Jornal Voz da Verdade

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14.12.2014

Lisboa |

Solenidade da Imaculada Concei��o

�Fazermos nosso o seu �sim��

O Patriarca de Lisboa considera que Portugal n�o poderia ter melhor padroeira do que Maria Imaculada. Na S� de Lisboa, na Solenidade da Imaculada Concei��o, que a Igreja celebrou no passado dia 8 de dezembro, D. Manuel Clemente falou ainda da rela��o com Deus.

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“H� um Deus que nos procura, h� um misto de vergonha e medo de sermos encontrados, h� o imposs�vel escondimento que tentamos. E tudo isto em n�s, mais ou menos, tarde ou cedo, mas inegavelmente. E a m� consci�ncia, que � terreno prop�cio de maus cultivos e piores colheitas. Pois que nos cria e mant�m vivos, Deus n�o faz nem far� outra coisa sen�o procurar-nos. � o que est� por dentro de cada momento que vivemos e nos garante aqui hoje, a celebrar a Imaculada Concei��o da Virgem Santa Maria, Padroeira de Portugal; ou noutro momento qualquer, mais ou menos festivo. Momentos em que celebremos a verdadeira festa, que � a de nos encontrarmos com Deus que nos procura”, observou o Patriarca.

Nesta celebra��o, na S� Patriarcal, D. Manuel Clemente disse mesmo que a rela��o com Deus n�o pode tardar: “E, se tarda, turva-se. Turva, desvia e enviesa uma rela��o com Deus que devia ser espont�nea, franca e agradecida. S�o aquelas repetidas desculpas que, n�o por acaso, se chamam de ‘mau pagador’. Resistimos em devolver o que recebemos, e acrescentado at�, como nos ensina a par�bola dos talentos”. Para o prelado, “s� h� um modo leg�timo e eficaz de celebrar a Imaculada Concei��o da Virgem Santa Maria”: “� fazermos nosso o seu ‘sim’ e deixarmos de vez as desculpas de Ad�o. Em todas as dimens�es da nossa vida, pessoal, familiar, eclesial, social, perante os desafios e diante de aparentes imposs�veis, acolhamos um Deus que nos procura, porque connosco e atrav�s de n�s – “Cristos” que somos, pela participa��o no seu Esp�rito – procurar o mundo e reconstru�-lo agora”.

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Padroeira

Na Solenidade da Imaculada Concei��o, o Patriarca de Lisboa n�o esqueceu Maria. “Trata-se tamb�m da Padroeira de Portugal. E melhor n�o ter�amos, naquela altura e hoje. Assim foi a seguir � restaura��o de 1640, para que um povo ressurgisse original e l�mpido, com Maria, a m�e do Homem novo. Disso mesmo precisamos agora, quando tanta exist�ncia pessoal e coletiva arrisca perder fonte e destino, e o modo de nos olharmos coletivamente pode ficar mais turvo e menos dispon�vel para tudo e tanto que importa fazer, para nos recriarmos mais justos e fraternos. Maria Imaculada, Padroeira de Portugal, rev�-se certamente, pela gra�a do seu Filho, em muita gente boa que n�o desiste de si nem dos outros, que se mostra realmente dispon�vel para tanta solidariedade que sustenta as mais diversas iniciativas de bem-fazer e refazer, que felizmente n�o faltam. Como Maria, s�o pessoas simples, imediatas e entregues. Como Maria, permitem que nelas e por elas recomece muito mundo, ao modo e no Esp�rito de Cristo”.