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A uma janela de Roma
Papa vai realizar primeira visita fora de Roma
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Lampedusa vai receber Francisco, naquela que será a primeira visita do Papa argentino fora de Roma. Na semana em que irá ser publicada a primeira encíclica do novo Papa, Francisco falou sobre a consciência, fez nomeações no Banco do Vaticano e recebeu a delegação do Patriarcado Ecuménico de Constantinopla. As audiências-gerais serão retomadas em setembro.

 

1. O Papa Francisco vai visitar, esta segunda-feira, 8 de julho, a ilha Lampedusa, no sul de Itália, uma ilha de tragédia para milhares de refugiados provenientes, sobretudo, de África. A situação de emergência para com os imigrantes, é considerada explosiva. Só nos primeiros meses deste ano, até junho, desembarcaram cerca de 8 mil extracomunitários – quase o dobro em relação ao mesmo número de meses do ano passado. Desde o início do seu pontificado, Francisco tem manifestado atenção especial para com os últimos e os mais desfavorecidos. Há poucas semanas, tinha reunido os responsáveis dos organismos caritativos de ajuda aos refugiados e imigrantes e, nesse contexto, tinha sido convidado para ir pessoalmente ao sul de Itália e assim conhecer localmente a realidade.

Francisco terá ficado impressionado pelo mais recente naufrágio de uma embarcação de imigrantes africanos, afogados naquelas águas, e resolveu ir diretamente a Lampedusa, onde lançará uma coroa de flores ao mar. O programa do Papa inclui ainda a celebração de uma Missa, encontros com imigrantes refugiados e com a população local.

 

2. ‘A luz da Fé’ (‘Lumen fidei’) é o título da primeira encíclica do Papa Francisco – uma encíclica escrita a quatro mãos, como o próprio Francisco confidenciou há uns dias a um grupo de bispos e cardeais. Nessa altura, Francisco afirmou que se trata de “um documento forte; é um grande trabalho começado pelo Papa Bento que mo entregou e que agora o levo por diante”.

A primeira encíclica do Papa Francisco é apresentada em conferência de imprensa esta sexta-feira, dia 5 de julho.

 

3. O Papa Francisco falou sobre a consciência. “Devemos aprender a ouvir mais a nossa consciência. Mas atenção! Isto não significa seguir o próprio eu, fazer o que me interessa, o que me convém ou me apetece... não é isto! A consciência é o espaço interior da escuta da verdade, do bem, da escuta de Deus; é o lugar interior da minha relação com Ele que fala ao meu coração e me ajuda a discernir, a compreender o caminho que devo percorrer e, uma vez tomada a decisão, a ir em frente e a permanecer fiel”, lembrou o Papa, durante a oração do Angelus, na manhã do passado Domingo, 30 de junho. “Tivemos um exemplo maravilhoso de como é esta relação com Deus através da consciência: o exemplo do Papa Bento XVI!”, acrescentou Francisco, perante o aplauso da multidão reunida na Praça de São Pedro.

 

4. Há uma nova direção para o Instituto para as Obras da Religião (IOR), conhecido também como Banco do Vaticano. É a terceira mexida que o Papa Francisco faz nesta instituição, depois de anunciada a demissão do diretor e do subdiretor do Instituto, foram agora revelados três novos nomes: Ernst von Freyberg, o atual presidente, vai assumir interinamente funções como diretor geral, e terá a seu lado Rolando Marranci e Antonio Montaresi, que substituem Paolo Cipriani e Massimo Tulli que resolveram sair depois de anunciada a detenção de um responsável pela gestão dos bens do Vaticano, monsenhor Nunzio Scarano, que foi acusado de corrupção e fraude.

A comissão de inquérito ao Banco do Vaticano, a trabalhar desde 26 de junho último, foi informada e concordou com a decisão do Papa Francisco.

 

5. O Papa Francisco recebeu em audiência, na manhã de sexta-feira, dia 28 de junho, a delegação do Patriarcado Ecuménico de Constantinopla, liderada por Bartolomeu I. Desde 1969, os ortodoxos vêm ao Vaticano para a festa de São Pedro e São Paulo, padroeiros da Igreja de Roma, e uma delegação católica participa na festa de Santo André, padroeiro da Igreja de Constantinopla. No seu discurso, o Papa recordou que a busca da unidade entre os cristãos é uma urgência, hoje mais do que nunca. “No nosso mundo sedento de verdade, amor, esperança, paz e unidade, é importante para o nosso próprio testemunho poder finalmente anunciar a uma só voz a boa nova do Evangelho e celebrar juntos os Mistérios Divinos da vida nova em Cristo! Nós sabemos bem que a unidade é primariamente um dom de Deus para o qual devemos rezar incessantemente, mas a todos nós cabe a tarefa de preparar as condições, de cultivar o terreno do coração, para que esta graça extraordinária seja acolhida”, frisou.

 

6. Esta semana, como habitualmente neste período de Verão, foram suspensas as audiências-gerais de quarta-feira do Papa, nos meses de julho e agosto. O Papa Francisco, que permanecerá no Vaticano, mantém o seu encontro semanal com os fiéis aos Domingos, ao meio-dia, para a recitação do Angelus, antecedido de uma alocução. Normalmente, o encontro terá lugar na Praça de São Pedro, mas haverá duas exceções: a 14 de julho e no dia 15 de agosto, solenidade da Assunção de Maria, o Papa Francisco desloca-se a Castel Gandolfo, para o efeito. A 15 de agosto, celebra também a Eucaristia, como é tradição, na igreja paroquial da cidade, dedicada precisamente a Nossa Senhora da Assunção.

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