O Patriarca de Lisboa desejou que a “bonita” igreja do Parque das Nações, dedicada no passado Domingo, dia 30 de março, se torne “num lugar para onde confluir” e “de onde partir”.
“Caríssimo padre Paulo e caríssimos paroquianos do Parque das Nações: agora já tendes um lugar! Porque é muito importante ter lugar, sobretudo num mundo tão disperso como é o nosso”. No final da celebração de dedicação da nova igreja de Nossa Senhora dos Navegantes, situada no Parque das Nações, D. Manuel Clemente deu “os parabéns” à comunidade cristã porque fez “um lugar muito bonito”. “É importante que seja bonito, de uma beleza não espalhafatosa mas essencial, como esta é, que transmita a Verdade que representa e que por isso, também, incite à bondade. Porque quando nós estamos em lugares verdadeiros e belos temos mais vontade de ser bons”, salientou o Patriarca de Lisboa. Dirigindo-se à comunidade cristã do lugar onde decorreu a Expo’98, D. Manuel Clemente desejou ainda que a nova igreja “se torne um lugar para onde confluir”. “Agora, esta igreja tão convidativa é um constante apelo à aproximação, à vinda aqui para meditar, para celebrar, para procurar respostas de todo o género”. Por outro lado, observou, esta comunidade tem agora também “um lugar de onde partir”.
Comunhão
Visivelmente satisfeito pela dedicação da nova igreja, o pároco, padre Paulo Franco, começou por lembrar o “saudoso Patriarca Emérito” pelo “entusiasmo que sempre transmitiu”. “Quando me nomeou para o Parque das Nações, entre outras, deu-me a missão de construir a igreja – e não pensem que é esta, apenas, física – e hoje tenho a certeza que o senhor D. José Policarpo gostaria de estar entre nós, a participar deste mesmo acontecimento, a alegrar-se connosco, a louvar o Senhor por aquilo que significa chegarmos a este dia”. Para este sacerdote, pároco desta paróquia desde 2005, o dia da dedicação da igreja significa “muito mais do que apenas a inauguração de um espaço”. “Mais importante do que estarmos aqui hoje a dedicar este templo, é estarmos aqui hoje como comunidade, é estarmos aqui hoje como Igreja, Povo de Deus, a celebrar os sacramentos em torno do mesmo altar, vivendo a experiência da comunhão”. O padre Paulo Franco deixou igualmente “uma palavra de agradecimento” ao Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, “porque desde a primeira hora, nos tempos ainda em que como Bispo Auxiliar de Lisboa acompanhava as paróquias da cidade, confiou nesta comunidade”.
Uma igreja que inova
A igreja de Nossa Senhora dos Navegantes, situada na zona norte do Parque das Nações, bem junto à Ponte Vasco da Gama, é de construção circular e tem capacidade para acolher 700 pessoas. A arte plástica, presente no templo, é da autoria do escultor Alípio Pinto e evoca os mistérios luminosos do Rosário, tendo o retábulo principal a referência à transfiguração de Cristo. Destaca-se também o altar-mor, colocado sobre uma pedra praticamente em bruto retirada da serra de Sintra, e a pia batismal feita no mesmo tipo de rocha sob uma entrada em forma de cruz.
Da autoria do arquiteto José Maria Dias Coelho, o projeto inicial previa o revestimento das paredes por vitrais – para tirar partido da luz natural – uma ideia que acabaria por ser abandonada para reduzir os custos da construção. A nova igreja, que tem um custo estimado entre os 3,6 e 3,9 milhões de euros, contemplou ainda dois locais especialmente destinados a famílias com crianças e bebés, os chamados espaços ‘baby-sitting’. Trata-se de espaços integrados na igreja, mas separados desta por um vidro, de onde as famílias com crianças podem participar na Missa.
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