Na Tua Palavra |
D. Nuno Brás
Solidariedade?
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Neste tempo de preparação para as celebrações do Natal – de preparação espiritual por parte de muitos, mas de igual aproveitamento comercial, surgem inevitáveis campanhas de solidariedade.

Não ponho em causa que muitas partam de uma genuína vontade de fazer bem e de ajudar de modo desinteressado aqueles que mais precisam, ao menos neste tempo, nesta quadra. Muitos assumem que não o podem fazer noutra época, e fazem agora um “esforço por serem bons”; outros redobram as tarefas que assumem durante todo o ano. Talvez, aos primeiros, não ficasse mal pensar se, verdadeiramente, não seria possível procurarem “ser bons” também durante todo o resto do ano…

Contudo, não posso deixar de desconfiar de muitas campanhas comerciais em que, a troco de algum dinheiro ou algum beneficio para uma instituição necessitada, os seus promotores retiram daí um lucro que, doutro modo, seria impossível obter. Do estilo: “se comprar x, damos uma parte para a instituição y”. A instituição y ficará a ganhar, é certo, mas muito mais ganham os que promovem a campanha. É a avidez comercial, que não hesita sequer em disfarçar-se de solidariedade para obter os seus fins.

Como tudo isso está bem longe daquilo que é o trabalho diário, constante, de tantos – nem tenho, sequer, a ousadia de lhes chamar “voluntários”, porque, de facto, encaram o seu trabalho não como uma “ocupação de tempos livres” mas como fruto de uma missão que lhes vem da fé – que, longe das publicidades comerciais, dos holofotes dos noticiários, na simplicidade do quotidiano, dão do que lhes falta e se dão a si mesmos, para minorar as dificuldades de quem necessita de ajuda!

E são tantos! Nos Centros Sociais Paroquiais, são um exército que, não apenas no Natal mas quotidianamente, dão, com a sua generosidade, não só os bens materiais como, sobretudo, o amor de Deus, a Caridade. Como isso está longe da simples solidariedade humana, para se transformar numa presença não só gratuita como, sobretudo, portadora da Graça de Deus! É essa a “Caridade verdadeira”, onde habita Deus; é esse o “agora” com que a II leitura da Missa do Galo marca a novidade da manifestação do amor de Deus em carne humana!

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