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Colocar em primeiro lugar a educação para o amor e viver a família como um projecto de vida de pessoas que se reconhecem queridas e amadas por Deus foi um tópico que contribuiu para a reflexão das Jornadas Nacionais de Pastoral Familiar, onde a Diocese de Lisboa esteve presente.

Outro encontro se aproxima e carece de uma preparação prévia por parte de todas as paróquias, comunidades e movimentos: o VII Encontro Mundial das Famílias, em Milão. E as catequeses Preparatórias estão já publicadas para serem trabalhadas com entusiasmo, envolvendo mesmo os mais afastados da Igreja.  


As Jornadas Nacionais de Pastoral Familiar

No final do passado mês de Outubro, reuniram-se em Fátima várias famílias de todo o país, a propósito das habituais Jornadas Nacionais de Pastoral Familiar, organizadas pelo Departamento Nacional de Pastoral Familiar e cujo tema era Família: Compromisso na Verdade.

Mais de 200 participantes, representativos de praticamente todas as dioceses do país, participaram, com vivo interesse, na abordagem de vários temas que foram apresentados, em programas específicos para adultos e para cerca de 30 crianças.

Depois da reflexão proposta no ano passado sobre a procura do essencial da mensagem cristã nos planos individual e familiar, o tema deste ano foi um desafio a viver essa Verdade.

Tratou-se, portanto, de um contributo e de um estímulo para construirmos um projecto de vida como pessoas que se reconhecem queridas e amadas por Deus, e descobrir nesse projecto o caminho de felicidade que verdadeiramente nos realiza no plano pessoal e familiar. “Senhor, aonde iremos, se só Tu tens palavras de vida eterna?”

As boas vindas ocorreram na sexta-feira, 28 de Outubro, com uma sessão introdutória de partilha e convívio, a seguir ao jantar, com a interpelação sobre o que cada um trazia para aquele encontro.

No sábado, D. Serafim, Bispo Emérito de Fátima, saudou os presentes, apresentando uma mensagem da Comissão Episcopal para o Laicado e Família, de que destacamos dois pontos:

- A Família está em mudança, não em crise, porque a crise da sociedade está na ausência de Deus. Hoje há outros desafios, outras riquezas e outras belezas que é preciso reconhecer.

- A importância da oração em família. Há que apostar na ‘vitamina da oração’, porque uma família que reza é uma família mais forte.

Um momento de grande interesse foi a reflexão interpelativa de Eduardo Sá sobre o tema ‘Como cativar para os valores da família hoje’ e que chamou a atenção para as seguintes situações:

- Vivemos, há muito, deslumbrados com aquilo a que chamamos ‘sociedade de conhecimento’ e acabamos por perder de vista o conhecimento que se transmite no seio familiar e o sentido de humanidade.

- Na vida, errar é aprender; chamou a atenção para a necessidade de sabermos lidar com as nossas limitações e fracassos que, ao mesmo tempo, nos ajudam a crescer.

- Pais que namoram são pais que casam todos os dias. Quem não partilha o que sente torna-se deprimido e infeliz.

- Colocar em primeiro lugar a educação para o amor.

Outros oradores e outras abordagens foram feitas, com destaque para a conferência de D. Ilídio Leandro, Bispo de Viseu, que abordou o tema ‘Responsabilidade e Compromisso’.

Por tudo isto, estes encontros anuais das Jornadas Nacionais de Pastoral Familiar são, de facto, um desafio que o Senhor nos lança, para solidificar os alicerces da nossa vida, para rever os nossos critérios, para descobrir o sonho de Deus a respeito de cada um de nós.

Não podemos ficar indiferentes a este acontecimento e desafiamos os casais/ famílias mais envolvidos numa dinâmica de Pastoral Familiar paroquial a fazerem-se presentes nas próximas Jornadas, em Outubro de 2012.   

 

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VII Encontro Mundial das Famílias (I)

O trabalho e a festa estão intimamente ligados à vida das famílias: condicionam as suas escolhas, influenciam os relacionamentos entre os cônjuges e entre os pais e os filhos. O tema A FAMÍLIA: O TRABALHO E A FESTA foi, então, escolhido para o próximo Encontro Mundial das Famílias, a ter lugar em Milão de 30 de Maio a 03 de Junho.

No seguimento dos mais recentes encontros mundiais, em Valência, em 2006, e México, em 2009, Milão será o local que atrairá famílias de todo o mundo e agentes da pastoral empenhados na causa da família.

As palavras “família, trabalho e festa” formam um trinómio que parte da família para a abrir ao mundo: o trabalho e a festa são formas como a família vive o ‘espaço’ social e o ‘tempo’ humano.

Estão, agora, à nossa disposição as catequeses preparatórias deste Encontro, as quais tentam desfazer o nó do tema da tensão entre família e sociedade. A família tende a viver o seu próprio mundo na esfera privada e a sociedade pensa-se e projecta-se como um conjunto de indivíduos.

