Pela sua Saúde |
Boletim médico #20
Como prevenir doenças digestivas?
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Um em cada três portugueses sofre de doenças do aparelho digestivo, sendo uma das causas de morte mais relevantes em Portugal. De acordo com um estudo realizado em 2021 pela Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia, a maioria dos inquiridos revela ter cuidado com a sua saúde digestiva, mas apenas 29% consultaram um especialista. Torna-se, por isso, premente sensibilizar a população para a prevenção e a importância do diagnóstico precoce das doenças digestivas. O acompanhamento médico regular e a realização atempada de exames de diagnóstico são fundamentais para detetar doenças numa fase inicial e evitar consequências mais graves para a saúde.

São diversos os sinais, sintomas e fatores a que se deve estar atento, destacando-se: dificuldade em deglutir alimentos, dor de estômago ou abdominal persistentes, enfartamento, azia, alteração dos hábitos intestinais ou perda de sangue. Na presença destas alterações é fundamental procurar um especialista em Gastrenterologia, para que seja possível clarificar a situação através da realização de análises e exames e, se necessário, estabelecer um plano de seguimento.

A colonoscopia e endoscopia são os exames mais comuns para acompanhamento da saúde digestiva e devem ser realizados sempre que existam sintomas como os descritos anteriormente. A realização destes exames também pode acontecer do ponto de vista preventivo, tanto mais que a alta incidência de cancro colorretal é justificação para a existência de um plano de rastreio desta doença, nomeadamente após os 50 anos. Nestes casos, mesmo na ausência de sintomas, é aconselhada a realização da colonoscopia, já que é o único método capaz de detetar e extrair os pólipos do intestino que, quando deixados sem vigilância, podem evoluir para cancro. No caso da endoscopia digestiva alta, apesar de não existir uma estratégia universal de rastreio, estudos recentes apontam para a utilidade da sua realização sempre que seja realizada a colonoscopia, especialmente em países de risco como é o caso de Portugal.

É igualmente pertinente esclarecer que estes são exames seguros, pelo que não deve haver receio e podem ser realizados com anestesia para um maior conforto do doente. Atualmente existem equipamentos de última geração que permitem o diagnóstico e/ou tratamento das mais diversas patologias na área da Gastrenterologia de uma forma cada vez menos invasiva.

Nunca é demais relembrar que é primordial cuidarmos da nossa saúde digestiva e que o diagnóstico rápido e o tratamento atempado são pedras basilares para o alcance do sucesso de qualquer tratamento.

 

João Fernandes
Coordenador de Gastroenterologia no Hospital CUF Viseu e Hospital CUF Coimbra

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