
Chamou-me a atenção uma publicação da Organização Mundial de Saúde a alertar para o facto de as vacinas serem uma forte proteção contra a covid-19, frisando que é necessário receber as doses recomendadas para que as mesmas surtam efeito. Depreendo, por esta mensagem, que haverá quem pense que a primeira inoculação já resolve o problema, cria imunidade e então já se pode viver a vida como se não existisse pandemia. O facto é que, pelas notícias que vamos colhendo, mesmo com a vacinação completa, têm surgido casos de novas infeções e até mesmo de pessoas falecidas nessa condição. Isto faz-nos, assim, tomar consciência de que não podemos descurar a atenção e a vigilância que são necessárias para evitar novos contágios. Há novas estirpes deste coronavírus que se vão disseminando e em qualquer momento podemos ser vítimas delas.
Por isso, é preciso ser vigilante; tal qual acontece com a nossa vida espiritual. Se não houver vigilância, se descurarmos os cuidados necessários para as lutas espirituais de cada dia, estamos sujeitos a ser ‘infetados’ por aquilo que nos retira a paz e nos leva à ‘morte’. Sabemos que a graça de Deus é maior do que tudo e supera tudo, mas da nossa parte não pode haver distrações; é sempre preciso a nossa intervenção nos muitos cuidados que precisamos ter para que seja possível combater esse vírus que nos leva para o mal. Sabemos que a ‘vacina’ do Sacramento da Confissão, a que podemos recorrer, está sempre à nossa disposição, se não formos daqueles ‘negacionistas’; mas também sabemos que a vacina não nos imuniza do pecado, perdoa-nos dele. Por isso, é sempre preciso a vigilância, porque muitas vezes o nosso pecado pode disseminar-se e levar também os outros a praticar o mal. É preciso o testemunho da fé de cada um para levar ao mundo a proposta de uma vida de santidade. Precisaremos de descobrir a vacina da santidade?
Editorial, pelo P. Nuno Rosário Fernandes, diretor
p.nunorfernandes@patriarcado-lisboa.pt
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