Rosana Silva é brasileira. Chegou a Portugal há quatro anos. Veio em missão para servir os jovens, através do Movimento Apostólico de Schoenstatt. 

Responder à vocação

Rosana nasceu no Estado de São Paulo, em 1968. Foram os pais, pessoas de grande fé em Deus, que a iniciaram na vida cristã. O seu percurso foi linear. Fez catequese. Recebeu os sacramentos. Sempre viveu empenhada na sua comunidade cristã. No sacramento do crisma começou a questionar a sua vocação. Nessa altura, decidiu ignorar as dúvidas e as questões que Deus lhe colocava. Rosana Silva sempre gostou de estar com as pessoas e ajudá-las a encontrar Deus na sua vida quotidiana. “Deus estava ali, justamente, no meio daquela confusão de uma metrópole como São Paulo, esperando cada um de nós”, afirma. Por isso, recorda, sentiu-se confusa com o chamamento vocacional, pois sentia que o seu lugar era ali, no mundo, junto das pessoas que encontrava.

Na busca de uma resposta à sua vocação, Rosana integra o Movimento Apostólico de Schoenstatt, onde encontra o ideal de “Ser uma Mulher Nova na Nova Comunidade”. E, assim, com Maria a seu lado, consagra a sua vida a Deus e entra no Instituto Nossa Senhora de Schoenstatt, cuja missão é levar Deus ao mundo, ao trabalho, à escola, à vida de apostolado, à vida quotidiana de cada pessoa. E é aqui no Instituto que Rosana sente que realiza a sua vocação de promover o encontro entre Deus e as pessoas que com ela se cruzam.

Perceber a beleza de Deus

Entretanto, Rosana entrou também na Faculdade de Pedagogia. Formou-se e, durante dois anos, trabalhou como professora de Psicologia da Educação e Didática. Não precisou de muito tempo para perceber que as aulas não a preenchiam totalmente. Decide, então, regressar à faculdade. Mas, desta vez, ingressa no curso de Decoração de Interiores, na Faculdade de Belas Artes de São Paulo. Formou-se e trabalhou nesta profissão. E, aqui, descobre que também pode ajudar a encontrar Deus nos projetos de decoração que executa. “A beleza de Deus podia refletir-se nas casas dos meus  clientes. E, muitas vezes, terminávamos a casa com a bênção de um sacerdote e, outras vezes, era minha missão entregar a  família a Deus no silêncio do meu coração.”

Levar a fé a muitos povos

Ao mesmo tempo, Rosana trabalhava no Movimento Apostólico de Schoenstatt, como assessora da Juventude Feminina e de  Grupos de Casais e Mães. Nessa altura, juntamente com os jovens do Movimento, decide conhecer umas missões que se faziam na Argentina. A partir daí, nasceu um dinamismo missionário e, todos os anos, o grupo participava em missões na Argentina, no Brasil, no Chile e no Paraguai.

Há quatro anos atrás, Rosana foi enviada para Portugal, pela sua comunidade, com o intuito de assessorar a Juventude Feminina do Santuário de Schoenstatt, em Lisboa. Em terras lusas, Rosana sente que a sua missão passa por “convidar os jovens de Schoenstatt, e outros que tenham o desejo de ser missionários, a retomar as raízes mais profundas do povo português: levar a fé a muitos povos.” E esta missão tem-se concretizado nas sucessivas partidas para Bafatá – Guiné-Bissau. D. Pedro Zíli, Bispo de Bafatá, conhece bem o trabalho missionário de Rosana e da sua comunidade no Brasil e fez-lhe o convite para, juntamente com os jovens, trabalharem na sua diocese durante as férias do verão. Na Guiné-Bissau, “a nossa missão principal é levar Nossa Senhora à casa de cada pessoa. Assim, caminhamos por Bafatá de casa em casa, fazendo atividades para crianças e jovens durante as tardes e rezando o terço com os adultos.” De regresso a Portugal, “a única coisa que peço no Santuário de Nossa Senhora de Schoenstatt é que Ela nos dê a bênção, nos dê a  Sua presença, para que cada vez mais a nossa juventude possa arder pelo fogo do amor de levar Deus a cada canto do mundo.”

“Quem tem uma missão há-de cumpri-la, ainda que um salto mortal siga o  outro, missão  de Profeta traz consigo sorte de Profeta.”, Pe. José Kentenich – Fundador Schoenstatt.