Juventude |
Encontro reuniu 150 jovens
Nota final do Fórum Geração Rise Up
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Ouvir os jovens! Este foi o primeiro objetivo do Patriarca de Lisboa, que esteve no Fórum Geração Rise Up, entre 8 e 10 de dezembro, em Fátima, com jovens representantes de todas as realidades da diocese. Resultante do trabalho conjunto dos serviços do Patriarcado que acompanham os jovens, foi a primeira vez que uma iniciativa deste género teve lugar, e marca uma nova forma – e mais sinodal – de pensar a missão da Igreja e construir o futuro.

«Quisemos responder à pergunta que D. Rui Valério deixou aos jovens no fim da JMJ, quando questionou: “para onde quer Cristo que caminhe a sua Igreja de Lisboa?”» – recorda João Clemente, diretor do Serviço da Juventude do Patriarcado, para quem a renovação da vida da Igreja tem nos jovens o seu ponto de partida.

Durante o fim de semana, os cerca de 150 jovens que ali se reuniram foram convidados a rezar e refletir sobre sete temas fundamentais, escolhidos a partir de propostas enviadas previamente: vivência da fé, projeto de vida, agir no mundo, evangelização, periferias, acolher e acompanhar, e organização da Igreja.

Utilizando a metodologia do Diálogo no Espírito, implementada pelo Papa Francisco nas dinâmicas sinodais em toda a Igreja, os jovens foram discernindo e traçando as prioridades que a Igreja em Lisboa deve abraçar, tendo levado à votação final 53 formulações, sendo as mais votadas 12 (6 propostas e 6 considerações).

 

A equipa organizadora está neste momento a redigir o relatório final com as conclusões. Este documento será apresentado, a partir de janeiro, aos diferentes órgãos da diocese, no sentido de serem definidas prioridades pastorais para os próximos anos.

 

Considerações

a) Incentivar os jovens a procurar acompanhamento espiritual e vocacional e fomentar o acompanhamento personalizado, que possa ser protagonizado não apenas pelos padres, mas também por outras pessoas devidamente formadas.

b) Envolver e responsabilizar os jovens nas atividades paroquiais e integrá-los nas estruturas diocesanas, para promover a sua aprendizagem e protagonismo e envolver os jovens nos conselhos pastorais e promover que os mesmos sejam lugares onde efetivamente se discutem as opções pastorais, por exemplo utilizando o método de diálogo no espírito.

c) Promover o trabalho em rede a nível paroquial, vicarial, diocesano e com movimentos, aproveitando, também, as ligações criadas com a Jornada Mundial da Juventude.

d) Fomentar a cooperação entre a Igreja, as autarquias e demais associações da sociedade civil, bem como o envolvimento dos jovens em projetos de voluntariado e serviço à comunidade.

e) Promover o hábito de avaliar as atividades organizadas, procurando perceber se foram realmente cativantes para os jovens, se lhes fizeram sentido e se cumpriram o seu propósito.

f) Descentralizar as atividades diocesanas para promover o conhecimento de todas as realidades do Patriarcado e aproximar da vida diocesana aqueles que estão mais distantes.

 

Propostas

a) Criar um Centro Juvenil central e aberto a todos, com oportunidades de partilha, acompanhamento, oração, e utilização dos espaços para estudo, convívio, e outras reuniões.

b) Criação de um Gabinete de Comunicação do Patriarcado em que a comunicação externa ambicione a excelência, seja profissional, simples, verídica, feita por pessoas remuneradas que trabalhem de forma comprometida e dedicada. Neste contexto, propõe-se a aposta na gestão criativa das redes sociais, na gestão das crises, no desenvolvimento de um podcast e na promoção de influenciadores católicos.

c) Oferecer formação ao nível de teologia, espiritualidade, competências humanas, liderança e animação aos agentes pastorais para o acompanhamento de jovens nas suas realidades e formar leigos para assumirem responsabilidades nas diferentes pastorais. Formar padres e consagrados em ciências da organização, gestão e ciências sociais.

d) Desenvolver iniciativas missionárias na diocese e dar continuidade ao Gesto Missionário que aconteceu no contexto de preparação da JMJ Lisboa 2023.

e) Criar e divulgar uma plataforma digital onde os interessados pelo cuidado das diferentes periferias se possam inscrever como voluntários e informar-se sobre os grupos que dedicam a este serviço.

f) Fortificar a Pastoral das pessoas com deficiência através de recursos físicos e com a preocupação em que haja acessibilidade para todas as pessoas em todas as paróquias.

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