Lisboa |
5ª Catequese Quaresmal
“A luz da fé aponta ao cristão os caminhos da santidade”
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O Cardeal-Patriarca de Lisboa recordou, no passado Domingo, que  ler a realidade à luz da fé “permite à Igreja verificar que na própria realidade humana, nos seus valores, nos seus anseios, está a germinar o Reino de Deus”. A afirmação surge na 5ª Catequese Quaresmal de D. José Policarpo, proferida no passado Domingo, 17 de março, na Sé Patriarcal, por D. Nuno Brás, Bispo Auxiliar de Lisboa.

 

Nesta catequese, com o título ‘A Fé é a luz que nos guia nos caminhos da vida e da história’, o Cardeal-Patriarca acentuou que, por esta leitura da realidade com a  luz da fé, a Igreja “pode discernir sinais do Reino”. “‘A fé ilumina todas as coisas com uma luz nova e faz-nos conhecer a vontade divina sobre a vocação integral do homem, e assim orienta a inteligência para soluções plenamente humanas’”, refere D. José Policarpo, citando a Constituição Apostólica Gaudium et Spes. Sublinhando, ainda, esta dimensão o Patriarca de Lisboa garante: “No seu diálogo com o mundo a Igreja  contribui, assim, para identificar as dimensões positivas da história contemporânea, que estão à altura da dignidade da pessoa humana”.

Neste sentido, e referindo-se à relação entre o tempo presente e a eternidade, sublinhou que “a luz da fé leva-nos a viver as realidades presentes com o coração aberto à esperança no mundo definitivo, na eternidade”, e por isso “a Igreja e os cristãos nunca podem ficar prisioneiros do tempo presente, porque a fé abre-os para o tempo definitivo”, justificou, acentuando que “é missão da Igreja introduzir na cultura e na consciência das pessoas esse horizonte de eternidade”.

 

A maior dignidade do homem

Na 5ª Catequese Quaresmal, proferida por D. Nuno Brás, Bispo Auxiliar, o Cardeal-Patriarca garantindo que “a nossa fé revela e conduz-nos nos caminhos da vida”, salientou o aspecto da liberdade humana como sendo a “maior dignidade do homem”. Neste contexto frisou que, “acreditar em Cristo é aceitar que Ele é, para nós, a luz que revela o sentido profundo da nossa existência e traça os caminhos para a construção de uma história humana que se aproxime progressivamente da verdade definitiva na humanidade que nos será dada e revelada nos novos céus e na nova terra”.

Num outro aspeto, D. José Policarpo recordou que a luz da fé “é a dimensão da vida sobrenatural da Igreja e de cada cristão que atravessa o magistério conciliar”, e que essa luz “guia todos os cristãos, na diversidade de carismas e ministérios, na fidelidade à missão para que o Senhor os escolheu”. “A luz da fé aponta ao cristão os caminhos da santidade”, acentua.

 

Luz da fé

Recorrendo a outro documento do Concílio Vaticano II, a Lumen Gentium, o Patriarca de Lisboa refere que é esta luz da fé “que conduz a Igreja no aprofundamento e fidelidade à fé recebida”. Nesse sentido observa que “penetrar mais profundamente na fé recebida e transpô-la para a vida é a vocação da Igreja à santidade e à missão e é a própria luz da fé que conduz a Igreja nesse aprofundamento existencial da fé”. Referindo-se ao ministério sacerdotal, D. José Policarpo aponta que “é esta luz que deve guiar os sacerdotes na compreensão dos dons que o seu ministério lhes confere e a compreenderem o modo de os aplicar para bem dos fiéis”.

Nesta Catequese Quaresmal e recorrendo, de novo, ao Concílio Vaticano II, o Patriarca de Lisboa refere-se, ainda, aos missionários. Sobre estes, salienta que a luz da fé ilumina-os “na compreensão da missão evangelizadora e no ardor com que a devem exercer”. No mesmo sentido  destaca a missão dos leigos no mundo. “Também quando se refere à missão dos leigos no mundo, o Concílio ensina que só a luz da fé leva ao conhecimento de Deus e de Jesus Cristo e a um discernimento correto sobre todas as realidades terrenas”.

texto e foto por Nuno Rosário Fernandes
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