DOMINGO XXVI DO TEMPO COMUM Ano A
“Os publicanos e as mulheres de má vida
irão diante de vós para o reino de Deus.”
Mt 21, 32
As crianças mais pequeninas aprendem cedo a dizer: “Não!” É tão engraçado ver como se empertigam na sua pequenez e desafiam o desejo dos adultos. “Estão a afirmar-se”, dizem os crescidos, e têm razão. Estão, pelo menos, a não aceitar à primeira uma vontade qualquer exterior que ainda as não motivou por dentro. Gosto muito de ver estas situações que, quase sempre, acabam por desesperar os adultos apressados e pouco pacientes com este espírito de contradição.
Onde é que Jesus foi buscar tanta coragem para dizer aos “mais importantes” de Israel, aos “mais próximos” de Deus, que os cobradores de impostos e as prostitutas iriam à sua frente para o Reino? Como podia sustentar-se uma religião que não tivesse os seus campeões e heróis, os cumpridores da lei, por oposição àqueles cuja vida nem merecia ser referida? Mas como Deus é o único que vê os corações, vê também os gestos de verdadeiro amor que não precisam de publicidade. Inverte as lógicas humanas e religiosas, mais dispostas a colocar limites do que a maravilhar-se. Aponta como exemplo aqueles que não dizem, mas fazem, que não prometem, mas cumprem, que não procuram glórias, mas se alegram com o bem realizado!
Diante da auto-suficiência e especialização para condenar a que a religião judaica tinha chegado, Jesus contrapõe a possibilidade de mudança, a porta sempre aberta da vida. Assim, o irmão que, verdadeiramente, cumpre a vontade do Pai não é aquele que diz, mas aquele que faz. De que vale viver a fé como uma realidade formatada, uma lista de coisas a cumprir, num receio constante de falhar? Como poderá experimentar alegria e encanto no caminho que faz com Jesus? Porque há a verdade de quem acredita e cumpre
“porque está dito” ou valoriza constantemente a aparência, mas também a verdade de quem tem dúvidas e ama (ainda que imperfeitamente, e, à custa disso, experimentando derrotas).
Do dizer ao fazer vai um caminho de conversão. É preciso deixarmos de ser o centro e de procurar o mais fácil ou o agrado da maioria. A maior parte das vezes não é preciso dizer nada: basta fazer! E porque as vidas podem parecer-se com as videiras, é costume dizer-se: “muita parra, pouca uva”! De que qualidade são as uvas que produzimos? Trabalhamos para dar um bom vinho?
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