No encerramento da Visita Pastoral à Vigararia Lisboa IV, o Cardeal-Patriarca de Lisboa pediu para que as comunidades cristãs sejam “oásis” de anúncio “alegre” do Senhor Ressuscitado.

A partir das leituras do IV Domingo do Advento, também chamado de ‘Domingo da Alegria’, D. Manuel Clemente exortou as comunidades cristãs a serem “vozes” que anunciam, “no meio do deserto”, a começar pela família, que “o Senhor está”. “Temos que O anunciar verdadeiramente, também com alegria! Porque, por vezes, nas nossas comunidades e até nas nossas famílias, que são a primeira a realização da Igreja – a Igreja doméstica –, parece que esta alegria de estarmos com o Senhor não é assim tão patente, pelo contrário. Nós somos o anúncio vivo do Senhor que não apenas veio, mas está. Mas é preciso que isso transpareça”, desejou.

Na Missa que reuniu representantes das 15 paróquias da Vigararia Lisboa IV, e que coincidiu com o término da Jornada Vicarial Juvenil, que decorreu na Paróquia de Santa Joana Princesa, reunindo cerca de 200 jovens, o Cardeal-Patriarca lembrou algumas perguntas que lhe foram feitas pelos mais novos, durante a manhã, para apelar a uma maior disponibilidade para acolher Jesus. “Alguns jovens perguntavam-me sobre como é que hão de dar testemunho do Evangelho a gente das suas idades, nas escolas. É ser como João Baptista, cada vez mais esvaziados de nós próprios e mais preenchidos de Jesus”, salientou D. Manuel Clemente, felicitando os padres, diáconos e agentes pastorais envolvidos nas 15 paróquias da vigararia, bem como o Jornal VOZ DA VERDADE, pelo “trabalho bonito e belo” que foi publicando ao longo da Visita Pastoral, que começou no dia 8 de outubro.

O vigário da Vigararia Lisboa IV, padre João Valente, apontou, ao Jornal VOZ DA VERDADE, a “proximidade, fraternidade e simplicidade da presença da Igreja” que os Bispos mostraram durante as visitas às realidades eclesiais das 15 paróquias da vigararia. Em jeito de balanço, o sacerdote considerou que esta Visita Pastoral veio alertar os párocos e todos os agentes pastorais envolvidos para um conjunto de sectores pastorais que vão necessitar de uma maior “interajuda e atenção”. “A Visita Pastoral foi o arranque para essa consciência e essa necessidade que espero que ganhe corpo e não esmoreça”, desejou. A partir do “equilíbrio entre aquilo que é específico em cada comunidade, com a sua história, identidade e diversidade”, e o entendimento de “perceber quais são os grandes desafios e apostas de toda a Igreja”, o padre João Valente, que é pároco de São João de Brito, destacou a atenção à dimensão sociocaritativa como “transversal a todas as paróquias desta vigararia”. Paralelamente, a necessidade de uma Pastoral Familiar é apontada como uma prioridade. “Na catequese de infância e adolescência, e no trabalho com os jovens, tem que entrar, necessariamente, uma dinâmica de Pastoral Familiar que não seja apenas um conjunto de serviços, mas que tenha identidade própria, força interior e dinamismo, porque essa é, sem dúvida, a grande força da Igreja”, sublinhou o padre João Valente.