Lisboa |
Comissão Nacional da Pastoral Operária
Pastoral Operária teme desagregação das famílias
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A Comissão Nacional da Pastoral Operária alerta para impacto que o desemprego e a precariedade podem ter nas famílias portuguesas, e convida à implementação de uma nova vivência social, baseada nos valores cristãos.

 

Reunida em Aveiro, na Casa das Irmãs Dominicanas, no passado dia 29 de junho, a Comissão Nacional da Pastoral Operária (CNPO) apontou “o grande problema do país”: “A desvalorização do trabalho humano, a precarização laboral e o desemprego estrutural continuam a ter um efeito devastador na vida de tantos homens, mulheres, jovens, adolescentes, crianças e suas famílias”. Neste sentido, a CNPO sublinha como consequência desta situação “as dificuldades crescentes na vida das pessoas e com efeitos imprevisíveis, o agravamento dos impostos, a diminuição dos salários dos trabalhadores, o empobrecimento do país”.

A Pastoral Operária de Portugal, que congrega os organismos que fazem trabalho de Igreja no mundo operário – JOC (Juventude Operária Católica), LOC/MTC (Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos), MAAC (Movimento de Apostolado de Adolescentes e Crianças), PEMO (Padres em Mundo Operário) e REMO (Religiosas em Mundo Operário) –, aponta que “a situação atual tem conduzido a um acréscimo das carências sentidas pelas famílias”. “Não se pode ignorar que se tem agravado a precariedade em que vivem muitas crianças e adolescentes no país, tanto a nível material, como a nível afetivo em resultado da desagregação familiar, associada à procura pelos pais de emprego noutros países e/ou pelas dificuldades económicas no seio das famílias portuguesas”, refere um comunicado. “Quem governa em Portugal e na Europa não está a pensar uma sociedade baseada no ser humano, mas sim, nas forças que têm poder e interesses, que apenas se preocupam em tirar proveito financeiro das pessoas e das sociedades, para favorecimento dos grandes grupos económicos”, acrescenta a nota.

 

Valores cristãos

A Comissão Nacional da Pastoral Operária assegura ainda o esforço “por encontrar soluções para as dificuldades nas famílias operárias”, procurando “responder a necessidades imediatas que são vividas, tendo sempre em vista a formação e o empenhamento para que se encontrem soluções de médio e longo prazo com a participação dos próprios implicados e daqueles que os rodeiam”. O comunicado termina convidando a uma nova vivência social: “Temos o dever de ser audazes em implementar e experimentar uma nova vivência social, baseada nos valores cristãos, onde se possa testemunhar que uma outra organização económica e social e política é possível, tem que ser possível”.

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