À vida civil custa levar em conta os vínculos sociais que a precedem, e empurra a família para seu regime de segregação, enquanto que a experiência familiar vive a fragilidade e é particularmente vulnerável aos processos sociais, em particular os que incidem na vida quotidiana, como o trabalho e o tempo livre. Portanto, as catequeses partem da vida quotidiana para a abrir ao mundo.

Estas catequeses podem servir de guia à Diocese de Lisboa para o envolvimento de muitas famílias com menor ligação à Igreja e transformarem-se assim num ponto de referência que seja útil, não só para as iniciativas de Pastoral Familiar paroquial, mas ainda para uma maior consciência de todos sobre a relação da família com a sociedade em geral e com a Igreja.

É necessário efectuar um grande trabalho de comunicação para que estas 10 catequeses sejam aproveitadas, em cada Comunidade e em cada Movimento, para uma boa preparação dos trabalhos que se irão desenvolver em Milão.

O Setor da Pastoral Familiar do Patriarcado de Lisboa está já em campo em cada vigararia, com agendamentos de encontros que promovam o interesse e a metodologia de trabalho com estas Catequeses Preparatórias do VII Encontro Mundial das Famílias. E todos estamos envolvidos, porque mesmo não estando presentes fisicamente em Milão, estaremos em espírito com todas as delegações mundiais que ali irão reflectir e debater questões da família e do trabalho, que são dádivas e bênçãos de Deus para nos ajudar a viver uma existência plenamente humana (cf. Gn 1-2).

 

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Catequese doméstica: Crer em Deus

Todos nós procuramos um sinal de Deus e não invariavelmente dizemos “Graças a Deus”, sem nos darmos conta do verdadeiro sentido destas palavras. Deus Pai Todo-Poderoso e Criador do Céu e da Terra quer ser Alguém em quem nós acreditemos e em quem nós possamos por toda a nossa confiança.

Devemos ter presente que a criação, como dom de Deus, é um ponto comum para todos nós. A criação como grande dom de Deus do qual vivemos, no qual Ele se revela na sua bondade e grandeza.

Ao criar o mundo, Deus confere-lhe leis próprias e uma harmonia interna, de modo que o acreditar em Deus jamais entrará em contradição com a ciência. Afinal, o facto de podermos perceber que a ciência nos permite conhecer melhor o funcionamento do mundo não nos impede de tentar saber e querer conhecer quem o criou.

“Deus, vendo toda a sua obra, considerou-a muito boa” (Gn 1, 31). Com a criação do ser humano, Deus deu-nos a possibilidade de usufruirmos da sua obra; de dominarmos a terra e nela fazermos o nosso ninho de felicidade. O homem é um ser único, possuidor de um património individual riquíssimo, cada um diferente do outro pelas suas características genéticas e culturais. Aliás, somos diferentes e insubstituíveis face ao resto do universo.

A Fé diz-nos: Deus existe, Deus é bom, eterna é a sua misericórdia. E assim a Fé abre-nos a estrada para o futuro, mesmo na escuridão de um dia, de um período difícil: é luz e estrela que nos guia.

"Na nossa angústia, recordou-se de nós, porque o seu amor é para sempre; libertou-nos dos nossos adversários, porque o seu amor é para sempre" (Salmo 136,vv. 23-24).

Entretanto, tal como é verdade que o Senhor faz existir todas as coisas agora, também é agora que o Senhor Deus nos faz existir a cada um de nós enquanto ser único: masculino ou feminino, em que Ele pretende manifestar a sua alegria. Assim se justifica a afirmação de Santo Agostinho “Deus é-me mais íntimo que eu próprio”. Deus conhece cada um, no seu íntimo, melhor do que nós mesmos, pois pensou em cada um, elegendo-nos desde sempre, apesar das circunstâncias da nossa vida e das nossas próprias acções. 

Deus criou-nos com o poder de designarmos as coisas, ou seja, temos pela inteligência a capacidade de conhecer a realidade. E assim, pela liberdade, temos a capacidade de escolher e de amar. Deus não nos criou como escravos a quem se obrigue a cumprir a sua vontade. Deus é amor e quere-nos para sermos imagem desse amor.

Com a nossa capacidade de conhecermos e amarmos, Deus constitui-nos seus filhos adoptivos e espera de cada um de nós uma resposta ao seu amor. Já S. Paulo nos orienta para este mistério ao dirigir-se aos Filipenses “Irmãos: Não vos inquieteis com coisa alguma. Mas em todas as circunstâncias apresentai os vossos pedidos diante de Deus, com orações, súplicas e acções de graças” (Fl 4, 6).

 

Com esta coluna de Catequese Doméstica pretendemos dar algumas pistas de reflexão para estimular e intensificar a participação das famílias na evangelização e na catequização dos seus membros. Sejamos pois anunciadores com alegria do dom da vida divina ao homem, como o núcleo da vida cristã.

texto pelo Sector da Pastoral Familiar do Patriarcado de Lisboa
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