Lisboa |
Discurso de Abertura da 181ª Assembleia Plenária da CEP
Papa pede a Cardeal-Patriarca para consagrar Pontificado a Nossa Senhora de Fátima
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O Papa Francisco pediu a D. José Policarpo para consagrar o seu Pontificado a Nossa Senhora de Fátima. A revelação foi feita pelo próprio presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), no discurso de abertura da 181ª Assembleia Plenária da CEP, que decorreu em Fátima de 8 a 11 de abril.

 

“O Papa Francisco pediu-me duas vezes que consagrasse o seu novo ministério a Nossa Senhora de Fátima. É mandato que posso cumprir no silêncio da oração. Mas seria belo que toda a Conferência Episcopal se associasse à realização deste pedido. Maria guiar-nos-á em todos os nossos trabalhos e também na forma de dar cumprimento a este desejo do Papa Francisco”, salientou o presidente da CEP, D. José Policarpo, que é também Cardeal-Patriarca de Lisboa e que lembrou os dias que viveu em Roma, durante o Conclave que elegeu o Sucessor de Pedro. “Foi, no dinamismo do Conclave, uma autêntica surpresa do Espírito Santo e está a surpreender mesmo aqueles que o elegeram”.

 

Esperança

Para o presidente da Conferência Episcopal, Francisco “é um sinal de esperança”. “Não deixar morrer a esperança já é sua mensagem explícita. Isso significa reformas inevitáveis na vida da Igreja? Com certeza. Toda a gente fala na reforma da Cúria; ele ainda não falou. Mas já deu para perceber a linha que seguirá: trata-se de conduzir esse grande serviço do ministério do Papa à sua verdade e à sua funcionalidade”, apontou D. José Policarpo, salientando que “os erros são para corrigir, as pessoas para converter” e que “a Igreja será sempre o lugar da conversão e do perdão”. “E ele próprio já nos lembrou dois aspetos centrais: Deus perdoa amando; só não se abre ao perdão quem recusa o amor. E Deus perdoa sempre; nós é que podemos cansar-nos de lhe pedir perdão”, acentuou. “Estejamos abertos às exigências da surpresa. Também nas nossas estruturas diocesanas há muito que mudar, à luz dessa prioridade pastoral da Igreja”, garantiu o presidente da CEP.

 

Exigência pascal

Na sua intervenção, em Fátima, D. José Policarpo falou também da Páscoa. “A Ressurreição de Cristo, plenitude da Encarnação e da História da Salvação é a grande surpresa de Deus, que traz um sentido e uma exigência nova a toda a vida humana. Não podemos fechar-nos a essa novidade ao analisarmos a vida e missão da Igreja”, manifestou, sublinhando depois dois aspetos da exigência pascal: “O sentido do nosso presente histórico é a eternidade, o santuário celeste” e “a coragem de assumir todas as realidades criadas, ao ritmo da plenitude de Cristo”.


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Bispos pedem medidas fiscais que ajudem as famílias

Os bispos portugueses pediram esta semana ao Governo “medidas fiscais” que promovam o emprego dos mais jovens e “facilitem a conciliação entre o trabalho e a vida familiar”. Numa Carta Pastoral, aprovada no decorrer da Assembleia Plenária que decorreu esta semana em Fátima, os bispos de Portugal alertam para o efeitos da “crise demográfica” no futuro do país, crise que é determinada por “uma mudança cultural” que faz prevalecer o “bem-estar” sobre a “generosidade”, referiu aos jornalistas o porta-voz da Conferência Episcopal, padre Manuel Morujão, citado pela Agência Ecclesia.

Segundo a nota pastoral, “o contributo decisivo para vencer a crise demográfica situa-se no plano da cultura e da mentalidade: há que superar o cansaço moral e a falta de confiança no futuro”, refere, frisando que “a vida é um dom que compensa todos os sacrifícios”. Em declarações à imprensa, ainda antes de ser conhecido o comunicado final desta Assembleia Plenária, o padre Morujão frisava que a situação do país está a colocar em causa a “satisfação de necessidades essenciais” para as famílias, como a da habitação.“A crise económica e social que o nosso país atravessa vem evidenciando a riqueza que representa a família: tem sido a solidariedade familiar, que se traduz em solidariedade entre gerações, em muitos casos, o primeiro e mais seguro apoio de quem se vê a braços com o desemprego ou a queda abrupta dos rendimentos”, adiantou.

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