Editorial |
P. Nuno Rosário Fernandes
Correr para a santidade
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Hoje em dia a nossa vida é feita de muitas corridas. Corremos desde crianças para chegar ao colo do pai ou da mãe, do avô ou da avó; corremos para apanhar aquele baloiço livre, e assim sentirmo-nos voar, num vai e vem de liberdade segura; corremos para apanhar aquele transporte que nos leva onde é preciso; corremos para sermos os primeiros a chegar à fila daquela promoção especial ou daquele novo produto tão desejado; corremos para chegar cedo ao trabalho; corremos para conseguir fazer tudo o que precisamos em dado momento e, assim, cumprirmos as nossas obrigações, os nossos deveres, as nossas missões; corremos para manter a forma física de um corpo muitas vezes sedentário ou apenas por prazer, por competição, por solidariedade ou por necessidade; corremos para alcançar uma carreira profissional, na ambição de chegar longe e ser destacado no mundo; corremos...

São muitas as nossas ‘correrias’ e, certamente, as motivações pelas quais as fazemos, mas há uma corrida que nos deveria importar mais, não por que nos afete negativamente, mas porque será aquela que nos fará alcançar o maior prémio: a corrida para a santidade.

Neste dia 1 de novembro, a Igreja celebra a Solenidade de Todos os Santos, e nele são recordados todos aqueles que procuraram viver a sua vida em santidade, no anonimato, longe da ribalta, do destaque, dos elogios humanos, mas na proximidade e intimidade com Deus, em cada dia.

São os santos de cada dia, que não fazem parte do calendário, nem têm os seus nomes registados em livros, as suas faces em símbolos de memória, ou grandes histórias de vida transportadas para o cinema; mas são aqueles santos que tantas vezes podem conviver connosco e que na sua simplicidade e humildade testemunham o seu Baptismo com a vida quotidiana. Porque é nessa que somos chamados a viver o primeiro sacramento que recebemos como a corrida que nos fará alcançar o prémio maior que só Deus nos pode dar. Sabemos que essa pode ser muitas vezes uma corrida numa pista com muitos obstáculos, barreiras, curvas apertadas e, por vezes, até buracos que nos podem fazer cair, mas é uma corrida onde sempre nos é dada a oportunidade de levantar e continuar a correr, porque temos toda a vida para poder chegar à Meta.

 

Editorial, pelo P. Nuno Rosário Fernandes, diretor

p.nunorfernandes@patriarcado-lisboa.pt

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