Missão |
Irmãs Discípulas do Divino Mestre
Ser pão abençoado, partido e partilhado para o mundo
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A irmã Maria Sónia Tereso, Irmã Discípula do Divino Mestre, foi recentemente eleita Superiora Delegada da congregação em Portugal. Na semana em que a Irlanda acolhe o Congresso Eucarístico Internacional, o Jornal VOZ DA VERDADE apresenta um sinal de missão de uma congregação que nasce e vive centrada na Eucaristia.

 

Sónia era jovem universitária, no curso de Matemática, e fazia o seu percurso de fé "caminhando, também, no Renovamento Carismático". Em determinado momento, surge a questão sobre o que Deus quereria para a sua vida. Pela participação em encontros de jovens das Irmãs Discípulas do Divino Mestre, em Camarate, esta jovem da paróquia da Bobadela, começou a sentir, “de forma cada vez mais intensa”, a necessidade de encontrar resposta à questão que a interpelava. "Depois de muita luta com o Mestre Divino, consegui dar, em 1996, o meu primeiro passo entrando na congregação como pré-postulante", conta esta religiosa ao Jornal VOZ DA VERDADE. O caminho de Sónia foi tornando-se cada vez mais sério, dando os passos sucessivos na sua formação. Este percurso, feito de "muitos 'sims'”, veio a culminar naquele que considera ser "o grande ‘sim’", dado de forma pública, em 15 de Julho de 2001, quando fez a primeira profissão religiosa. Em 2008, a irmã Maria Sónia Tereso professou, então, os votos perpétuos, na sua paróquia de origem, Bobadela.

 

A Eucaristia no centro

Na história da sua vocação, a experiência que fez de adoração eucarística é um elemento que considera de grande importância. "Desde os primeiros encontros que sempre me senti aqui bem. Fui ficando e fui percebendo que Deus me chamava a esta congregação".

As Irmãs Discípulas do Divino Mestre assumem um tríplice carisma: eucarístico, sacerdotal e litúrgico. "No centro está a Eucaristia", refere a irmã Maria Sónia, contando que esta congregação é parte de "uma grande família, a Família Paulista". Fundada em 1914, pelo Beato padre Tiago Alberione, esta família de dez institutos, "tem no centro a Eucaristia”. “Foi da Eucaristia celebrada na passagem do século (XIX-XX), seguida de quatro horas de adoração, que o fundador compreendeu que Deus lhe pedia algo. Esse algo veio a concretizar-se na Família Paulista que está prestes a celebrar o seu centenário de fundação”, explica. "Por isso, a nossa missão eucarística, da qual brota tudo o resto que fazemos, é o centro da nossa vida e do nosso dia-a-dia".

 

A adoração é missão

Do quotidiano das comunidades religiosas das Irmãs Discípulas faz parte a adoração eucarística perpétua. "Para nós a adoração não é apenas um momento de oração", assinala a irmã Maria Sónia, destacando que para a congregação "a adoração é missão". "À adoração nós levamos a humanidade, levamos a Família Paulista, levamos o Papa, a Igreja, as necessidades de todas as pessoas que nos pedem oração. Mas, no contacto directo que fazemos com as pessoas, nas comunidades por onde passamos, levamos também Jesus. Há o ir junto de Jesus, para poder levar Jesus”.

 

Missão sacerdotal e litúrgica

Para além da missão eucarística, as Discípulas do Divino Mestre assumem também um carisma sacerdotal e litúrgico. "Na dimensão sacerdotal, em primeiro lugar, somos chamadas a viver o nosso sacerdócio de entrega e oferta da nossa vida, no nosso dia-a-dia. Mas, de momento, em Portugal, esta missão também se revê na oração pelos sacerdotes em todas as fases da sua vida. Enquanto seminaristas, enquanto sacerdotes na sua vida activa, mas também quando já são de mais idade, e até mesmo depois da sua morte”.

Na dimensão litúrgica, a congregação procura "ajudar o povo de Deus a rezar e a celebrar na beleza". "Aqui temos toda a dimensão da arte ao serviço da evangelização. Da liturgia, da arquitectura, da pintura e da música... e do bordado também", observa a irmã Maria Sónia. "Procuramos ajudar a que, através de uma oração bem preparada e bem celebrada, se possa chegar até Jesus. É importante saber preparar bem um vaso de flores, assim como é importante saber fazer bem uma leitura para conseguir levar as pessoas até Jesus".

Segundo esta irmã há, cada vez mais, a procura de momentos de encontro com Deus mesmo nas paróquias. "Começa-se a valorizar cada vez mais a adoração eucarística, e as paróquias cada vez mais promovem esses tempos", releva a nova superiora das Irmãs Discípulas em Portugal. “A Eucaristia adorada ajuda-nos a conformar, a buscar os sentimentos de Jesus para os podemos encarnar na nossa própria vida”, salienta.

 

Pão abençoado, partido e partilhado

Diante deste novo desafio que agora a irmã Maria Sónia assume, a prioridade da congregação está no "tornar-se pão abençoado, partido e partilhado para a vida do mundo". Este foi o lema do último Capítulo Geral da congregação, realizado em 2011 e, segundo esta irmã de 39 anos, é o que, na sua missão, a congregação procura ser. "Foi isso que a congregação assumiu e é isso que vamos procurar ser na Igreja em Portugal: ser como Cristo, este pão abençoado, partido e partilhado para a vida do mundo".

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