Editorial |
P. Nuno Rosário Fernandes
Amar com autoridade
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Num lugar de veraneio e descanso, uma família com crianças está sentada à volta de uma mesa, ao ar livre, rodeada por tantas outras famílias. O ambiente podia ser sereno, acolhedor, tranquilizador. Porém, a descontração das férias e a liberdade proporcionada pela natureza envolvente levam, por vezes, a determinadas liberdades. Talvez como quem pense que vive sozinho no mundo, sem ninguém à sua volta, utiliza-se uma verborreia grosseira e carroceira no diálogo familiar que faz chamar a atenção de quem se encontra na proximidade. Como referi, era uma família com crianças, e daí o espanto de quem ali estava. Não se trata de julgamento ou de crítica, mas de uma observação de um comportamento que, se tido em casa, não será o mais educador, verificado em espaço público torna-se perturbador e preocupante.

Bem sei que os valores da educação de hoje já não são os mesmos de há alguns anos atrás, mas quando se tem a missão de educar ou alguma outra que implique exercer autoridade, é preciso saber o que essa significa, porque autoridade não é autoritarismo e não pode levar à falta de respeito. 

Por vezes, os exemplos que nos chegam de quem tem a missão específica de exercer autoridade também não são os mais respeitosos e exemplares – e esses chegam-nos de todos os quadrantes da sociedade. Por isso, se queremos educar é preciso ser educador com a autoridade que passa por ser coerente com o que se diz, pede ou determina, manifestando sempre o respeito pela dignidade do outro.

Jesus deixava admirados os seus ouvintes porque falava com autoridade, mas essa vinha do Amor que tinha por todos e que foi capaz de provar até ao fim. Por isso, para haver autoridade é preciso saber amar.

 

Editorial, pelo P. Nuno Rosário Fernandes, diretor

p.nunorfernandes@patriarcado-lisboa.pt

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