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O Cardeal-Patriarca destacou o papel da evangelização na cultura e na valorização da realidade, num encontro da ‘terça.com’ sobre fé e cultura, no dia 28 de abril, na igreja de Nossa Senhora de Fátima, em Lisboa.
Perante uma sala composta maioritariamente por jovens, D. Manuel Clemente partilhou uma dúvida que o inquietava enquanto criança: “Se havia tanta vontade da parte de Deus de preparar este encontro com a humanidade, porquê que não o fez antes? Ou porque não o fez depois?”. Para o Cardeal-Patriarca, o “Deus que se fez pequenino” é compreendido de formas novas. “Cada geração que se sucede, cada presença que está no mundo, onde se vai adquirindo pensamento, compreensão das coisas, maneira de viver e conviver, vai retomando esta compreensão e percebe-se que ali nasce um botão que vai abrindo até encher de folhas o universo inteiro”, salientou, num encontro intitulado ‘A Igreja, um Povo com muitos Rostos’. “Na própria Europa, o Evangelho foi fazendo um longuíssimo trabalho de inculturação. Como o fez no sítio onde nasceu”, lembrou D. Manuel Clemente, frisando que “a evangelização fecunda a cultura e faz valorizar a realidade de uma maneira muito original”.
Na ‘terça.com’ (http://tercas.weebly.com), organizada pelo Sector da Animação Vocacional, Sector da Juventude e Sector da Pastoral Universitária do Patriarcado de Lisboa para jovens a partir dos 16 anos, o Cardeal-Patriarca de Lisboa destacou ainda a “novidade” da comunidade no cristianismo. Uma vida comunitária cuja “partilha da experiência única da presença de Cristo tem várias materializações”. “Todos têm caras diferentes, mas se começamos a lidar com aquela família, percebemos que eles são todos parecidos. O que interessa é o espírito da família, o ambiente a maneira de estar e de conviver”, garantiu.
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