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A uma janela de Roma
“Ser Bispo é ter presente o exemplo de Jesus”
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O Papa Francisco lembrou qual o papel do Bispo na Igreja. Na semana em que fez memória dos Fiéis Defuntos, o Papa recordou os que morreram por serem cristãos e recebeu, no Vaticano, o presidente do Parlamento Europeu. A Capela Sistina tem nova ‘luz’.

 

1. O Papa Francisco referiu que “o Bispo não se deve elevar mas baixar para servir”. Na audiência-geral do passado dia 5 de novembro, na Praça de São Pedro, em Roma, o Papa falou sobre a hierarquia da Igreja. “A maternidade da Igreja exprime-se em particular na pessoa do Bispo e no seu ministério. Efetivamente, como Jesus escolheu os Apóstolos e os enviou a anunciar o Evangelho e a apascentar o seu rebanho, assim os Bispos, seus sucessores, são postos à cabeça das comunidades cristãs, como garantes da sua fé e como sinal vivo da presença do Senhor no meio deles.”, lembrou o Papa. Perante milhares de peregrinos, Francisco destacou o exemplo de ‘Jesus, Bom-Pastor’ como exemplo para o ministério episcopal. “Compreendamos, portanto, que não se trata de uma posição de prestígio, de uma carga honorífica. Não deve haver lugar na Igreja para a mentalidade mundana. Ser Bispo quer dizer ter sempre perante os seus olhos o exemplo de Jesus que, como Bom Pastor, veio não para ser servido, mas para servir e para dar a sua vida pelas suas ovelhas.”, aponta.

No final da audiência, o Papa Francisco anunciou que vai visitar a Diocese de Turim, a 21 de junho do próximo ano, para venerar o Santo Sudário e honrar São João Bosco, no bicentenário do seu nascimento.

 

2. “A ressurreição não é uma ideia mas realidade, fundamento da nossa fé”, lembrou o Papa Francisco, na Missa em sufrágio dos Cardeais e Bispos defuntos nos últimos meses, que decorreu no passado dia 3, na Basílica de São Pedro. Na homilia, o Papa referiu que “do mesmo modo que a divina relação revelação é fruto do diálogo entre Deus e o seu povo, também a fé na ressurreição está ligada a este diálogo que acompanha o caminho do povo de Deus na história. Não surpreende, pois, que um mistério assim tão grande, tão decisivo, tão sobre-humano como o mistério da ressurreição tenha precisado de todo o percurso e todo o tempo necessário, até Jesus Cristo”.

“Cada um de nós é convidado a entrar neste evento”, interpelou o Papa Francisco. “Somos chamados a estar primeiro diante da cruz de Jesus, como Maria, como as mulheres, como o centurião; a escutar o grito de Jesus, e o seu último suspiro, e depois o silêncio; aquele silêncio que continua durante todo o Sábado Santo. E depois somos chamados a ir ao túmulo para ver que a grande pedra foi derrubada; para ouvir o anúncio: ‘Ressuscitou, ele não está aqui’. Lá está a resposta. Lá está o fundamento, a rocha”, acrescentou o Papa.

 

3. O Papa Francisco lembrou “aqueles que ninguém recorda”. Na oração do Angelus, no Dia dos Fiéis Defuntos, na Praça de São Pedro, em Roma, o Papa dedicou as suas palavras às vítimas da guerra, da miséria e aos que são mortos por serem cristãos, pedindo ao mundo que se lembre das “vítimas das guerras e da violência, os pequenos do mundo esmagados pela fome e pela miséria, os anónimos que repousam nos ossários comuns”. Perante milhares de pessoas lembrou “os irmãos e irmãs que são mortos por serem cristãos. E os que sacrificaram a sua vida para servir os outros”. O Papa Francisco recordou também o cuidado com as sepulturas e as orações de sufrágio. São um “testemunho de esperança confiante, radicada na certeza que a morte não é a última palavra sobre o destino humano”, porque o homem “está destinado a uma vida sem limites, que tem a sua raiz e o seu cumprimento em Deus”, afirma.

No dia anterior, na Solenidade de Todos os Santos, o Papa Francisco criticou a “industria da destruição”. Na sua homilia, Francisco lembrou o “sofrimento causado pelo homem que, muitas vezes, se julga Deus”. “O homem apodera-se de tudo, acredita que é Deus, acredita que é rei. E as guerras, as guerras que hoje continuam não são para semear a vida. São para destruir. É a indústria da destruição. É um sistema também de vida: quando as coisas não se podem resolver, descartam-se. Assim se descartam as crianças, os idosos, descartam-se os jovens sem trabalho. Esta devastação criou uma cultura do descarte. Descartam-se os povos", alertou o Papa.

 

4. O presidente do Parlamento Europeu (PE) foi recebido pelo Papa Francisco, no passado dia 30 de outubro, no Vaticano. No encontro que se realizou a um mês da visita do Papa ao Parlamento Europeu, o presidente do PE, Martin Schulz, projetou essa visita como “uma ocasião única para as duas partes”. “Vamos receber no Parlamento Europeu a personalidade que, neste momento histórico, é provavelmente um ponto de referência não só para católicos mas também para muitas pessoas, um elemento de orientação numa época em que muitas pessoas, pelo contrário, estão verdadeiramente desorientadas”, salientou. O Papa Francisco vai visitar o Parlamento Europeu, em Estrasburgo, no próximo dia 25 de novembro.

 

5. Alta tecnologia recupera a "luz natural" da Capela Sistina. O Vaticano instalou uma nova tecnologia de iluminação, ventilação e ar condicionado que permite aos visitantes admirar os frescos de Miguel Ângelo sob uma luz especificamente estudada para simular a luz natural. O diretor dos Museus do Vaticano, Antonio Paolucci, revelou-se “emocionado e feliz” com a obra porque “permite ver a Capela Sistina como nunca se viu antes”. A “nova luz permite ver todos os detalhes das pinturas e permite ver e experimentar” todas as obras como “um todo”.  Este novo sistema, que garante uma maior eficiência energética, foi especialmente desenhado para proteger o espaço contra a deterioração e as consequências das cerca de seis milhões de visitas anuais.

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