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Isilda Pegado
O “instrumento dos demónios” de um ex-ministro e a Eutanásia
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1 – Foram divulgadas pela SIC as escutas telefónicas entre dois ex-governantes. Do muito que foi ouvido, ficamos a saber que a 23 de Abril de 2014 um ex-ministro pede ao então Primeiro Ministro que, junto de Lula da Silva (que viria a Portugal nesse dia) encontre um financiador brasileiro para:

“Criar um programa para as elites, na Universidade de Columbia nos Estados Unidos”… que constava de “um curso, de uma ou duas semanas, para lavagem ao cérebro, para formatar as ideias de uma certa elite – empresários, jornalistas seniores ou intelectuais”. Seria “um instrumento dos demónios para patrocinadores convidarem os amigos que quisessem influenciar”.

O jornalista que faz a locução da peça de telejornal termina dizendo “não se sabe se o curso chegou ou não a ir para a frente” - https://goo.gl/HNdBA9.

2 – Muitas vezes nos questionamos se haverá uma certa “elite” que parece ignorar a realidade e apenas se posiciona em função das ideologias. As quais não têm “dono” nem “rosto” (ideologia de género, aborto, educação sexual, barrigas de aluguer e eutanásia). Tais ideologias encontram quem as defenda em diferentes sectores políticos. E têm adesão de “empresários, jornalistas seniores e intelectuais” que por sua vez, influenciam muito a forma de pensar da sociedade em que vivemos. Isto é, ditam o “politicamente correcto”, a que facilmente adere quem está menos atento.

3 – Se alguém nos dissesse que existiam, ou se pensava sequer fazer, cursos numa Universidade Americana para “lavagem ao cérebro” das elites portuguesas, brasileiras ou angolanas, diríamos – “impossível”. Mas pelos vistos há mesmo quem pense nisso… Desconhecemos os conteúdos desses cursos. No entanto, muitas vezes nos questionamos porque há uma elite que não desiste de oferecer e implementar a “cultura da morte”.

4 – Essa “elite” tem uma característica em comum – nega a própria condição do Homem e adere facilmente a uma falsa liberdade, que torna o homem escravo das suas fraquezas ou ilusões. O individualismo impera, e as teses são apresentadas com grandes discursos, pensamentos, etc., a que facilmente se adere.

5 – Mete medo, pensar sequer que alguém vai financiar “cursos para lavagem ao cérebro das elites”. No tempo dos Direitos Humanos, da Liberdade, da Democracia, o Poder quer controlar o Povo com estes “cursos para elites”?

O Povo não pode deixar de abrir os olhos. É o futuro que está em causa. Não podemos pactuar com ideologias da morte, do descarte, da falta de solidariedade.

6 – Está anunciado para o dia 29 de Maio o debate sobre a Eutanásia no Parlamento. Como se pode admitir que um Estado possa matar os mais carenciados? Pode o Estado exigir aos médicos que “assistam ao suicídio” dos mais fracos e vulneráveis? Como aceitar que sejamos todos confrontados com um “dever” de pedir para ser morto, quando formos “um peso” para os nossos filhos, ou outros familiares e já não tivermos saúde? A liberdade é na Vida ou na morte?

7 – Se há “elites” (muitos deputados, pessoas da Comunicação Social e agentes económicos) que nos empurram para uma sociedade da morte e do medo, temos o dever ético e moral de dizer não e exigir que a Dignidade de todas as pessoas seja sempre respeitada. As pessoas não se abatem como os animais. A cada homem, a cada mulher, é dada a sua hora de morrer. Como tantas outras circunstâncias na vida, nos são dadas.

Vamos sair à rua. Vamos fazer ouvir a nossa voz contra a cultura da morte – contra a Eutanásia. Não queremos ser abatidos, nem ver à nossa volta o medo e a dor que tal prática traz consigo.

No dia 29 de Maio (13h30m), à frente do Parlamento, vamos dizer Não à Eutanásia.