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A uma janela de Roma
“Há que respeitar os direitos fundamentais da pessoa migrante”
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Bento XVI encerrou o Sínodo dos Bispos de onde saem desafios à conversão, na mesma semana em que celebrou os 500 anos da pintura do tecto da Capela Sistina e publicou a mensagem para a Jornada Mundial do Migrante e Refugiado.

 

1. “O desafio da fé implica sempre realismo e conversão. Mas a nova evangelização é mais do que mera reacção aos problemas”, afirmou o arcebispo polaco Jozif Miichalik, na conferência de imprensa final do Sínodo sobre a Nova Evangelização realizado em Roma, durante o passado mês de Outubro. “O Sínodo  não foi convocado por haver secularização no mundo, por haver laicismo e tantos problemas, não! O sínodo trouxe um encorajamento à conversão, a uma auto-reflexão e coragem para se fazer uma análise da situação em que vivemos, uma análise corajosa, para não fugirmos à resposta”, referiu.  No mesmo encontro com os jornalistas, o Relator  do Sínodo, Cardeal Donald Wuerl, arcebispo de Washington sublinhou, ainda, a profunda unidade ao longo destas 3 semanas. “Um dos aspectos mais importantes do  Sínodo, é o sentido de unidade à volta do tema: olhar para a nova evangelização com um olhar positivo. Em especial na questão de como é que nós levamos a fé da Igreja, a fé de Jesus Cristo, a este mundo tão moderno, tão secular e tão complexo. Os trabalhos do Sínodo dos Bispos terminaram com a votação de 58 propostas entregues ao Papa com vista a uma futura exortação apostólica e a celebração da eucaristia presidida pelo Papa Bento XVI no passado Domingo, 28 de Outubro.


2. Bento XVI presidiu esta quarta-feira à celebração da oração de Vésperas na Capela Sistina para comemorar os 500 anos de inauguração do tecto pintado por Miguel Ângelo entre 1508 e 1512. Segundo o jornal do Vaticano 'Osservatore Romano a capela Sistina é visitada diariamente por cerca de 10 mil pessoas, de proveniências, culturas e religiões diversas. A decoração do espaço de 1100 metros quadrados da Capela Sistina foi confiada ao pintor, escultor e arquitecto italiano por pelo Papa Júlio II, entre 1503 e 1513, que assinalou o final da obra com o rito solene das vésperas de todos os Santos, há 500 anos.


3. 'Migrações: peregrinação de fé e de esperança' é o tema da Mensagem do Papa para a 99ª Jornada Mundial do Migrante e do Refugiado a celebrar no próximo ano. Na mensagem Bento XVI sublinha que, apesar do actual contexto de crise económica, há que respeitar sempre os direitos fundamentais da pessoa migrante e  exorta os Estados a não encerrarem hermeticamente as fronteiras, tentando  resolver pela raiz a praga do tráfico e da exploração das pessoas. Na Mensagem para o Dia do Migrante, a celebrado a 13 de janeiro de 2013, o Santo Padre sublinha o contributo que os migrantes podem dar tanto à sociedade como à vida eclesial dos países onde chegam. Por isso, adverte, se é verdade que cada Estado “tem o direito de regulamentar os fluxos migratórios”, em vista do bem comum, em todo o caso há que assegurar sempre “o respeito pela dignidade de cada pessoa humana”.


Na Mensagem para a Jornada Mundial do Migrante e do Refugiado o Papa refere, ainda, que não se pode esquecer a questão da imigração irregular, especialmente quando se configura como "trafico e exploração de pessoas" sobretudo mulheres e crianças. Tais factos, escreve, devem ser "decididamente condenados e punidos".

 

4. Foram apresentados na passada terça-feira, 29 de Outubro, em Roma dois livros sobre as relações entre o Benin e a Santa Sé. Na sessão de apresentação o Presidente do Pontifício Conselho Cor Unum,  Cardeal Robert Sarah, alertou para a necessidade de a  Igreja em África precisar “de seguir Cristo para poder estar de pé com dignidade”. Na apresentação dos dois livros, em francês, promovidos pela Embaixada do Benin junto da Santa Sé, 'O Benin e a Santa Sé' e 'O Papa Bento XVI no Benin',  foi realçado o facto de o Papa ter falado a todos os sectores da sociedade do país e da África em geral. O Cardeal Robert Sarah  chamou, ainda, a atenção para a crise económica espiritual e antropológica que atravessa o mundo de hoje e que não poupa a África e  sublinhou também as esperanças e os progressos deste continente, ao ponto de ser hoje meta de emigração para cidadãos de países europeus em dificuldades.

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