Família |
Exortação Apostólica ‘Amoris laetitia’ - Capítulo IX
“Ser família é ser de Deus, aprender a partilhar e dar a vida com paixão”
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Hoje apresentamos o último texto referente ao Cap. IX – Espiritualidade Conjugal e Familiar – da Exortação Apostólica ‘Amoris laetitia’, escrita pelo Papa Francisco. Este foi um ano muito rico, cheio de testemunhos de famílias que vivem ‘coladas’ a Cristo. Desejamos que tenha sido de ajuda para muitos.

 

Olá! Somos o Nuno Pato e a Carla Santos, temos 47 anos, 2 filhos, o Lucas, com 17 anos, e a Maria, com 14 anos, estamos casados desde setembro de 2001 e somos uma família feliz! Mas já lá vamos à nossa felicidade, pois importa situar-vos face ao convite que nos foi feito.

O P. Rui Pedro, nosso amigo há mais de uma década, assistente da nossa Equipa de Casais de Nossa Senhora, telefonou-nos e perguntou-nos se gostaríamos de escrever um artigo a dar testemunho da nossa vida de casal. Ora, um convite vindo do P. Rui não se recusa, até porque a sua simplicidade, profundidade e assertividade rapidamente nos desarma e envolve.

E claro está… a nossa resposta foi…. Sim!!!

Verdade seja dita que quando percebemos que eramos chamados a testemunhar a nossa Espiritualidade Conjugal e Familiar, tendo por base a Exortação Apostólica Pós-Sinodal ‘Amoris laetitia’, do Santo Padre Francisco, a coisa complicou-se, não porque seja diferente do que nos foi pedido pelo nosso amigo, mas porque a linguagem e a terminologia, tantas vezes bonita e elaborada tem, ou pode ter, este efeito perverso de que estes temas não são para nós, mas sim para os mais eruditos, especialistas, entendidos, estudiosos, bíblicos, o que lhes queiramos chamar.

Mas lá está, porque somos crentes, neste Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo, siga com alegria e testemunhemos, ao nosso jeito, o que nos vai na alma.

Para nós…

Ser família é viver um amor que assume diferentes caminhos, lutas, sofrimentos, alegrias, partilhas, num respeito profundo pelo outro;

… é ser de Deus, no círculo mais restrito da família nuclear (nas rotinas do dia-a-dia, nas brigas do Lucas e da Maria, nas discussões e desentendimentos das coisas mais banais, nas partilhas das pequenas conquistas do trabalho, da escola, da vida), no círculo da família mais alargada (na atenção e no cuidado ao outro) e no círculo de amigos (família que, não sendo de sangue, é de vida, de partilha das alegrias e suporte nas tristezas, de choros e de risos);

… aprender a partilhar, como casal, somos um do outro, mas não nos pertencemos, fizemos a opção de envelhecermos juntos sem que isso nos torne velhos, não nos acomodamos, mas antes pelo contrário, dia após dia procuramos encontrar no outro um novo motivo para o amar ainda mais. Como família, somos uns dos outros, sem nos pertencermos, sem nos impormos, sem nos atropelarmos, sem nos julgarmos, mas apoiando-nos e incentivando-nos a sermos melhores pessoas. Como amigos, somos nós, na nossa simplicidade, humildade, com os nossos defeitos e virtudes, com as nossas capacidades e limitações de seres imperfeitos que procuramos o melhor, mas que nem sempre o fazemos da forma mais correta.

dar a vida com paixão, na nossa entrega dedicada nos diferentes compromissos familiares (trabalho, escola, desportos, escuteiros, grupo de jovens, equipas de Nossa Senhora), nos diferentes compromissos sociais que assumimos (na música, nas artes, no acolhimento dos que nos procuram, para desabafar, conversar ou simplesmente rir e chorar) e nas surpresas que Deus nos faz… e que são tantas!!!

 

Como casal e em família, sabemos que:

Há lugares onde nunca iremos

E pessoas com quem não cruzaremos

Há segredos que nunca contaremos

E momentos que jamais esqueceremos

Há palavras que guardamos no coração

E olhares que no sim nos dizem não

Há sorrisos que nos fazem sonhar

E outros há, que não nos deixam chorar

 

No mais íntimo de cada um de nós e na nossa relação com os outros, sabemos que:

À distância de um abraço

Ergue-se o medo de um não

À distância de um sorriso

Temos o amor ou a solidão

Temos a vida, ou o que dela restou

Temos a sorte, ou que contruímos

Tens em mim aquilo que sou

Tenho-te a ti, porque não desistimos

 

Na nossa relação conjugal e familiar com Deus, temos a certeza que:

Há lugares encantados

Outros abençoados

Há um lugar para ti e para mim

Há um lugar para todos nós

Só temos de dizer Sim

texto por Patos&Ca (Nuno, Carla, Lucas e Maria)
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