Lisboa |
Encontro do Patriarca com os jovens da Vigararia da Amadora
‘Com Jesus, a conversa nunca mais acaba’
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O Patriarca de Lisboa convidou os jovens da Vigararia da Amadora a conversarem com Jesus Cristo e encorajou-os a evangelizar “a multidão de pessoas” que vive naquela zona da diocese. Num encontro com a juventude no âmbito da Visita Pastoral, D. Manuel Clemente desafiou ainda os jovens a participarem na caminhada sinodal.

 

O Patriarca de Lisboa convidou os jovens da Vigararia da Amadora a manterem uma conversa com Cristo que, garante, nunca vai terminar. No início de um encontro com os jovens desta vigararia, no âmbito da Visita Pastoral à Vigararia da Amadora, D. Manuel Clemente lembrou a história de um seu amigo de longa data. “Costumo lembrar um amigo, que foi jovem há muitos anos, a quem perguntei: ‘Porque é que tu, diferentemente de outros rapazes e raparigas que estavam no nosso grupo há 50 anos, continuas a ser católico, praticante e a ir à Missa…?’. Sabem o que ele me respondeu? ‘Com Jesus, a conversa nunca mais acaba’. Creio que esta é a coisa mais bonita que pode acontecer”, frisou, desde logo, o Patriarca de Lisboa, colocando a tónica do seu discurso na dimensão do encontro com Cristo. “Nestes grupos a que pertencem, vocês começaram a ‘conversa que nunca mais acaba’. Aliás, mesmo que todos vocês vivam 100 ou 120 anos, ainda vão partir deste mundo com muitas perguntas para fazer e, com certeza, vão encontrar muitas respostas neste Jesus. Ele disse: ‘Vão passar os céus e a terra, mas as minhas palavras não passarão’. Efetivamente, Cristo disse isto há dois mil anos e nós descobrimo-las hoje, como se fossem ditas neste preciso momento”, assegurou.

 

“A ‘conversa’ de Deus é para todas as idades”

O padre Manuel Naia, pároco da Reboleira, é o responsável pela pastoral juvenil na Vigararia da Amadora e reconheceu, nas palavras iniciais, que “ao nível da vigararia não são muitas as atividades organizadas ao longo do ano pastoral”. “As que realizamos, contudo, são no sentido de nos integrarmos dentro do espírito da Igreja”, frisou este sacerdote, congratulando-se com “a presença de tantos jovens” para o encontro com o Patriarca de Lisboa, que decorreu no salão da igreja paroquial da Amadora, no passado Domingo, 9 de novembro.

Antes das palavras de D. Manuel Clemente, cada uma das 15 paróquias (Alfornelos, Alfragide, Amadora, Belas, Brandoa, Buraca, Casal de Cambra, Damaia, Falagueira, Massamá, Monte Abraão, Queluz, Reboleira, São Brás e Venda Nova) que compõem a Vigararia da Amadora apresentou um curto vídeo sobre a realidade da pastoral juvenil nesta zona da diocese. O Patriarca de Lisboa acompanhou as projeções e, no final, sublinhou que “a ‘conversa’ de Deus é para todas as idades e para todos os feitios”. “Uma das coisas bonitas que há na vida da Igreja é estarmos aqui, em Roma, em Taizé, em Jerusalém, nas Jornadas Mundiais da Juventude ou nestes sítios de que vocês falaram, e encontrarmos gente de todas as idades, e muita gente da vossa idade, com esta mesma ‘conversa’ que Jesus fez há dois mil anos e que é uma ‘conversa que nunca mais acaba’. Por isso é que eu digo que aquele meu amigo, que foi meu companheiro, com tantos outros e outras lá no grupo da minha terra, tem inteira razão!”, recordou, novamente.

 

“Com Jesus é tudo ou nada”

Falando da realidade local da “imensa Vigararia da Amadora – não em quilómetros mas em população –”, o Patriarca de Lisboa convidou os jovens a questionarem-se sobre “o que são no meio daquela multidão toda”. “Como grupos de jovens das paróquias desta vigararia, podiam até considerar-se uma gota no oceano, no meio de tanta gente, e perguntarem-se como vão avançar. Mas lembrem-se: quando esta ‘conversa’ começou, há dois mil anos, começou com muitos menos que vocês. E não era para a Vigararia da Amadora; era para o mundo inteiro! Entre aqueles e aquelas que O acompanharam, não deviam ser mais de 20 pessoas”, lembrou, deixando pistas de atuação a todos os grupos de jovens e realidades juvenis da Igreja: “O que é importante é que nos grupos de jovens as coisas aconteçam como começaram a acontecer no ‘grupo de jovens de Jesus’. Que vocês façam aquilo que eles faziam: iam com Jesus, olhavam para as pessoas, viam os problemas, conversavam com Jesus que os interrogava sobre o que deviam fazer para responder a esses mesmos problemas… Eles descobriram com Jesus que a vida é para ser vivida plenamente. Perceberam que com Jesus é tudo ou nada. Começaram a perceber que com Jesus há mais felicidade no dar do que no receber. Começaram a perceber que com Jesus para ganhar a vida é preciso dá-la. Eles foram percebendo isto com Jesus, muito a pouco e pouco”. Neste sentido, reforçou D. Manuel Clemente, “a oração junto da Cruz de Jesus é fundamental”. “Naquela Cruz aprendemos que a vida só se ganha quando se dá inteiramente. Jesus não deu a vida aos ‘bocadinhos’, deu-a inteiramente! Foi dizendo que isto era o caminho e que esta era a ‘conversa’ que precisava ser levada a cabo. E sabem o que Ele conseguiu, dando a vida? Conseguiu que dois mil anos depois, nós estejamos aqui! O que importa é que a conversa de Jesus viva na nossa vida. E isto vence o mundo, impõe-se pela sua verdade”, referiu.

 

Mais de mil grupos em caminho sinodal

Com o início deste novo ano pastoral, as cerca de três centenas de paróquias do Patriarcado de Lisboa iniciaram a caminhada sinodal, que termina com o Sínodo Diocesano 2016 que tem como tema ‘O sonho missionário de chegar a todos’, retirado do número 31 da Exortação Apostólica ‘A Alegria do Evangelho’, do Papa Francisco. Segundo dados recolhidos junto do Departamento da Comunicação do Patriarcado, foram distribuídos pela diocese mais de 20 mil exemplares do Guião #1, para o trimestre setembro/dezembro, além dos guiões que foram descarregados pela internet (em http://sinodo2016.patriarcado-lisboa.pt). No encontro com os jovens da Vigararia da Amadora, o Patriarca de Lisboa revelou que “já estão mais de mil grupos a funcionar”. O desejo da diocese, segundo sublinhou, é que sejam constituídos “muitos mais grupos”. Neste sentido, D. Manuel Clemente convocou todos os grupos de jovens das paróquias do Patriarcado a, também eles, “se reunirem em caminho sinodal” e a enviarem para a Comissão do Sínodo (sinodo2016@patriarcado-lisboa.pt) as “reflexões feitas a partir dos guiões” que a diocese vai fornecer ao longo dos próximos dois anos. “O nosso desejo, a partir de todas as respostas que nos cheguem, é fazer um texto sobre o que é mais importante fazer no Patriarcado de Lisboa para se cumprir o tal sonho missionário de chegar a todos, que o Evangelho de Cristo e o Papa Francisco querem”, sintetizou D. Manuel Clemente.

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