este caminho de Igreja implica que “apresentemos sempre e com toda a clareza o ensinamento de Cristo sobre o matrimónio (cf. Mt 19, 1 ss e Mc 10, 1 ss).”

O Papa está tão convencido desta prioridade de vincular as famílias para vincular a sociedade que ainda este ano insistiu, falando ao corpo diplomático acreditado no Vaticano, a 8 de janeiro: «… não se mantém de pé uma casa construída sobre a areia de relacionamentos frágeis e volúveis, mas é preciso a rocha, sobre a qual assentar bases sólidas. E a rocha é precisamente aquela comunhão de amor, fiel e indissolúvel, que une o homem e a mulher, comunhão essa que tem uma beleza austera, um caráter sacro e inviolável e uma função natural na ordem social».

Lembrando ainda as palavras do nosso Bispo, o Cardeal Patriarca, e tomando-as para a vida matrimonial, “aprendamos a conviver com Deus, com os outros, com a criação inteira, reforçando cada comunidade familiar por ação da Igreja, família espiritual de todos.”

Vamos Casar, SIM! Mas que essa decisão bem assumida seja como o subir às montanhas, onde esteja sempre o sinal da peregrinação que conduz às alturas, que nos conduz a Deus.

 

texto pelo Diác. JPauloRomero

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